sábado, 6 de fevereiro de 2016

MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA - AMOR?!... "OU DESPREZO?"*

DOR HORRÍVEL!  DEUS NÃO QUER QUE SE FAÇA ISSO!!!  É CRIME!

A  MULHER  FOI  CRIADA  PARA  SER  AMADA  E  NÃO  MALTRATADA!!!!


O Velho e a Flor

Por céus e mares eu andei, vi um poeta e vi um rei
Na esperança de saber o que é o amor.

Ninguém sabia me dizer, eu já queria até morrer
Quando um velhinho com uma flor assim falou:

O amor é o carinho,
É o espinho que não se vê em cada flor.
É a vida quando chega sangrando, aberta
em pétalas de amor.


Vinícius de Moraes

Até os velhos têm sensibilidade. E os novos não?!...
(Alguém o sabe dizer?... Para não querermos morrer... por ver tanta dor, em vez de amor?... EE)


      

     "Todos os anos mais de três milhões de meninas e mulheres estão em risco de serem submetidas a mutilação genital feminina – são aproximadamente 8.000 todos os dias. A Amnistia Internacional, ao relembrar o Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina neste dia 6 de fevereiro, reitera a necessidade urgente de os Estados lutarem contra esta grave violação de direitos humanos.
     "A mutilação genital feminina, que consiste na excisão total ou parcial dos órgãos genitais, é mais comum de ser realizada em jovens de até 15 anos, mas ocorre também em mulheres adultas em observação de costumes e rituais regionais. Não traz nenhum benefício de saúde para as mulheres e meninas, pelo contrário, pode resultar em hemorragias graves, problemas urinários e, mais tarde, quistos, infeções e infertilidade, assim como complicações sérias do parto e riscos de morte natal.
     "No mundo, vivem atualmente mais de 140 milhões de mulheres e meninas que foram sujeitas a alguma forma de mutilação genital feminina (MGF), concentrando-se em 29 países, a maioria na África e Oriente Médio, mas também em alguns países da Ásia e da América Latina segundo os dados mais recentes da Organização Mundial de Saúde e da Unicef.
     "No Egito, por exemplo, 91% das mulheres entre 15 e 49 anos foram submetidas à MGF, segundo o relatório da Amnistia Internacional "Circles of hell': Domestic, public and state violence against women in Egypt" ("Círculos de inferno": violência doméstica, pública e do Estado contra mulheres no Egito), publicado em janeiro passado.
     "Na Europa, uma resolução do Parlamento em 2014, estimava que cerca de 500 mil meninas e mulheres que vivem na Europa foram submetidas a esta prática, com mais 180 mil em risco todos os anos.
     "Por isso, é fundamental que os governos mantenham o compromisso de combate à violência, contra as mulheres e crianças, incluindo a erradicação da mutilação genital feminina. Apesar de alguns esforços feitos em alguns países para legislar contra a MGF e desenvolver programas de prevenção e apoio, o impacto na redução dos números tem sido pouco."

"Saiba mais:
Relatório: ‘Círculos de inferno’: violência doméstica, pública e do Estado contra mulheres no Egito.
Serra Leoa adota enfoque inovador para pôr fim à mutilação genital feminina.
Do Cairo a Montevideu: os direitos sexuais e reprodutivos nas negociações da ONU.
Por uma vida de escolhas conscientes sobre sua própria sexualidade e reprodução, conheça a campanha Meu Corpo, Meus Direitos."

https://anistia.org.br/noticias/dia-internacional-da-tolerancia-zero-mutilacao-genital-feminina/

   


Declaração da Igreja Adventista do Sétimo Dia sobre o Consenso em Relação à Mutilação Genital Feminina

Introdução
Como parte de sua missão mundial, os adventistas do sétimo dia têm um firme compromisso de prover cuidados de saúde que preservem e restaurem o ser humano na sua totalidade. Por totalidade queremos dizer o desenvolvimento das dimensões físicas, intelectuais, sociais e espirituais da vida de uma pessoa, unificada através de um relacionamento amoroso com Deus e expresso através do serviço aos outros. Devido aos adventistas crerem que cada ser humano é criado à imagem de Deus como uma pessoa única, ao invés de uma dualidade de corpo e alma, cremos num ministério de graça que afeta todos os aspetos da vida humana, incluindo o bem-estar físico e emocional.

