domingo, 21 de dezembro de 2014

O  Último  PRESENTE  de  NATAL  Para  Meu  Pai



O fazer compras para meu Pai nunca tinha sido fácil. O que precisava, ele próprio comprava. Nunca excitado por presentes, ele sempre agradecia polidamente ao ofertante, mas por vezes deixava a embalagem por abrir durante alguns dias. Eu sempre lhe enviava algumas coisas em ocasiões especiais - outra camisa azul claro, fotografias dos meus três filhos, uma caixa de doce caseiro de amendoim - algo que o fizesse saber que me lembrava dele. Mas neste Natal parecia impossível descobrir o presente mais certo.

Durante semanas o meu Pai havia estado de cama num hospital de Phoenix, sucumbindo lentamente à leucemia crónica contra a qual havia combatido durante cinco anos. Quando em Novembro nos chegou a notícia de que ele estava criticamente mal, os meus irmãos e eu passámos alguns dias junto do seu leito. O ver-nos dava-lhe desejo de recobrar as forças. Nessas horas suaves e tranquilas, a dureza do meu pai abrandava. Pela primeira vez desde que me tornei adulta, ele colocou em mim amavelmente a sua mão, mostrando-me que me amava. Não conseguia, porém, expressá-lo em palavras.

Quando ele era um jovem estudante de Medicina, o meu Pai abandonara as crenças cristãs de seus pais e abraçara a teoria da evolução. Tornou-se cada vez mais escarnecedor da religião, até que a própria ciência veio a ser o objecto de sua fé - o seu guia - o seu deus.
Por isso não é de admirar o seu desagrado quando Jesus Se tornou a Pessoa mais importante da minha vida. Ele não havia esperado que tal coisa acontecesse. "Não posso acreditar", dizia ele. "Sempre supus que eras uma mulher com uma educação sólida." Nos nossos frequentes argumentos ele insistia que, embora eu tivesse um curso superior, a minha decisão por Cristo refutava completamente a minha inteligência.
Tentei repetidas vezes explicar-lhe a minha fé. Mas todas as minhas tentativas para discutir assuntos espirituais com ele pareciam infrutíferas. Mesmo quando teve conhecimento da sua grave doença, recusou considerar a possibilidade de uma vida eterna e a sua necessidade de um Salvador.

Enquanto vigiava junto da sua cama hospitalar, o meu Pai dormia. Segurando a sua débil mão, eu orava em voz baixa, mas audível. Agradecia a Deus o Seu amor pelo meu pai terrestre. Agradecia-Lhe por Jesus ter nascido e morrido para que meu Pai pudesse ter a salvação. Manifestava-Lhe a minha confiança de que pela operação do Espírito Santo o meu pai viria a conhecer Jesus. Durante anos eu reclamara Actos 16:31. Lembrava agora a Deus essa promessa.
Embora ansiasse falar abertamente com meu Pai acerca de Jesus, o Espírito nunca me dirigiu a fazê-lo.

No 5º dia da minha visita, meu Pai parecia ter melhorado bastante. Mas chegara o momento em que eu devia voltar para minha família e para a minha sala de aulas. Retendo as lágrimas para que meu Pai não se sentisse embaraçado, dei-lhe um beijo de despedida como se em breve nos voltássemos a ver.

O Natal aproximava-se. Antes meu Pai podia falar brevemente ao telefone. Quando lhe disse que estava orando por ele, respondeu com voz débil: "Continua a orar, Joanne." O meu espírito saltou de alegria. Era a primeira vez que ele respondia positivamente na direcção da fé. Depois disso, continuamente repetia para mim mesma a promessa: "Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa" (Actos 16:31).

Estavam quase terminadas as minhas compras do Natal. Mas que podia eu enviar a meu Pai moribundo - um pai que necessitava de Jesus? Não de uma camisa, um doce caseiro, nem mesmo fotografias.
Olhei para maravilhosos vasos na florista, mas desviei a vista com os olhos a arder. O meu Pai não precisava de flores. Haveria abundância de flores - mais tarde. A única coisa de que precisava - a única coisa que podia fazer uma diferença eterna - era Jesus!

Sentada à mesa da cozinha, onde costumava escrever apontamentos, cheques de pagamento, e temas de exames para os estudantes, procurava forçar-me a começar a endereçar a rima de cartões de Natal. Mas a lista de nomes parecia um borrão. Eu não podia pensar em nada senão no meu desamparado, desesperançado Pai. Brandamente repetia as palavras: "Tu - e a tua casa."

Subitamente veio até mim uma calma e profunda certeza, tão claramente como se uma voz audível tivesse falado: 'Chegou a altura. Chegou a altura. Escreve uma carta. Desta vez as palavras serão oportunas e ele ouvirá.'
Com confiança nascida do Espírito Santo, comecei a escrever. As palavras fluíam-me da mente com mais rapidez do que eu podia pô-las no papel. Não havia qualquer ponderação, qualquer hesitação, qualquer dúvida.

Querido pai,
Eu amo-o. Sinto a sua falta. Desejaria poder estar consigo enquanto necessita de mim. Particularmente gostava de estar sentada ao seu lado e ler alguns belos pensamentos da minha Bíblia. Deus ama-o tanto! Ele deseja que o Pai tenha a certeza disso.
Jesus subiu ao Céu para preparar um lugar para cada um de nós (João 14:2). Esse lugar é muito real para mim, e anseio ardentemente estar com o Senhor. Temos toda a eternidade para desfrutar estar juntos e louvar a Deus por todas as Suas bênçãos. Deus proveu abundantemente para nós aqui. Mas estas boas coisas não podem comparar-se com a infindável alegria que Ele planeia para nós no Céu, onde não haverá lágrimas, nem pranto nem dor!

Eu sei, querido Pai, que Jesus está precisamente agora providenciando a seu respeito, porque essa promessa está na Bíblia. Paulo disse aos Filipenses 4:19: "O meu Deus, segundo as Suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Jesus Cristo." E Jesus não mudou! Ele é "o mesmo, ontem, hoje e eternamente." Ele é agora o que proclamou há 2000 anos - "o Caminho, a Verdade e a Vida". Quando conhecemos o amoroso Jesus conhecemos o amoroso Deus.
Não é isto boas novas? Quão feliz me sinto por poder dizer-lhe que Jesus vive! Que Ele nos ama! Que Ele tem planos de que cada um de nós que O conhece partilhe da Sua glória!
Neste momento estou orando para que o querido Pai aceite de Deus o dom da vida eterna recebendo o próprio Jesus em seu coração.
Que a alegria de Jesus seja sua neste Natal e para sempre. Eu amo-o como meu Pai e como um filho de Deus. Sua filha, que o tem no coração.

Desde o momento em que comecei a carta, senti-me repleta de paz. Não senti mais preocupação quanto a meu Pai - mas apenas uma calma certeza.
Pouco depois de lhe enviar a carta, falei com ele pela última vez - ouvindo apenas umas poucas evanescentes palavras. Passados dez dias chegou o telegrama final.
Sepultámos o Pai três dias antes do natal. Quando a família estava a sair do cemitério, uma querida senhora idosa que tinha ajudado a cuidar dele nos seus últimos momentos chamou-me à parte. Tomando as minhas mãos nas suas, sorriu confiadamente: "Desejo que tenha a certeza. O seu pai estava em ordem com Deus antes de morrer. Tive a alegria de poder orar com ele."

Chorei então, mas as lágrimas eram de felicidade. O próprio Senhor havia preparado o MELHOR PRESENTE!

Joanne Long in Sinais dos Tempos, nº43, 1992.

SOU MENSAGEIRO DO REI, SENHOR / SOU TESTEMUNHA DO SEU AMOR



Também, um dia, fui falar com o meu pai. Ele gostava e acreditava que a Igreja da esposa e filhas (Igreja Adventista do 7ª Dia) era a verdadeira, e visitava-a algumas vezes, mas alguma coisa mais forte o impedia de se batizar e ser membro - o cigarro e a bebida, que parece 'todo o mundo' cristão usar... mas que Deus NÃO quer; Ele quer habitar no nosso corpo - o "Templo do Espírito Santo", liberto de venenos. Por outro lado, o meu pai era uma pessoa pacífica, respeitador demais, talvez medroso dos seus próprios familiares... que, por sua vez me pareciam dominadores...

Um dia, cheia de amor e de esperança, fui visitá-lo a sua casa e falar-lhe ao coração daquilo que considerava (e cada vez mais) o fundamental da vida: a nossa relação - individual - com Jesus e a Sua Verdade. Ele não estava só (como viúvo voltou a casar) e não estava à vontade... Então, desvalorizou, defendeu-se e até me disse, como "Festo em alta voz: Estás louco, Paulo; as muitas letras te fazem delirar." (Actos 26:24). Saí com o coração partido, triste, chorando. Mas ainda animada - porque sabia que Deus estava Lá, em Cima, tocando os corações! E tenho tido experiências maravilhosas com Ele pela vida fora.

Passaram-se alguns anos e o meu pai adoeceu gravemente. Ao fim de alguns meses teve de ser internado nos HUC (Hospitais da Universidade de Coimbra), local por onde circulei como aluna mas desta vez como filha que ama muito o seu pai. Fui lá novamente de Lisboa (onde deixara a família e o trabalho) visitar o meu pai, cada vez mais doente. E pude entrar fora da hora de visita e estar com ele sozinha no seu quarto. Dominando a vontade de chorar por o ver tão mal (faleceu 2 dias depois), beijei-lhe a fronte e apertei-lhe as mãos. Logo que se apercebeu de alguém e me reconheceu, começou a chorar convulsivamente, falando sem parar com muita dificuldade e percebendo-se um pouco mal pelo choro intenso e as lágrimas que lhe molhavam todo o rosto. E disse-me, então, que já tinha entregue o seu coração a Jesus como seu Salvador Pessoal, pedido perdão pelos seus pecados e querendo ir com Ele para o Céu quando voltasse a esta Terra. A alegria que senti é indescritível! Quanto desejo rever o meu pai nessa Pátria maravilhosa!

Graças a Deus ele ainda teve tempo de se arrepender. Mas como sabe, alguém, quanto tempo mais tem de vida? Quem sabe quando é o seu último minuto de oportunidade? "Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável. E socorri-te no dia da salvação; Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação." 2 Coríntios 6:2.

Que não percamos, TODOS, de modo nenhum, O MELHOR PRESENTE DO CÉU - A Vida Eterna! E.E.

Sim! Ser Mensageiro das Boas Novas, Levar Jesus aos Outros é o Melhor Presente
que Podemos Oferecer a Deus e a Eles Mesmos.


PROCURA-SE JESUS NAZARENO

PORQUE:

Esperavam-No rico, e mora entre os pobres.
Esperavam-No poderoso, e o Seu poder é o Amor.

Esperavam-No um guerreiro, e é paz toda a Sua Lei.
Esperavam-No Rei dos Reis, e servir é o Seu reino.

Esperavam-No submisso aos enganos desta terra,
Mas quebra todos os jugos
Com a Verdade que semeia.

Esperavam-No silencioso, e a Sua palavra é:

Um Canto à Liberdade
Um Caminho de Luz
Batendo a cada porta e a cada coração.


(Autor Desconhecido)


É este Jesus maravilhoso, extraordinário e impressionante,
que desejo muito entre nas vossas casas,
mas sobretudo nos vossos corações
e nas vossas vidas!


FELIZ NATAL!


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

2 - Factos a Considerar Acerca do Vinho no
NOVO TESTAMENTO


A maneira como os apóstolos compreenderam, pregaram e praticaram os ensinos de Jesus e do Velho Testamento acerca das bebidas alcoólicas é fundamental para a nossa posição sobre o assunto como cristãos de hoje.
Os apóstolos e o Novo Testamento ensinam a moderação ou a abstinência?
Fora dos 4 evangelhos, o Novo Testamento contém 13 referências específicas a «vinho», 8 das quais ocorrem no livro de Apocalipse, onde o termo é usado sobretudo simbolicamente para representar tanto a depravidade humana como a retribuição divina. Além destas referências específicas, o Novo Testamento admoesta os cristãos a serem «sóbrios» ou «temperantes» mais de 20 vezes, a maior parte das quais se referem directamente a beber álcool. Examinemos, brevemente, alguns desses 13 textos específicos e também algumas das mais de 20 admoestações à sobriedade.


      

«CHEIOS DE MOSTO»

Os apóstolos mal tinham começado a sua obra quando foram acusados de estar embriagados. No Pentecostes, o 1º grupo de crentes receberam o dom do Espírito Santo, tornando-lhes possível pregar o evangelho nas línguas das pessoas reunidas para a festa em Jerusalém. Milhares creram em Cristo como resultado do milagre, mas outros começaram a escarnecer dos discípulos, dizendo: «Estão cheios de mosto» (Actos 2:13).
Alguns hoje supõem que esta acusação nunca teria sido feita se não se soubesse que os seguidores de Jesus bebiam bebidas alcoólicas pelo menos ocasionalmente. A fraqueza de tal maneira de pensar é que os que atacam outros não baseiam necessariamente a sua acusação em observações concretas de práticas anteriores.
Um argumento mais forte contra a suposição de que a acusação indicava o apoio apostólico para o álcool, encontra-se nas palavras originais. Os que acusaram os primeiros cristãos de estar embriagados não usaram a palavra oinos, «vinho». Em vez disso, usaram a palavra glukos, que é a palavra para o sumo de uva não fermentado. A acusação reveste-se de um tom irónico quando compreendemos as palavras usadas. Os escarnecedores dos apóstolos estavam a dizer: «Estes homens, tão abstémios que não tocam em nada fermentado, embriagaram-se com sumo de uvas!» Ou como Ernest Gordon o apresenta em linguagem moderna, «Estes abstémios estão embriagados com simples refrescos». 1
Quando vemos a acusação sob este ponto de vista sarcástico, ela torna-se uma indicação indirecta, mas significativa, do seu estilo de vida abstémio. Hegesipo, que viveu imediatamente depois dos apóstolos, escreveu: «Tiago, o irmão do Senhor, (que) sucedeu no governo da Igreja juntamente com os apóstolos, ... foi santo desde o ventre de sua mãe; não bebia vinho nem bebida forte, nem comia carne». 2


«NÃO VOS EMBRIAGUEIS COM VINHO»

O apóstolo Paulo dá uma poderosa admoestação contra o vinho, intoxicante, em Efésios 5:18 (versão Almeida revista): «Não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito».
Esta antítese sugere que Paulo não considerava o assunto em termos de moderação em vez de excesso, mas sim em termos de estar cheio de vinho em vez de estar cheio do Espírito. A frase implica uma incompatibilidade inerente entre os dois, tanto em sua natureza como em sua operação. Tal incompatibilidade mútua exclui o sancionamento de um uso moderado de vinho intoxicante.
Paulo segue a sua admoestação contra o embriagar-se com uma advertência: «no qual há dissolução». Noutros termos, não é apenas o embriagar-se que constitui dissolução; mas a dissolução encontra-se dentro do próprio vinho.
Historicamente, numerosos tradutores e comentadores têm visto no vinho, mais do que no estado de embriaguez, a causa da dissolução ou luxúria. Entre as antigas traduções, a Vulgata latina (completada por volta do ano 400 da era cristã) toma esta posição. Muitas traduções modernas também seguem a Vulgata na sua fidelidade ao sentido literal grego. Entre estas podemos mencionar a Versão Sinodal francesa, a tradução francesa de David Martin, a versão francesa de Osterwald, a New American Standard Bible em nota marginal, a tradução de Robert Young, a Bíblia alemã das Boas Novas, a versão protestante italiana revista por Giovanni Luzzi, bem como a versão católica italiana (e portuguesa) produzida pelo Pontifício Instituto Bíblico.
À luz das numerosas versões antigas e modernas que têm traduzido a frase de Efésios 5:18 como uma condenação, não da embriaguez mas do próprio vinho, parece que alguns tradutores ingleses escolheram, como observa Ernest Gordon, «salvar o rosto do vinho ao mesmo tempo que condenam a embriaguez». 3


          

«USA DE UM POUCO DE VINHO POR CAUSA DO TEU ESTÔMAGO»

Com frequência o 1º texto que surge ao discutir-se o assunto do vinho na Bíblia é o conselho de Paulo a Timóteo em 1 Timóteo 5:23: «Não bebas mais água só, mas usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades». Visto que tantos têm usado este texto para justificar o consumo de bebidas alcoólicas, é importante que estabeleçamos a natureza do conselho de Paulo e a sua aplicação para nós hoje.
O conselho de Paulo a Timóteo deve ser considerado, antes de mais, como uma expressão de solicitude paternal e não como uma imposição. O apóstolo não está ordenando ao «seu amado filho no evangelho» que beba vinho; mas está aconselhando-o a usar vinho medicinalmente em pequenas quantidades. O prudente cuidado da linguagem do apóstolo é muito significativo. Ele não diz: «Não bebas mais água», mas «Não bebas mais água ». Ele não diz «bebe vinho», mas «usa de um pouco de vinho». Ele não diz «para o prazer físico do teu apetite», mas «por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades.» Assim, mesmo que o «vinho» a que se refere Paulo fosse fermentado, o conselho dado a Timóteo não apoia de maneira alguma o seu uso regular.
As palavras «usa de um pouco de vinho», soam como sendo mais a receita de uma dose de medicamento dada por um médico a um doente do que um princípio geral para toda a gente.

Outro facto com frequência ignorado é que o conselho de Paulo para «não beber mais água só» implica que Timóteo se tinha abstido até essa altura, tanto do vinho fermentado como do não fermentado, presumivelmente de acordo com as instruções e o exemplo de Paulo. Atrás, na mesma epístola, Paulo diz-lhe que requeira de um bispo cristão que não só seja abstinente (nephalion), mas também não participante em lugares e ajuntamentos de bebidas (me paroinon, 1 Timóteo 3:2-3). Não é provável que o apóstolo tivesse instruído Timóteo a requerer abstinência por parte dos dirigentes da igreja sem primeiro ter ensinado ao próprio Timóteo esse princípio. O facto de que Timóteo tivesse estado a beber apenas água implica que ele tinha estado a seguir muito escrupulosamente o conselho do seu mestre.
A abstinência de um ministro cristão estava presumivelmente baseada na legislação do antigo testamento que proibia aos sacerdotes o uso de bebidas intoxicantes (ver Levítico 10:9, 10). O sentimento natural seria que um ministro cristão não devia ser menos santo do que um sacerdote judeu, especialmente em vista do facto de que a razão para a lei mosaica continuava sendo a mesma: «Para fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo; e para ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos que o Senhor lhes tem falado pela mão de Moisés» (Levítico 10:10, 11). A recomendação de Paulo a Timóteo para usar de um pouco de vinho para as suas enfermidades não violava este princípio de abstinência; o objectivo não era a satisfação do seu apetite, mas as necessidades médicas do seu estômago.

Supõe-se geralmente que o vinho recomendado por Paulo a Timóteo era alcoólico. Mas isso não é de maneira alguma certo, por duas razões. Em 1º lugar, porque o termo oinos, «vinho», era usado genericamente para denotar tanto o vinho fermentado como o não fermentado. Em 2º lugar, porque há testemunhos históricos que atestam o uso de vinho não fermentado para fins medicinais.
Aristóteles (384-322 a. C.) recomenda o uso do sumo de uvas, doce, porque, diz ele, «embora chamado vinho (oinos), não tem o efeito do vinho... e não intoxica como o vinho ordinário». 4 Athenaeus (200 d. C.) especificamente aconselha o uso de «vinho doce» não fermentado para perturbações do estômago. Escreve ele: «Tome vinho doce, quer misturado com água ou aquecido, especialmente a espécie chamada protropos, ... como sendo boa para o estômago; porque o vinho doce (oinos) não torna a cabeça pesada». 5 Aqui temos um conselho muito semelhante ao de Paulo, com a diferença de que Athenaeus qualifica a espécie de vinho recomendado, a saber, o vinho doce, chamado «effoeminatum», porque a sua potência alcoólica foi removida.
Conselho semelhante acerca do uso medicinal do vinho é dado por Plínio (23-79 d. C.), contemporâneo de Paulo e autor da célebre História Natural. Ele recomenda o uso de vinho fervido, não fermentado, a pessoas doentes «para quem se receia que o vinho possa ser prejudicial». 6
À luz destes testemunhos é razoável supor que o vinho recomendado por Paulo a Timóteo pode bem ter sido vinho não fermentado.