O ministério ao ser humano na sua totalidade leva os adventistas do sétimo dia a se preocuparem com a difusão da prática de mutilação genital feminina. (1) Geralmente chamada de "circuncisão feminina" ou, mais recentemente, "corte genital feminino", tais práticas atualmente afetam milhões de mulheres e meninas em cada ano. Estas estatísticas não incluem meninas que morrem como resultado das formas mais radicais de mutilação genital. Estas práticas vão desde a excisão do prepúcio clitorial à completa remoção da vulva com estreitamento da abertura vaginal. Nossa preocupação central, expressa nesta declaração de princípios, é para com todas as formas de danos que levem à disfunção física ou trauma emocional. Além disso, tais procedimentos são frequentemente realizados com instrumentos sujos, sem anestesia, em jovens meninas entre quatro e doze anos de idade. Hemorragia, choque, infeção, incontinência, dano aos órgãos em redor e cicatrizes são resultados frequentes. Além do dano físico, a mutilação genital é também emocionalmente traumática.

Mulheres que foram sujeitas à mutilação genital também são frequentemente afligidas com uma variedade de problemas de saúde de caráter ginecológico, incluindo fístulas, infeções crónicas e problemas com a menstruação. No casamento, a relação sexual é geralmente dolorosa, traumática, fazendo-se necessário uma reabertura da cavidade vaginal. O nascimento de um bebê pode também ser impedido em função das cicatrizes da cavidade vaginal, por vezes, resultando na morte da mãe e da criança.

Nas culturas onde a mutilação genital feminina é prevalecente, a prática é considerada justificável por uma variedade de razões. Crê-se, por exemplo, que tal mutilação preserva a virgindade das mulheres solteiras, ajuda a controlar seus impulsos sexuais, fortalece a fidelidade sexual para as mulheres casadas e aumenta o prazer sexual de seus maridos. Também acredita-se que a remoção de toda ou parte da genitália promove o asseio da mulher e torna o nascimento mais seguro para a criança. Devido a essas crenças, as mulheres que não passam por tais procedimentos podem ser consideradas inadequadas para o matrimónio. A despeito das evidências contra tais razões, e a despeito de esforços de inúmeras organizações de direitos humanos, a prática da mutilação genital feminina continua em várias culturas, com uma prevalência que excede 90 por cento em alguns países.

Em algumas culturas, a mutilação genital feminina é defendida como uma forma de prática religiosa. Como os adventistas do sétimo dia defendem a proteção da liberdade religiosa, acreditam que o direito à prática da religião não justifica ferir outra pessoa. Assim, apelos à liberdade religiosa não justificam a mutilação genital feminina.

Princípios Bíblicos

A oposição da Igreja Adventista à mutilação genital feminina é baseada nos seguintes princípios bíblicos:


1) Preservação da Vida e da Saúde. A Bíblia apresenta a excelência da criação de Deus, incluindo a criação dos seres humanos (Gén. 1:31; Sal. 139:13,14). Deus é a Fonte e o Mantenedor da vida humana (Jó 33:4; Sal. 36:9; João 1:3,4; Atos 17:25,28). Deus nos chama à preservação da vida humana e responsabiliza a humanidade por sua destruição (Gén. 9:5,6; Êxodo 20:13; Deut. 24:16; Jer. 7:3-34). O corpo humano é "o templo do Espírito Santo" e os seguidores de Deus são motivados a cuidar e preservar seus corpos, incluindo o dom da sexualidade dada por Deus, como uma responsabilidade espiritual (I Cor. 6:15-19). Por causa da mutilação genital feminina ser danosa à saúde, ameaçadora à vida e prejudicial à função sexual, é incompatível com a vontade de Deus.

2) Benção da Intimidade Marital.
As Escrituras celebram o presente divino da intimidade sexual dentro do matrimónio (Ecl. 9:9; Prov. 5:18,19; Cant. 4:16-5:1; Heb. 13:4). A prática da mutilação genital feminina deveria ser renunciada pois ameaça o desígnio do Criador para a experiência prazerosa da sexualidade por pessoas casadas.

3) Procriação Saudável.
Para pessoas casadas, o presente da união sexual pode ser abençoado mais tarde pelo nascimento de uma criança (Sal. 113:9; 127:3-5; 128:3; Prov. 31:28). O fato de que um nascimento bem-sucedido é ameaçado pela mutilação genital feminina, é mais uma razão para oposição a essa prática.

4) Proteção de Pessoas Vulneráveis.
As Escrituras prescrevem que esforços especiais sejam feitos para cuidar daqueles que são mais vulneráveis (Deut. 10:17-19; Sal. 82:3,4; Sal. 24:11,12; Isa. 1:16,17; Luc. 1:52-54). Jesus ensinou que as crianças deveriam ser amadas e protegidas (Mar. 10:13-16; Mat. 18:4-6). A mutilação genital de meninas jovens viola o mandato bíblico de salvaguardar as crianças e protegê-las de danos e abusos.

5) Cuidado Compassivo.
O amor pelo próximo leva os cristãos a prover cuidado compassivo àqueles que sofreram danos (Luc. 10:25-37; Isa.61:1). Os cristãos são chamados a tratar com compaixão aqueles que sofreram trauma físico e emocional causado pela mutilação genital feminina.

6) Compartilhar a Verdade.
Os cristão são chamados a vencer o erro expressando a verdade de uma maneira amorosa. (Sal. 15:2,3; Efés. 4:25). A verdade fundamental do evangelho tenciona livrar as pessoas de todo o tipo de escravidão pelo pecado (João 8:31-36). Assim, os cristãos devem compartilhar informações acuradas sobre o dano da mutilação genital feminina e as crenças que fundamentam essa prática.

7) Respeito pela Cultura.
Os cristãos devem ter perceção e respeito para com as diferenças culturais (I Cor. 9:19-23; Rom. 12:1,2). Ao mesmo tempo, cremos que os princípios divinos transcendem as tradições culturais (Dan. 1:8,9; 3:17,18; Mat 15:3; Atos 5:27-29). Os princípios fundamentais das Escrituras proveem uma base para a transformação de práticas culturais. Embora estando cientes de que a mutilação genital feminina é firmemente arraigada em muitas culturas, concluímos que essa prática é incompatível com os princípios divinos revelados.

Conclusão
Devido à mutilação genital feminina ameaçar a saúde física e emocional, os adventistas do sétimo dia se opõem a essa prática. A Igreja conclama seus profissionais de saúde, instituições médicas e educacionais, e todos os membros junto com pessoas de boa vontade para cooperarem nos esforços para eliminar a prática da mutilação genital feminina. Através da educação e da apresentação amorosa do Evangelho, é nossa esperança e nossa intenção que aqueles ameaçados ou sujeitos a tais práticas encontrem proteção, conforto e cuidado compassivo.

Este documento foi adotado pela Comissão da Associação Geral – Visão Cristã da Vida Humana em abril de 2000 e foi direcionado aos departamentos e instituições da Igreja Adventista do Sétimo Dia que acharem útil o conteúdo deste material.

(1) "Atualmente, os diferentes tipos de mutilação genital feminina realizados são classificados como:

Tipo I – Excisão do prepúcio, com ou sem excisão de parte de todo o clitóris.
Tipo II – Excisão do clitóris com excisão parcial ou total dos pequenos lábios.
Tipo III – Excisão de parte ou de toda a genitália externa e estreitamento da abertura vaginal.
Tipo IV – Não classificado: inclui perfuração, incisão do clitóris e/ou lábios; cauterização pela queima do clitóris e dos tecidos que o rodeiam; raspagem dos tecidos que circundam o orifício vaginal ou corte da vagina; introdução de substâncias corrosivas ou ervas na vagina para causar sangramento ou com o propósito de estreitá-la, e qualquer outro procedimento que se enquadra na definição de mutilação genital feminina dada acima."