      

ADMOESTAÇÕES À ABSTINÊNCIA

As admoestações apostólicas à abstinência de bebidas alcoólicas são expressas por meio do verbo grego nepho e do adjectivo nephalios (ver 1 Tessalonicenses 5:6-8; 1 Pedro 1:13, 4:7; 5:8; 2 Timóteo 3:2, 3, 11; Tito 2:2). Há notável unanimidade entre os léxicos gregos sobre o sentido primário do verbo nepho como sendo abster-se de vinho e do adjectivo nephalios como sendo abstémio, sem vinho. 7
Estes sentidos são também atestados nos escritos de Josefo e Fílon, que foram contemporâneos de Paulo e Pedro. Nas suas Antiguidades dos Judeus, Josefo escreve acerca dos sacerdotes: «os que usam as vestes sacerdotais são imaculados e eminentes pela sua pureza e sobriedade (nephalios), não lhes sendo permitido beber vinho enquanto usam essas vestes». 8 Semelhantemente, Fílon explica nas suas Leis Especiais que o sacerdote deve oficiar como nephalios, isto é, totalmente abstinente de vinho, porque tem de executar os preceitos da lei e deve estar em posição de actuar como o supremo tribunal terrestre. 9
Se Josefo, Fílon e outros escritores antigos usavam nepho e nephalios com o sentido primário de «abstinente de vinho», temos razão para crer que os apóstolos do Novo Testamento também usaram estes termos com o mesmo significado. Esta conclusão é apoiada, como veremos, pelo contexto em que os termos são usados. Todavia estas palavras têm sido figurativamente traduzidas no sentido de ser «temperante», «sóbrio», «firme». Tais traduções têm erradamente levado muitos cristãos sinceros a crer que a Bíblia ensina moderação no uso de bebidas alcoólicas em vez de abstinência. Examinemos algumas das admoestações apostólicas à abstinência.


«SEJAMOS SÓBRIOS»

Paulo admoesta os crentes tessalonicenses a serem «sóbrios» em vista da súbita e inesperada vinda de Cristo: «Não durmamos pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios (nephomen). Porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embebedam, embebedam-se de noite. Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação» (1 Tessalonicenses 5:6-8).
Esta passagem contém um bom número de paralelos contrastantes: luz e trevas, dia e noite, vigiar e dormir, ser sóbrio e embebedar-se. À luz do contraste entre os filhos do dia, que são sóbrios, e os da noite, que se embriagam, é evidente que a exortação a ser «sóbrios» significa não apenas ser mentalmente vigilante mas ser fisicamente abstinente. Doutra sorte, Paulo estaria simplesmente e dizer: «Mantenhamo-nos despertos e estejamos despertos» – uma desnecessária repetição. Parece evidente que Paulo relaciona a vigilância mental com a abstinência física, porque as duas vão juntas. A vigilância mental no Novo Testamento está com frequência relacionada, como veremos, com a abstinência física.


          

O CONSELHO DE PEDRO

Três vezes na 1ª epístola de Pedro, este expressa a admoestação da abstinência física (1 Pedro 1:13; 4:7; 5:8). Em todos os 3 textos, a exortação de Pedro à abstinência ocorre no contexto da preparação para a breve vinda de Cristo. Isto implica que Pedro, como Paulo, baseia o seu apelo para uma vida de abstinência e santidade na certeza e proximidade da vinda de Cristo.

- A 1ª admoestação de Pedro é: «Cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios (nephontes), e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo» (1 Pedro 1:13). Como Paulo, Pedro relaciona a vigilância mental («cingindo os lombos do vosso entendimento») com a abstinência física («sede sóbrios»).
Mas a admoestação de Pedro a «ser mais abstinentes» assume uma forma mais radical do que a que aparece na maior parte das traduções modernas. Embora o advérbio, inteiramente, venha imediatamente a seguir ao verbo, sede sóbrios, a maior parte dos tradutores escolheram traduzi-lo como se ele modificasse o verbo «esperai», traduzindo-o «esperai inteiramente» ou «esperai até ao fim».
Em contraste, a Vulgata, a famosa tradução latina de Jerónimo, que tem servido como a Bíblia católica oficial ao longo dos séculos, traduz a frase, «perfeitamente sóbrios». No meu ponto de vista, isto reflecte correctamente o pensamento de Pedro. Assim a tradução exacta seria: «Cingindo os lombos do vosso entendimento, sendo inteiramente sóbrios, ponde a vossa esperança na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo».

- A 2ª admoestação de Pedro à abstinência ocorre em 1 Pedro 4:7: «Já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios (sophronesate) e vigiai (nepsate) em oração». Aqui mais uma vez Pedro exorta os cristãos a manterem-se mentalmente vigilantes e fisicamente abstinentes.
O sentido de «sóbrios» como referindo-se à abstinência de vinho é sugerido também pelo contexto, em que Pedro contrasta o passado estilo de vida de «dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias» (1 Pedro 4:3) com o novo estilo de vida de temperança e abstinência. A passagem pode ser parafraseada assim: «Está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios na mente e abstémios na vida a fim de que possais estar aptos para manter uma sadia vida devocional neste tempo crítico».

- A 3ª admoestação ocorre em 1 Pedro 5:8: «Sede sóbrios (nepsate); vigiai (gregoresate); porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar». Como nos 2 textos anteriores, aqui também Pedro associa a vigilância mental com a abstinência física, porque as duas são mutuamente dependentes. As bebidas intoxicantes diminuem o poder da consciência e da razão, enfraquecendo assim as inibições para o mau procedimento. O resultado final é que o diabo pode «tragar» melhor tais pessoas.
Nas traduções modernas não se torna aparente um subtil jogo de palavras neste texto que também salienta a preocupação de Pedro com a abstinência física do álcool. Os cristãos, diz Pedro, devem ser «sóbrios» (a palavra grega vem de uma raiz que significa «não beber» para que o diabo não possa tragá-los, literalmente, «bebê-los»).

      

«NÃO DADO AO VINHO»

Mais do que uma vez, Paulo descreve as qualificações que devem caracterizar os bispos, as mulheres e os velhos. 1 Timóteo 3:2, 3, 11: «Convém que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante (nephalion), sóbrio (sephrona), honesto, hospitaleiro, apto para ensinar, não dado ao vinho (me paroinon)...» «As mulheres sejam honestas, não maldizentes, sóbrias (nephalious) e fiéis em tudo». Em Tito 2:2: Paulo diz: «os velhos que sejam sóbrios (nephalious), graves, prudentes (sophronas), sãos na fé, no amor e na paciência».
Alguns argumentam que nephalios não pode literalmente significar abstinente porque nesse caso Paulo não tinha necessidade de mencionar na mesma lista de qualificações que o bispo não devia ser «dado ao vinho» – algo que seria óbvio se ele praticasse abstinência. Concluem então que «temperante» é a tradução correcta. Esta aparente contradição é resolvida reconhecendo que o significado de paroinos vai além do significado de «dado ao vinho» ou «bêbado», e traz consigo a ideia de estar «acostumado a participar em grupos de bebedores, e, como consequência, a tornar-se intimamente associado com a bebida forte». 10
Albert Barnes, respeitado comentador do Novo Testamento, explica o significado de paroinos, dizendo: «Denota, como sucede aqui, uma pessoa que se senta junto do vinho; isto é, uma pessoa que tem o hábito de o beber. ... Significa que a pessoa que tem o hábito de beber vinho, ou que está acostumada a sentar-se com os apreciadores do vinho, não deve ser admitida ao ministério. A maneira como o apóstolo menciona o assunto aqui leva-nos com razão a supor que ele não recomenda de maneira nenhuma o uso do vinho, antes que o considera como perigoso e que deseja que os ministros da religião o evitem por completo». 11
Paulo está a dizer que o bispo deve ser não só abstinente, mas que deve também evitar a sua presença e apoio em lugares e associações que possam constituir uma tentação para a sua abstinência e a de outros. Isto adapta-se bem à admoestação de Paulo em 1 Coríntios 5:11: «Agora vos escrevi para que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais».

A razão fundamental dada por Paulo para viver vidas abstinentes e piedosas é escatológica: «A graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século, sóbria, e justa, e piamente. Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo; O qual Se deu a Si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para Si um povo Seu zeloso de boas obras» (Tito 2:11-14). A vida saudável e santa é recomendada nas Escrituras não só por causa da saúde e benefício pessoal, mas primariamente por causa do desejo de Deus de habitar dentro de nós nesta vida presente (ver 1 Coríntios 3:16, 17; 6:13) e de ter a nossa companhia na vida futura.
É esta esperança de estar preparado para receber a Cristo, e de ser recebido por Ele no dia do Seu glorioso aparecimento, que deve motivar cada cristão a ser puro «como também Ele é puro» (1 João 3:37).
Para os cristãos que crêem na certeza e iminência da volta de Cristo, as admoestações apostólicas para a abstenção de bebidas intoxicantes assume um novo significado: representa uma resposta tangível ao convite feito por Deus de uma preparação concreta para a 2ª vinda de Cristo.


       

CONCLUSÃO

O ensino do Novo testamento acerca do uso de bebidas alcoólicas pode resumir-se em poucas linhas: Ele ensina consistentemente a moderação no uso de bebidas saudáveis, não fermentadas, e a abstinência do uso de bebidas intoxicantes, fermentadas. A implicação prática desta conclusão pode também ser resumida numa simples frase: quando aceitamos o ensino bíblico de que beber bebidas alcoólicas é, não só fisicamente, mas também moralmente prejudicial, sentimo-nos compelidos não só a abster-nos nós próprios de substâncias intoxicantes, mas também a ajudar os outros a fazerem o mesmo.