Esta classificação foi tirada de Mutilação Genital Feminina: A Joint WHO, UNICEF, UNFPA Statment. Publicado pela Organização Mundial de Saúde, Genebra, 1997.
http://centrowhite.org.br/declaracao-da-igreja-adventista-do-setimo-dia-sobre-o-consenso-em-relacao-a-mutilacao-feminina/

http://noticias.adventistas.org/es/hospital-adventista-aleman-abre-centro-para-tratar-victimas-de-mutilacion-genital-femenina/



     "Nota: A circuncisão foi orientada por Deus dez gerações após o Dilúvio, quando foi feito um pacto com Abraão: 'Circuncidar-vos-eis na carne do prepúcio; e isto será um sinal de pacto entre Mim e vós. À idade de oito dias todo varão dentre vós será circuncidado...' Génesis 17:11 e 22.

     L. Emmett Holt e Rustin McIntosh afirmam que um bebé recém-nascido tem susceptibilidade a hemorragias entre o 2° e o 5° dia de vida. Hemorragias nessa época, embora normalmente inconsequentes, são às vezes extensas; podem produzir sérios danos nos órgãos acometidos.
     Observou-se que a tendência à hemorragia deve-se ao fato de que o importante elemento coagulador do sangue – a vitamina K – é produzido de forma insuficiente antes do 5° e 7° dia. Um segundo elemento também necessário à coagulação do sangue é a protrombina. No 3° dia de vida de um bebé, a protrombina disponível corresponde apenas a 30 por cento do normal. Qualquer cirurgia realizada em um bebé nesse tempo o predisporia a sérias hemorragias.
     Já no 8° dia a protrombina eleva-se a um nível bem melhor do que o normal: 110 por cento. Depois, ela desce para 100 por cento. Isso quer dizer que um bebé de oito dias tem mais protrombina do que terá em qualquer outro momento de sua vida.

     Abraão não escolheu o 8° dia depois de experiências de tentativas e falhas. Nem Abraão, nem seus companheiros da antiga cidade de Ur, na Caldeia, haviam sido circuncidados. O dia certo foi escolhido pelo Criador da vitamina K e da protrombina. Assim a ciência, uma vez mais, confirma os benefícios de uma recomendação divina." Blog Criacionismo, links 1R, 01.05.2008.

     "Nota: Câncer de pénis associado à falta de higiene – não seria esse um dos motivos para Deus ter indicado a circuncisão entre os israelitas? Para esse povo, a circuncisão era símbolo externo de uma aliança espiritual, mas Deus pode ter levado em conta o aspecto da saúde, também.
     O fato é que, entre as mulheres judias, a incidência do câncer de colo de útero é bem menor que a verificada entre as mulheres em geral. Dois fatores podem contribuir para isso: (1) a circuncisão e (2) a valorização do sexo monogâmico depois do casamento, o que previne as DSTs como o HPV, causador do câncer do colo de útero.
     Nunca é demais lembrar: o único sexo verdadeiramente seguro é o praticado com apenas uma pessoa, no casamento. Se quiser argumentação convincente a esse respeito, recomendo a leitura do livro A Verdade Nua e Crua, de Josh McDowell (CPAD)." Blog Criacionismo, 16.09.2012.



Filme secular... com as tais liberdades ... (ver a última postagem) mas com uma mensagem muito importante. Grande parte do mundo ainda sofre muito!!! E escusadamente... Deus chora com o que é feito!!! É um "ritual absurdo" - como a corajosa protagonista, Waris Dirie, diz no filme sobre a grande dor da sua vida.
"Mas as crianças, Senhor! Porque lhes (dão) tanta dor?!... Porque padecem assim?!..." (Augusto Gil enganou-se... Não ia às origens!... À Bíblia!...) Sim! Muitas crianças e mulheres precisam da nossa ajuda. Só chorar e lamentar por essas queridas pessoas, não chega! O que faremos? EE.

*Acréscimo sugerido por um homem, o nosso filho, casado com a Ruth, a nossa linda e doce americana/mexicana. Significativo! Obrigada.

http://observador.pt/opiniao/mutilacao-genital-feminina-e-um-crime/




(Leia mais em 1R - Meditação para a Saúde, 06.02.2016)