Samuele Bacchiocchi, Professor de História Eclesiástica e de Teologia na Andrews University, Berrien Springs, Michigan, EUA in Revista Sinais dos Tempos, nº 38, 1991.
(Leia a parte 1 deste artigo em Meditação para a Saúde, Links 1R, 24.11.2014)



REFERÊNCIAS:

1. Ernest Gordon, Christ, The Apostles, and Wine. An Exegetical Study (Philadelphia, 1947), pág. 14; 2. Citado por Eusébio, História Eclesiástica 2.22.4, eds Philip Schaff e Henry Wace, Nicene and Post-Nicene Fathers of the Christian Church (Grand Rapids, 1971), vol. 1, pág. 125; 3. Gordon, ibid., pág. 31; 4. Aristóteles, Meteorologica 387.b.9-13; 5. Athenaeus, Banquete 2, 24; 6. Plínio, História Natural 14, 18; 7. Ver, por exemplo, G. W. Lampe. A Patristic Greek Lexicon (Oxford, 1961); James Donnegan, A New Greek and English Lexicon, edição de 1847; Thomas S. Green, A Greek-English Lexicon to the New Testament, ed. de 1892; E. Robinson, A Greek and English Lexicon of the New Testament (New York, 1850); G. Abbott-Smith, A Manual Greek Lexicon of the New Testament, edição de 1937; 8. Josefo, Antiguidades dos Judeus 3,12,2; 9. Fílon, De Specialibus Legibus, 4,183. 10. Frederic R. Lees and Dawson Burns, The Temperance Bible Commentary (London, 1894), págs. 280-282; 11. Albert Barnes, Notes, Explanatory and Practical on the Epistles of Paul to the Thessalonians, to Timothy, to Titus, and to Philemon (New York, 1873), pág 140.


Melhor são estes suminhos de frutos! Pena é os olhos não terem papilas gustativas... E há também à venda óptimos sumos de uva não alcoólicos.

MAS O MELHOR, MELHOR MESMO, É ÁGUA!!!

E não esquecer: quanto mais o paladar está adulterado com bebidas alcoólicas, menos apetece Água, a Fonte de uma Vida Saudável.
Seja Forte! Faça a Mudança! (E.E.)


sexta-feira, 24 de outubro de 2014

A Melhor Solução de Deus Para a Paz e a Harmonia Mundial!
E o Homem Quer?...


   
Reconciliação - Abandonar Pecados             Justificação - Confessar Pecados              Santificação - Aceitar Cristo

"Quanto Mais o Mundo Puxa Para Baixo
Mais o Cristão Deve Colocar a Fasquia de Deus e a Sua Vontade Para Cima!"

Não é Deus, o Criador, que tem de Se adaptar à criatura! Mas, sim, nós - VOLTARMOS - para Ele!!!

S A N T I F I C A Ç Ã O

Santificação é dar glória a Deus, glorificá-Lo em nosso corpo, isto é, em nossa vida moral, em nosso viver diário, em nossa conduta social. Santificação é levar uma vida santa que esteja repleta do amor de Deus.

Em que consiste a beleza e o segredo da santidade? E qual é a relação entre a santificação, a justificação e a reconciliação? Paulo declara: "Não sois de vós mesmos; porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo."
A reconciliação de Deus no sacrifício de Cristo na cruz requer nosso coração, nossa vontade, nossa fé, a fim de que Ele possa conceder-nos a justificação. Entretanto, o propósito da justificação é a santificação! Deus nos salva a fim de restaurar em nós Sua imagem moral como era originalmente.



Cristo é indiviso. Ele não oferece perdão como um primeiro dom isolado. Ele Se oferece a Si mesmo, e não somente o perdão. Não somos chamados para concentrar nossa atenção no assunto da justificação ou da santificação, mas no Cristo vivente, em Seu incomparável amor e nos benefícios que Ele nos concede. Recebemos justificação ou santidade recebendo a Cristo (O Maior Discurso de Cristo, p. 23). Ele é nossa mensagem, nosso padrão, nosso exemplo, nossa salvação; e é o mesmo ontem, hoje e eternamente.
Em Levítico 11:44, disse o Senhor para o antigo Israel: "Sereis santos, porque Eu sou santo." E no Novo Testamento, Pedro escreveu para os cristãos: "Segundo é santo Aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, como Eu sou santo." I S. Pedro 1:15 e 16. Como cristãos, adoramos e servimos ao Deus de Israel, de Isaque e de Abraão.
Servimos o mesmo Deus santo que no princípio criou o homem à Sua própria imagem santa, e que instituiu o Sábado para a comunhão do homem com Deus; o mesmo Deus santo que tirou Israel do Egito para lembrar-se de santificar o dia de Sábado; o mesmo Deus que deu a Israel a santa lei e o evangelho em figuras. A este Deus, Jesus chamou de Seu Pai e afirmou então: "Quem Me vê a Mim, vê o Pai." Jesus era reconhecido pelos demónios como "O Santo". Ele era santo. Não conheceu pecado, mas sabia tudo a respeito do amor, da compaixão, da abnegação e da perfeita obediência. Declarou: "Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai." S. João 15:10. Santidade e pecado são diametralmente opostos. Não há um terreno neutro entre eles. Se não somos santos, se não nos entregamos a Cristo e se não somos dominados por Ele, o maligno não tem dificuldades para entrar no coração e torná-lo perverso.
Ellen White afirma: "Sem ... santidade o coração humano é egoísta, pecaminoso e corrupto." - Testimonies, vol. 2, p. 455.

A santidade é o mais fundamental dos atributos de Deus. As escrituras tornam-na, portanto, o requisito inalienável e predominante de nossa adaptação à vida eterna. Lemos em Hebreus 12:14: "Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor."
Certa vez, na rua, um homem interpelou o grande pregador Moody, dizendo:
- Porque recomenda que deixemos de fumar? A Bíblia não requer isso para a nossa salvação.
Moody pensou um pouco, e disse então:
- Está certo. Mas o último livro da Bíblia nos adverte de que jamais penetrará na Nova Jerusalém "coisa alguma contaminada" (Apocalipse 21:27).


Santidade ou Santificação NÃO É uma Opção!
Jesus prometeu: "Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus." S. Mateus 5:8.
A fim de levar uma vida santa, precisamos ter primeiro um coração santo, pois a "santidade de coração produzirá ações corretas" (Testimonies, vol. 2, 445). Também nos é declarado que a falta de espiritualidade e santidade conduz à prática de atos injustos, bem como a inveja, ódio, ciúme, ruins suspeitas e a todo o pecado detestável e abominável.

   

Davi, rei de Israel, descobriu que até mesmo os dirigentes da causa de Deus e exemplos do rebanho não são santificados - uma vez por todas. Ele sofreu uma grande queda moral que abrangeu o adultério, o assassínio premeditado e a ocultação de tudo isso. Mas Deus é santo, e revelou o que ocorrera. Em Sua misericórdia, Ele enviou o profeta Natã para despertar a consciência adormecida de Davi, o qual acordou com um sobressalto, e se arrependeu no pó e na cinza. Tão sincera foi a sua tristeza por esses pecados que ele fez uma confissão pública no salmo 51. Aprendemos aí que Davi implorou a Deus alguma coisa mais do que simplesmente o perdão: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro de mim um espírito inabalável. Não me repulses da Tua presença, nem me retires o Teu Santo Espírito. Restitui-me a alegria da Tua salvação, e sustenta-me com um espírito voluntário." Salmo 51:10-12.

É necessário poder criador - o poder de Deus, para transformar o coração humano e para converter um pecador egocêntrico num santo! Constitui um milagre da graça, que o Santo Deus de Israel, o Criador do céu e da terra, Se deleite em habitar no coração arrependido, como se fosse um templo.
"Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita na eternidade, O qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e vivificar o coração dos contritos." Isaías 57:15.

Como Podemos Receber Então a Beleza da Santidade e Manter a Alegria da Santidade?
Santidade é mais do que não pecar, mais do que perdão, mais do que moralidade. Santidade é uma pessoa, a Pessoa de Deus, de Jesus Cristo e do Espírito Santo.

Qual é, portanto, o segredo da santidade? Ellen White dá-nos uma bela resposta: Aceitar a Cristo como Salvador pessoal e seguir o Seu exemplo de abnegação (Seventh-Day Adventist Bible Commentary ou SDABC, vol. 6, p. 1117). Que resposta simples! Mas, ao mesmo tempo, quão profunda e prática!
Isso é o evangelho em sua plenitude. Cristo jamais perdoou uma pessoa sem reivindicá-la como sendo Sua, para uma nova vida com Ele. Para os escribas e fariseus hipócritas que certa vez Lhe trouxeram uma mulher surpreendida em adultério, perguntando se deviam apedrejá-la de acordo com a ordem de Moisés, Jesus replicou:
"Aquele que dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro que lhe atire a pedra." Quando todos eles já se haviam retirado, Cristo disse para a mulher soluçante: "Nem Eu tão pouco te condeno; vai, e não peques mais." S. João 8:11.
Isso é santidade em amor. Aceita a sincera contrição com amor perdoador, mas também restaura e habilita. Jesus concedeu àquela mulher justificação e santificação, perdão e poder, salvação e respeito próprio.
E. White declara que essa mulher arrependida tornou-se um dos mais firmes seguidores de Cristo, retribuindo-Lhe a perdoadora misericórdia com abnegado amor e devoção. "No erguimento dessa alma caída, operou Jesus um milagre maior do que na cura da mais grave enfermidade física; curou a moléstia espiritual que traz a morte eterna." - O Desejado de Todas as Nações, p. 347.

   

O GENUÍNO ARREPENDIMENTO OPERA UMA REFORMA

Em Jericó, Cristo deteve-Se sob uma figueira, olhou para o surpreso semblante de Zaqueu, o desprezado chefe dos cobradores de impostos, e disse: "Zaqueu, desce depressa, pois Me convém ficar hoje em tua casa." S. Lucas 19:5.
Enquanto a multidão murmurava, dizendo que Jesus Se hospedara na casa de um pecador, Zaqueu se arrependia de seus pecados e iniciava a reparação dos danos que causara ao povo.
Em seu amor e lealdade ao Mestre recém-encontrado, prontificou-se a fazer uma confissão pública de seu sincero arrependimento. Disse ele na presença da multidão: "Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo 4 vezes mais." S. Lucas 19:8. Jesus replicou: "Hoje houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido." S. Lucas 19:9 e 10.

A primeira reacção de Zaqueu diante do amor de Cristo foi manifestar compaixão a seus semelhantes que padeciam necessidade. Isso é santificação. Lemos em O Desejado de Todas as Nações, p. 413: "Não é genuíno nenhum arrependimento que não opere a reforma."
A justificação e a santificação acham-se tão inseparavelmente ligadas como os dedos e a mão. A fé que atua pelo amor é a plenitude do evangelho.
Perfeito amor é o significado dessa difícil palavra de Jesus em S. Mateus 5:48: "Portanto, sede vós perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste." Em seu próprio contexto está a chave para decifrar o segredo dessa ordem, que é ao mesmo tempo uma grandiosa promessa:
"Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque Ele faz nascer o Seu Sol sobre maus e bons, e vir chuvas sobre justos e injustos. Porque se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo? E se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? Não fazem os gentios também o mesmo? Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste." S. Mateus 5:43-48.

Podeis ver como é nosso Pai celestial? Seu amor é imparcial: Ele ama tanto os bons como os maus.
Incompreensível? Sim, mas é verdade. Temos um Deus que causa surpresas! Seu nome é Maravilhoso! E o Pai quer ver Seu perfeito amor por nós refletido em todos os Seus filhos, não só futuramente, no Céu, mas AGORA, em meio das trevas de ódio e violência neste mundo! Ele nos convida a ser a luz do mundo, de modo que este veja novamente como é Deus. Devemos considerar todos os homens, até os que nos perseguem, como candidatos ao Céu.
O sentido final da ordem de Jesus em S. Mateus 5:48, não é portanto a justificação, mas a vida santificada, o carácter divino.
"Cumpre-nos ser centros de luz e bênção para o nosso pequeno círculo, da mesma maneira que Ele o é para o Universo. Nada temos de nós mesmos, mas a luz de Seu amor resplandece sobre nós, e devemos refletir-Lhe o fulgor. 'Bons na bondade que Ele nos empresta', podemos ser perfeitos em nossa esfera, da mesma maneira que Deus é perfeito na Sua." - O Maior Discurso de Cristo, pp. 68, 69.
Precisamos compreender que por nós mesmos não podemos romper com os nossos pecados. Não podemos salvar ou santificar a nós mesmos. Se, porém, escolhermos a Cristo como o legítimo Mestre de nossa vida quando Ele bate à porta de nosso coração, e se Lhe entregarmos as rédeas de nossa vida, estaremos imediatamente do lado vitorioso, pois Ele se manifestou "para destruir as obras do diabo" (I S. João 3:8). Disse Jesus: "Tende bom ânimo, Eu venci o mundo."

Muitos cristãos crêem em Cristo apenas como Salvador da culpa e como Alguém que quase só oferece perdão. Há bem pouca alegria, poder e vitória em sua vida. Temos, no entanto, de vencer. Ou seremos vencidos! Cristo passou pelo caminho que nos compete percorrer. Não há outra maneira de vencermos o próprio eu, o mundo e o diabo, do que a maneira pela qual Cristo venceu todas as tentações. Mas Ele o fez por nós, tanto como nosso Representante como nosso Exemplo. Jesus confiou na sabedoria e no poder de Seu Pai. Não consentiu com o pecado nem por um só pensamento, porque foi habilitado para a batalha, pela presença do Espírito Santo em Seu íntimo. E o fato fundamental é que podemos vencer, porque Ele venceu.

Sua vitória poderá ser nossa, se a reclamarmos em Seu nome. O que necessitamos acima de tudo é unir-nos a Ele pela fé. "Enquanto a Ele estivermos ligados pela fé, o pecado não mais terá domínio sobre nós. Deus nos toma a mão da fé, e a leva a apoderar-se firmemente da divindade de Cristo, a fim de atingirmos a perfeição de carácter." - O Desejado de Todas as Nações, p. 87.


   

Só poderemos ser vitoriosos se permanecermos unidos a Cristo como o ramo está ligado à videira. Então até mesmo os sofrimentos por amor a Cristo serão agradáveis.
Como isso pode ocorrer em nossa vida? Qual é nossa parte na santificação? Ela é efetuada unicamente pela fé, ou pela fé e as obras? Jesus responde em S. João 15: "Permanecei em Mim, e Eu permanecerei em vós. ...Porque sem Mim nada podeis fazer. ...Se permanecerdes em Mim e as Minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado Meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis Meus discípulos". Vs. 4, 5, 7 e 8.

Permanecemos em Cristo da mesma maneira como nos unimos a Ele no princípio: pela fé - fé viva e genuína que se apodera de Cristo.
Paulo diz em Gálatas 5:6 que a fé atua pelo amor. Semelhante fé não precisa ser completada pelas obras porque já está operando. Fé genuína jamais é simples crença, mas sempre uma fé que atua e que se manifesta por meio de arrependimento e de obediência a Deus. Nossa parte consiste em exercer semelhante fé! Como? Pensemos neste conselho:
"Coisa alguma é aparentemente mais desamparada, e na realidade mais invencível, do que a alma que sente o seu nada, e confia inteiramente nos méritos do Salvador. Pela oração, pelo estudo de Sua Palavra, pela fé em Sua constante presença, a mais fraca das criaturas humanas pode viver em contacto com o Cristo vivo, e Ele a segurará com mão que nunca a soltará." - A Ciência do Bom Viver, p. 182.
Esta é a prerrogativa da vida cristã: abrir diariamente o coração a Cristo, até ficarmos repletos dEle e do Espírito Santo!

Notai como o apóstolo Paulo passa imediatamente da justificação para a santificação, ao escrever em Gálatas 2: "Nós temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo. ... Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim." Vs. 16, 19 e 20.
Viver esta vida de fé em Cristo é o privilégio de todos nós, mesmo dos mais fracos. Aqui não há motivo para sentimentos e santidade em nós mesmos, ou para sentimentos de confiança própria. Com efeito, precisamos ser salvos principalmente de nós mesmos, para que Cristo e Seu Espírito brilhem com mais clareza. Os que pertencem a Cristo crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências (Gálatas 5:22-24).
Quando Cristo Se torna nosso Senhor e Mestre, a luta contra o próprio eu apenas começou. O velho homem é crucificado legalmente na histórica cruz de Cristo e declarado morto, mas na realidade empírica nosso velho eu ainda está vivo... Por isso, somos exortados a manter a velha natureza subjugada pelo poder do Senhor (Efésios 6:10) "Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões." Romanos 6:12; cp. Colossences 3:3 e 5.
Todo cristão tem de aprender a reprimir suas paixões e a agir movido por princípios. A menos que o faça, não é digno do nome de Cristão.

Nem todos têm exatamente a mesma luta renhida contra o próprio eu, segundo se evidencia nesta citação: "Embora alguns sejam constantemente apoquentados, afligidos e perturbados por causa de seus desditosos traços de caráter, tendo de batalhar contra inimigos internos e contra a corrupção de sua natureza, outros não têm de batalhar contra metade de tudo isso." - Testimonies, vol. 2, p. 74.
Com os apóstolos, cremos, porém, na habilitação de Cristo em nosso íntimo, livrando-nos de cair: "Aquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da Sua glória." S. Judas 24.

Cremos na vitória! Cremos que Cristo vencerá! Satanás já é um inimigo derrotado. Mas cremos também que nossa vontade não pode por si mesma fazer isso. Cristo não efetua o combate em nós se não realizarmos a nossa parte. A Escritura nos admoesta em Filipenses 2:12 e 13: "Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade."
Paulo fala aí a crentes redimidos que já tinham sido salvos. Evidentemente, porém, ele não acredita no rifão popular: "Uma vez salvo, salvo para sempre." Exorta-nos a desenvolver diligentemente nossa futura salvação, mas no temor do Senhor. Porquê? Porque o nosso coração carnal disputa constantemente a supremacia. Nem por um instante podemos estar desprevenidos.
"Não há um impulso de nossa natureza, nem uma faculdade do espírito ou inclinação do coração, que não necessite de achar-se a todo instante sob a direção do Espírito de Deus." - Patriarcas e Profetas, p. 441.
É por isso que o apóstolo Paulo morria diariamente. "Sua vontade e seus desejos lutavam cada dia com o dever e a vontade de Deus." - A Ciência do Bom Viver, p. 452. Em vez de seguir, porém, as inclinações de seu coração, ele fazia a vontade de Deus. Todos temos de empenhar-nos nesta batalha. Ninguém pode pelejar em nosso lugar. Satanás é um inimigo poderoso. Temos, porém, um General onipotente: o Príncipe Emanuel. Talvez percamos uma batalha, mas ganhamos a guerra. Esta é a promessa das grandiosas profecias apocalípticas. Na vida santificada experimentamos um estranho dualismo em nosso coração, porque o crente renascido possui duas naturezas. Com Paulo, exclama cada dia: "Desventurado homem que sou!" Mas simultaneamente, confessa com fé: "Graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor." Romanos 7:24 e 25.
   

A MENSAGEM DE TIAGO 2

Os que se entusiasmam com a justificação pela fé, mas afirmam que o slogan: "Sola fide" da Reforma, - "unicamente pela fé" -, denota uma fé no que é abstrato, uma fé por si mesma, não compreendem os reformadores nem o apóstolo Paulo. Deus nos deu a preciosa epístola de S. Tiago, o irmão de Jesus, para livrar-nos de uma interpretação unilateral da justificação pela fé.

"Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém vos disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? ... Assim também a fé, se não tiver obras, por si só está morta. ... Não foi por obras que o nosso pai Abraão foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque? Veem como a fé operava juntamente com as suas obras? Com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou, e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus. Verificais que uma pessoa é justificada por obras, e não por fé somente. De igual modo, não foi também justificada por obras a meretriz Raabe, quando acolheu os emissários e os fez partir por outro caminho? Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta". S. Tiago 2:14, 17 e 21-26.
A fé que não atua pelo amor é morta; é "nada" (I Coríntios 13:2). A fé que somente reconhece a verdade intelectualmente, é a que até os demónios têm, e não constitui uma boa recomendação.

Tiago se preocupa com a verdadeira natureza da fé: sua natureza religiosa - com uma fé que mantém viva ligação com Deus. A fé que não atua pelo amor não merece receber esse nome.
Se o nosso conceito da justificação pela fé, ou sola fide, não se harmoniza com S. Tiago 2:24, violamos as Escrituras!
Ellen White comenta o seguinte sobre S. Tiago 2: "A pretensa fé que não atua pelo amor e não purifica a alma, não justificará a pessoa alguma." - SDABC, vol. 7, p. 936.
"Para que o homem conserve essa justificação, tem de haver obediência contínua, mediante ativa e viva fé que opera por amor e purifica a alma." - Mensagens Escolhidas, Livro 1, p. 366.
"A fim de que o homem seja justificado pela fé, esta tem de chegar ao ponto em que controle as afeições e impulsos do coração; e é pela obediência que a própria fé se aperfeiçoa." - Ibidem.

Essa era também a convicção de Calvino. Este grande reformador escreveu em sua obra Institutes of the Christian Religion:
"Não imaginamos uma fé destituída de boas obras nem uma justificação que subsista sem elas. ... Por que, então, somos justificados pela fé? Porque pela fé nos apoderamos da justiça de Cristo, pela qual, unicamente, somos reconciliados com Deus. Mas não é possível apoderar-se dela sem apoderar-se ao mesmo tempo da santificação. Pois Ele, (Cristo), 'Se nos tornou ... sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção' (I Coríntios 1:30). Cristo não justifica, portanto, a pessoa alguma que ao mesmo tempo não seja santificada por Ele. Tais benefícios são ligados por um vínculo eterno e indissolúvel, de modo que Ele redime os que ilumina com Sua sabedoria; justifica os que são por Ele redimidos; e santifica aqueles a quem justifica." - Vol. III, p. 161.

   

A GLÓRIA CRESCENTE

Por que o semblante de tantos cristãos é destituído da glória de Deus, e porque eles levam uma vida tão infeliz, medíocre e inferior? É assim que tudo começou e terminará? Não!

Tudo findará como começou: em glória, em genuíno poder, glória e muito regozijo. Lemos em Apocalipse 18:1 que mais uma vez um poderoso anjo descerá do Céu à Terra para unir seu poder ao dos 3 Anjos de Apocalipse 14. A profecia descreve esse acontecimento dizendo que toda a Terra se iluminou com o seu esplendor!
Esse é o futuro da Mensagem do Advento! Marchamos para o esplendor! Como podemos apressar esse dia? O apóstolo Paulo nos mostrou o caminho em II Coríntios 3:18: "Todos nós, de rosto descoberto, somos um reflexo da glória do Senhor. Transformamo-nos assim numa imagem dEle, com um brilho cada vez maior, porque é o Espírito do Senhor que faz isto."

Paulo compara o glorioso semblante do Cristão com o rosto de Moisés, que resplandecia quando ele desceu do monte. Moisés não o soube por si mesmo, mas a glória desceu sobre ele por haver estado com o Senhor 40 dias e 40 noites. Vira a glória do Senhor, segundo o pedido que fizera a Deus: "Rogo-Te que me mostres a Tua glória." E Deus concedeu-lhe o que pedira de acordo com a sua fé. Quando os israelitas viram o deslumbrante fulgor de Deus no rosto de Moisés, "temeram chegar-se a ele." (Êxodo 34:30). Moisés não pôde compreender isso, pois viera trazer-lhes uma agradabilíssima nova...
Porque eles temeram essa glória de Deus ou de Moisés - a glória da graça divina? Porque ainda sentiam a culpa do pecado. E a culpa produz medo! Se estivessem em harmonia com Deus, o brilho no rosto de Moisés, "tê-los-ia enchido de alegria" (Patriarcas e Profetas, 339). "Na Tua presença há plenitude de alegria." Salmo 16:11. Eles pediram que Moisés colocasse um véu sobre o rosto! Que reação vergonhosa! O homem pecaminoso que transgride a lei de Deus quer permanecer inalterado...

Em Cristo tem aparecido maior glória do que a de Moisés e a da Lei de Deus. Temos contemplado Sua glória, declaram os apóstolos. Mas desejamos nós realmente ver a Jesus e contemplar-Lhe a glória? Semelhante santidade aterrorizará nosso coração pecaminoso...
Mas aqueles que dia a dia O contemplam persistentemente, sem encobrir as Escrituras, serão transformados à Sua semelhança!
E ao contrário da glória no rosto de Moisés, cujo esplendor diminuiu gradualmente, o Cristão que contempla diariamente a face de seu Mestre obterá Crescente Glória!

Isso é andar com Deus como Enoque com Ele andou. Essa é a experiência dos 144.000 de Apocalipse 14.

É  O  QUE  NECESSITAMOS  AGORA!


Texto de Hans K. LaRondelle, Professor de Teologia na Universidade Andrews in O Ministério Adventista, Março-Abril de 1978, Casa Publicadora Brasileira.

TEU SANTO NOME
Adoradores

Todo o ser que vive, Louve o nome do Senhor  - Sl 150. Toda a criatura se derrame aos Seus pés  - Sl 62:8.
Ao som da Sua voz, o Universo se desfaz  - Sl 29. Não há outro nome comparado ao Grande Eu Sou  - Êx 3:14, 1 Sam 2:2.


E mesmo sendo pó  - Sl 104:29, com tudo que há em mim, confessarei  - Fp 2:11:
Que céus e terra passarão  - Lc 21:33, mas o Teu nome é Eterno  - Sl 45:17.
Coro:
Todo o joelho dobrará ao ouvir Teu nome  - Rm 14:11, Teu Santo nome  - Sl 105:3.
Todo o ser confessará: Louvado seja o Teu nome  - Sl 34:1, Teu Santo nome!

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

CÉREBRO, CORAÇÃO, OSSOS, ...

A Saúde de Todo o Organismo Depende do Estilo de Vida



HOMEM COM VIDA

Há tanto tempo que o procuravam que muitas pessoas tinham já desistido de o encontrar. Tinham procurado em todos os lugares sem sucesso. Então, em 1911, em Sussex, na Inglaterra, os Antropólogos encontraram finalmente as ossadas. Eles estavam convencidos que aquilo era exactamente o que andavam à procura - o elo que faltava para fazer a ligação do homem com o macaco. Chamaram-lhe o homem de Piltdown.
Que decepção! No ano de 1950 a verdade veio ao de cima! O homem de Piltdown era um elaborado embuste criado por brincalhões. Tinha o crânio de um ser humano, os maxilares de um macaco e algumas partes das presas de elefantes do norte de África. Afinal, não se tratava do tal elo de ligação!
Um livro recente de antropologia refere-se ao homem como sendo o "macaco nu". Embora possa haver algumas semelhanças com os macacos, o homem não é um macaco. Ele nunca foi um macaco. O Homo Sapiens é uma única espécie de um só género. O homem foi formado como um acto da Criação, o coroar da Criação de Deus. Ele é a epítome da obra das mãos de Deus. O mesmo cérebro que em tempos idos dominou o fogo e aprendeu a utilizar os instrumentos e armas, hoje maneja as equações da fusão nuclear, os cálculos astronómicos e a tecnologia dos computadores. O homem compreende e ama a música, a literatura e a ciência. Ele tem em alta estima a sua religião e cultura, o governo, a sociedade e o lar.
Deus fez o homem à Sua própria imagem, e prometeu-lhe o domínio sobre o mar e a terra. O homem tem reclamado esse domínio, e produzido uma civilização tão maravilhosa quanto complexa. A Criação e a Evolução são incompatíveis. Deus criou a raça humana perfeita. A Bíblia diz:

          "E viu Deus tudo quanto tinha feito e eis que era muito bom." Génesis 1:31

O corpo humano é a mais complexa peça de maquinaria do mundo. Podemos compreender a exclamação do Salmista quando disse:

          "Eu Te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as Tuas obras; e a minha alma o sabe muito bem." Salmos 139:14

De todos os seres vivos, somente a humanidade conseguiu, através do poder do pensamento, alcançar a escrita, a literatura, a ciência e a profunda busca da alma. Somente o homem possui os poderes da reflexão e da introspecção. Vivemos num Universo tão vasto que os seus limites são desconhecidos. Debaixo de biliões de estrelas e planetas, unicamente o homem estuda astronomia.
Os animais vivem no mesmo mundo físico que nós. Respiram o mesmo ar, bebem a mesma água, comem alimentos similares, estão sujeitos à mesma lei da gravidade, temperatura, atmosfera e radiação solar. Mas, num mundo de mais de cem elementos, somente o homem estuda a química. E num mundo de cor e beleza, só o homem é artístico. Num imenso mundo cheio de mistérios complicados, somente o homem é o inventor. Num mundo de sons e barulhos, o homem é o único na sua maneira de comunicar. Num mundo de números e cálculos, somente o homem é o matemático. Num mundo manchado pelo pecado, somente o homem é religioso.

O cérebro do homem coloca-o à parte dos outros animais. Ocupando a totalidade do topo da cabeça humana encontra-se aquela massa gelatinosa e enrugada com o peso aproximado de 1,5 kg. Ele representa um sistema de arquivo para milhões de bits de informação. É um centro de linguagem que classifica e arranja muitos milhares de palavras numa quase infinita variedade de combinações. É um constante monitor de um fluxo de impressões sensoriais vindas do mundo exterior. É um gerador de emoções e impulsos humanos. Ele é o operador de funções vitais como a respiração, o ritmo cardíaco e o movimento muscular.
Milhões de correntes eléctricas, tão ínfimas que a soma de todas elas não poderia iluminar uma vulgar lâmpada, estão num lampejo indo e vindo realizando milagres constantes. Embora falemos da perícia das talentosas mãos do cirurgião, sabemos que o talento está no cérebro. Podemos falar do soldado como tendo um coração corajoso, mas essa bravura está no cérebro. Podemos falar de uma pessoa como possuindo uma mente intelectual, mas nesse caso sabemos que esse conhecimento está no cérebro.
Por vezes, as pessoas criticam a Bíblia por sugerir que o coração do homem necessita de mudança, e por referir o coração como a sede das emoções. A Bíblia utiliza a mesma linguagem de emoções que nós utilizamos hoje. Nunca se ouviu falar de um apaixonado enviar à sua querida uma fotografia do seu cérebro no dia de S. Valentim. Nem ele alguma vez lhe diria: "Amo-te de todo o meu cérebro."

Por vezes interrogamo-nos se os bens fabricados que compramos, poderiam ser feitos de modo a durarem mais. Parece que chegámos a uma situação em que as coisas são projectadas para se avariarem depois de um certo número de horas de operação, de maneira a que tenhamos que adquirir novos artigos.

Este não foi o modo como Deus projectou a humanidade. O nosso corpo foi idealizado para viver eternamente. Seis mil anos passaram desde que Deus criou a raça humana, e durante este tempo o homem tem feito tudo o que está ao seu alcance para destruir o fantástico corpo que Deus criou. Ele tem maltratado o seu corpo com uma dieta deficiente, drogas tóxicas, maus hábitos, falta de exercício e de repouso. Mas, mesmo depois de seis mil anos de pecado, o homem é ainda a mais maravilhosa peça de engenharia que alguma vez foi concebida. Nenhum equipamento electrónico, nenhuma máquina, foguetão ou satélite podem ser comparados com o corpo humano. Ele é mais sofisticado e complicado do que qualquer um dos animais.
Automóveis, computadores e robots são por vezes romanticamente considerados como tendo vida. Mas eles não se reparam a si próprios, ou crescem ou reproduzem. O carro mais caro do mundo não se restaura das arranhadelas como o corpo humano.

Está Deus interessado na nossa saúde física? Importa-se Ele se nós temos cuidado do corpo que Ele criou para nós? Ele prometeu que se nós Lhe obedecermos, Ele nos guardará. Alguns pensam que cuidar do seu corpo não tem nada a ver com a religião. Deus disse ao Seu povo nos tempos do Velho Testamento:

          "E disse: se ouvires atento a voz do Senhor teu Deus, e obrares o que é recto diante dos Seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos Seus mandamentos e guardares todos os Seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egipto; porque Eu sou o Senhor que te sara." Êxodo 15:26

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A Nossa Alimentação Tem Muito A Ver Com A Nossa Religião! Deus Diz:

          "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." I Coríntios 10:31

O sexto mandamento diz: "Não matarás." A maioria das pessoas concorda que isto inclui o suicídio. Mas a maioria dos cristãos tem a ideia errada que só se trata de suicídio quando ele acontece subitamente. Se ele for acontecendo aos poucos e poucos, parece não ter importância.
Notemos o que Paulo disse à igreja de Coríntios:

          "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?" 1 Coríntios 6:19

No 3º capítulo do mesmo livro, ele pronuncia a mesma verdade numa linguagem ainda mais forte:

          "Não sabeis vós que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo." I Coríntios 3:16-17

A saúde, tal como o tempo, é um assunto sobre o qual muitas pessoas falam mas que pouco fazem. Contudo deve ser considerada muito importante. O governo dos Estados Unidos gasta cerca de 100 biliões de dólares por ano, tentando restaurá-la e mantê-la. A saúde é aquilo que as pessoas mais desejam no mundo. É um assunto de extrema prioridade. A nossa saúde é importante para Deus também. O Criador que nos fez deve saber o que é melhor para nós. Ele dá-nos algumas regras na Bíblia para cuidarmos do nosso corpo.
Quando Deus criou um mundo maravilhoso e perfeito, e colocou os primeiros pais nele, Ele especificou o tipo de alimentação que tinha ordenado para a família humana.

          "E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dá semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto de árvore que dá semente, ser-vos-á para mantimento." Génesis 1:29

Esta é a alimentação perfeita para a manutenção da saúde. A alimentação original dada por Deus era uma alimentação vegetariana. O Deus que tinha criado o corpo sabia quais os elementos necessários para mantê-lo forte. Quem questionaria o Criador acerca da Sua sabedoria sobre o corpo que Ele criara?

Henry Ford, projectou os primeiros automóveis e ninguém sabia melhor do que ele como cuidar deles. Quando adquirimos um novo automóvel, encontramos um manual do fabricante no porta-luvas. O fabricante recomenda um certo tipo de combustível. Podemos argumentar: "O carro é meu, comprei-o e paguei-o, por isso posso usar o tipo de combustível que eu quiser." Testemunhei um engano numa bomba de gasolina. O empregado da bomba colocou gasolina normal no depósito de um Volkswagen Diesel. Os resultados foram desastrosos.

Quando Deus afirmou que os frutos, as nozes e os grãos eram a melhor alimentação para as Suas criaturas, Ele sabia o que estava a dizer. Mais tarde, foram adicionados os vegetais, depois da entrada do pecado, e os quatro grandes pilares-base de uma alimentação perfeita foram fixados.

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E o que dizer dos alimentos cárneos? Eles não foram incluídos na alimentação original da humanidade. Como não havia morte nos planos de Deus, não poderia haver carne de animais na alimentação do homem. Somente depois do Dilúvio é que Deus permitiu o uso de certos animais limpos como alimento. Um estudo do livro de Génesis revela uma mudança na duração da vida humana depois do homem começar a comer carne de animais. Antes do Dilúvio, as pessoas viviam tanto como 900 anos.
Estudos recentes demonstram que o corpo humano vive melhor com uma alimentação vegetariana do que com uma alimentação que inclua carne, e que os vegetarianos vivem mais do que os não-vegetarianos.

*** Muitos cristãos acreditam que as regras de saúde dadas no Antigo Testamento foram abolidas por Cristo. No Antigo Testamento, encontramos 4 categorias básicas de leis. A lei Moral - os Dez Mandamentos, foi escrita em pedra, e pelo próprio Deus, para demonstrar que é eterna. As leis Cerimoniais, relacionadas com o santuário do Antigo Testamento e o seu sistema de sacrifícios, eram uma 'sombra das coisas que haviam de vir", apontando para Cristo. As leis Civis que faziam parte do funcionamento daquele povo. E o que dizer das leis de Saúde?
"Elas eram para os judeus", alguém me disse recentemente. "Que tipo de corpo é que um judeu tem?" perguntei. Tenho feito muitas viagens a Israel, e tenho muitos amigos judeus. Tenho reparado que eles têm o mesmo tipo de corpo que todas as pessoas. As mesmas coisas que seriam venenosas para eles sê-lo-iam também para mim. Os mesmos alimentos que são prejudiciais a eles são prejudiciais para todos.
Deus especificou certos animais que não eram próprios para comer. Ele dá-nos uma lista no capítulo 11 de Levítico. Entre as três categorias de animais utilizados para alimento, animais, peixes e aves, é-nos dito quais podem ser utilizados e é-nos feito o aviso acerca do perigo daqueles que são apelidados de impuros.

"Tudo o que tem unhas fendidas, e a fenda das unhas divide em duas, e remói, entre os animais, aquilo comereis. Destes, porém, não comereis, dos que remoem ou dos que têm unhas fendidas: o camelo, que remói mas não tem unhas fendidas, este vos será imundo. E o coelho, porque remói, mas não tem as unhas fendidas, este vos será imundo. E a lebre porque remói mas não tem as unhas fendidas, esta vos será imunda; também o porco, porque tem unhas fendidas, e a fenda das unhas divide em duas, mas não remói, este vos será imundo. Da sua carne não comereis, nem tocareis no seu cadáver; estes vos serão imundos.
"Isto comereis de tudo o que há nas águas: tudo o que tem barbatanas e escamas, nas águas, nos mares e nos rios, aquilo comereis. Mas tudo o que não tem barbatanas nem escamas, nos mares e nos rios, todo o réptil das águas, e toda a alma vivente que há nas aguas, estes serão para vós abominação." Levítico 11:3-10

Nos tempos bíblicos, o povo de Deus refreava-se de comer carnes impuras com base nos mandamentos de Deus. Eles não comiam porque Deus assim tinha dito. Vivendo no séc. XX (XXI) como nós vivemos, temos uma razão adicional. Não somente temos a Palavra de Deus a dizer-nos que certos alimentos são impuros, como também evidências científicas que a confirmam. Eis aqui uma declaração interessante que tenho já há bastante tempo. Encontrei-a no Filadélfia Daily News, em 1957.

"Porcos são porcos e o Presidente da Câmara Dilworth está interessado porque eles comem 150.000 toneladas de lixo por ano. É por isso que a legislação está a pedir que mantenhamos o preço do porco alto. Desse modo, podemos estar seguros que a cidade não terá problemas em se ver livre do seu lixo."

Existe uma verdadeira recolha humana de lixo. Os porcos comem o lixo e as pessoas comem os porcos.

Quando Deus disse a Moisés que o porco é um porco ("porcaria..." E.E.), Moisés não tinha conhecimento de toda a evidência científica que nós temos hoje à nossa disposição. O Dr. O. S. Parrot fez um estudo extensivo do porco. Aqui estão as suas palavras:

"A infecção de triquina nos Estados Unidos encontra-se em 25% de todos os adultos. Dois médicos, MacNaught e Anderson, fizeram uma autópsia retirando os músculos do diafragma de 100 corpos e eles encontraram 23 desses corpos infectados com triquina viva. Depois examinaram outros 100 corpos e encontraram 25 casos positivos de triquina. E nenhuma destas duzentas pessoas alguma vez se queixou ou sabiam que estavam doentes."

As salsichas dos melhores mercados nos Estados Unidos foram submetidas a um teste e foi descoberto que em cada 5 salsichas, uma tinha triquina viva.
Numa pequena cidade do Colorado, o Governo confiscou salsichas com triquina viva de um certo mercado depois de uma família inteira ficar bastante doente. Uma jovem, de 18 anos, ficou tão doente que teve de ser levada para o hospital por causa de uma grande quantidade de triquina no diafragma. Teve de ser colocada numa câmara para se manter viva. No princípio, a família pensou estar a sofrer de gripe ou de algumas dores musculares devido a constipações. Mas ao retirarem um pedaço do músculo do ombro da jovem descobriram estar cheia de triquina viva.

Há uns anos, a revista Selecções do Reader's Digest publicou um artigo intitulado, "Deve o Nosso Porco Permanecer InSeguro?" Aqui estão algumas das declarações desse artigo:

"Uma simples dose de porco infectado - mesmo uma simples garfada, pode matar e incapacitar ou condenar a vítima a uma vida de sofrimento e de dores. Para esta doença, a triquinose, não existe cura. Sem medicamentos, os vermes podem espalhar-se através dos tecidos musculares de todo o sistema humano.

"Os médicos têm confundido a triquinose com cerca de 50 doenças que vão desde a febre tifóide ao alcoolismo agudo. Aquela dor no seu braço ou perna pode ser artrite ou reumatismo, mas também pode ser triquinose; aquela dor nas suas costas pode significar um envolvimento da vesícula biliar, mas também pode significar triquinose." Reader's Digest, Março de 1950

Quando Deus proibiu certos alimentos do mar, Ele tinha razões para fazê-lo. A ciência médica moderna descobriu algumas das razões. Na revista Prevenção de 1972, vemos a Bíblia vindicada pelo estudo científico.

"Porque são os mariscos tão perigosos? Porque eles estão muitas vezes mais poluídos que as águas sujas onde habitam. Infelizmente, eles escolhem viver, amar e multiplicar-se em estuários ao longo das regiões costeiras. Estes estuários estão particularmente sujeitos a descarga de esgotos, aos afluentes de esgotos e outros poluidores da água. O aspecto poluído do habitat é um perigo. O facto de que os bivalves são filtros alimentadores, aumenta o perigo. Nas ostras, por exemplo, por causa da sua maneira de obter e absorver comida, descobriu-se terem concentrado o vírus da pólio 20 a 60 vezes mais do que o nível das águas à sua volta. Nenhuma outra comida animal oferecida no menu do seu restaurante favorito ser-lhe-ia servido juntamente com as suas fezes. No entanto, é este o caso dos mariscos. Eles são servidos totalmente, completos com o seu trato intestinal."



"Uma das carnes mais suculentas e saborosas é a carne de porco. Milhões de pessoas a consomem todos os dias.
Mas você sabia que mais de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo não comem esse tipo de carne?
Por que razão judeus, muçulmanos e adventistas não comem esse tipo de alimento? Assista esse vídeo e descubra!"
Está Escrito Adoração

*** Numa emissão religiosa recente, ouvi um pregador declarar que Deus tinha purificado os animais impuros, e especialmente o porco, como foi revelado a Pedro no capítulo 10 do livro de Actos. Se Deus purificou o porco, Ele não fez um trabalho muito bom, porque ele continua ainda a ser um porco. Apenas tirando, única e completamente Actos 10 do seu contexto, podemos chegar à conclusão que a mensagem de Deus para Pedro tenha alguma coisa a ver com a alimentação.
Pedro teve um sonho no qual um recipiente que parecia um lençol atado aos quatro cantos da Terra, descia do Céu, cheio de animais, aves e répteis. Uma voz disse: "Levanta-te Pedro, mata e come." Actos 10:13

Pedro recusou porque os animais eram impuros. Por três vezes se repetiu a cena.
Enquanto Pedro estava a questionar o que significava a visão, dois homens bateram à porta. Tinham sido enviados de Cesareia por um homem chamado Cornélio. Como Cornélio era um gentio, Pedro teria evitado qualquer comunicação com ele, mas a visão que recebera era uma lição objectiva para convencê-lo de que ele devia partilhar a mensagem do evangelho com Cornélio.
Compreendeu Pedro que a visão tinha alguma coisa a ver com a alimentação? Falando mais tarde acerca da visão, disse:

          "E disse-lhes: Vós bem sabeis que não é lícito a um varão judeu ajuntar-se ou chegar-se a estrangeiros; mas Deus mostrou-me que a nenhum homem chame comum ou imundo." Actos 10:28

Deus não lhe mostrou que ele não deveria chamar a nenhum porco comum ou impuro. A visão não foi dada para corrigir a sua alimentação. Ela foi para lhe mostrar que Deus não faz acepção de pessoas. Tivesse a visão sido dada para lhe mostrar que Deus tinha purificado o porco, ele teria então dito: "Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de porcos." Esta não foi a compreensão que Pedro teve da lição que Deus lhe ensinou.

          "E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas." Actos 10:34

Crendo que a Bíblia é toda inspirada, custa, mas temos de dizer que quando, no tempo do fim do mundo, os ímpios forem destruídos, aqueles que insistem em comer porcos e ratos, são incluídos na lista dos pecadores destruídos pelo fogo do inferno.

          "Essas pessoas que adoram falsos deuses escondidas em jardins, e além disso comem carne de porco e de rato, e outras comidas proibidas - serão completamente destruídas, promete o Senhor." Isaías 66:17, A Bíblia Viva


Quando Deus fala acerca de tomarmos cuidado com o nosso corpo, baseia os Seus ensinos em princípios latos. É claro que a Bíblia não menciona nada sobre fumar cigarros ou charutos. Nós conhecemos os perigos do fumo, e não existe nenhuma dúvida que ele destrói o "templo" que Deus nos deu. Fumar é uma forma lenta de suicídio.
Somos advertidos na Palavra de Deus acerca do perigo das bebidas alcoólicas.
Deus diz:

          "O vinho é escarnecedor, e a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio" Provérbios 20:1

A evidência científica tem confirmado os avisos da Bíblia acerca das bebidas fortes. O álcool é um veneno. Cada trago de qualquer bebida alcoólica destrói preciosas células cerebrais. Uma vez destruídas, elas nunca mais podem ser repostas. No meu caso, como não tenho mais células cerebrais do que aquelas que preciso, recuso-me a destruir as que tenho. Algumas pessoas ficam surpreendidas quando lhes digo que nunca provei uma gota de qualquer bebida alcoólica. Nem tenho nenhuma intenção de vir a provar. Conheço demasiadas vidas e lares destroçados por causa do álcool. Através dos anos, tenho-me tornado um aceso inimigo do uso de bebidas alcoólicas. Por vezes, os meus amigos sentem pena de mim quando, por altura do Natal ou do Ano Novo, não me junto a eles para tomar alguma bebida espirituosa. Só que, na manhã seguinte, sou eu que sinto pena deles ao vê-los num estado miserável, a curarem-se das ressacas.

Deus não força ninguém a fazer o que está certo. Se, depois de ter lido na Sua Palavra e de ter visto a evidência científica, insistir em beber veneno alcoólico, Ele não irá enviar um anjo para lhe arrancar o copo da mão. Se, apesar de todos os avisos que a moderna pesquisa médica tem feito, insistir em fumar, Deus não irá enviar um anjo para fazer explodir o seu cigarro. Se, apesar do conhecimento dos perigos de uma alimentação excessiva, continuar a insistir em comer mais do que o seu organismo precisa, Deus não irá enviar um anjo para afastar a sua cadeira da mesa.
É importante que nos lembremos que Cristo não veio para restringir as nossas liberdades, como alguns supõem, mas antes para nos apresentar uma vida mais rica n'Ele. Ele diz-nos:

          "Eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância."
João 10:10


O que a Bíblia advoga é uma vida abundante. A pessoa completa, numa totalidade de corpo, mente e espírito, é o que Ele nos oferece. Deveremos nós apontar para menos?

Porque é que Deus quer que tomemos cuidado connosco? Pela mesma razão que nós pedimos a uma pessoa amada que tome cuidado de si própria. É por a amarmos. Deus ama-nos tanto que Ele quer que sejamos saudáveis e felizes. Ele diz:

          "Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde assim como bem vai a tua alma." III João 2

Quanto nos ama Deus? A única medida que temos é a Cruz do Calvário. Uma das maiores necessidades do coração humano é sentir-se amado e necessário.
Preencher a necessidade daquele a quem amamos e saber que essa pessoa preenche a nossa necessidade, é a base da verdadeira comunhão. Um marido e uma mulher que têm este tipo de experiência juntos, são verdadeiramente felizes. Quando os filhos e os pais partilham esta experiência, o conflito de gerações desaparece. Deus ama-nos e anseia ensinar-nos, não somente o que significa para nós mas também o que nós significamos para Ele. Ele não restringe a nossa alimentação para nos privar do prazer! Ele diz: "Amo-te, por isso toma cuidado contigo."

Li acerca de um pai que pagou um resgate de 158.000 contos pelo retorno do seu filho de treze anos que tinha sido raptado. Valia o filho esta soma? Qual é o valor de uma alma humana? Teria o pai aceite um substituto do seu filho? De modo algum, mesmo que o substituto fosse mais forte, mais saudável, mais bonito. Mesmo que o substituto fosse oferecido por um preço muito baixo, ainda assim, ele não consideraria isso uma pechincha.
Quão ansiosamente aguardamos o dia em que Cristo virá para nos levar ao lar! Quando alcançarmos o paraíso celestial, as ruas de ouro não serão manchadas pelas beatas dos cigarros. Não seremos incomodados com os sons e cheiros dos matadouros na cidade santa de Deus. Não haverá bêbados a jazer nos passeios da Nova Jerusalém.
Jesus demonstrou o Seu amor por si no Calvário! O seu valor para Deus não pode ser calculado. Então, para que possa mostrar a sua gratidão e amor por Ele, cuide do espantoso corpo que Ele lhe deu!

Henry Feyerabend (1931 - 2006) foi um canadense adventista do sétimo dia, evangelista, cantor e autor, que é muito conhecido no Canadá pelo seu trabalho no Programa Está Escrito, e no Brasil como cantor do Grupo Arautos do Rei. Texto extraído do seu livro Tantas Religiões! Porquê?




Lembremo-nos que: "A carne nunca foi o melhor alimento; o seu uso agora é, todavia, duplamente objectável, visto as moléstias nos animais estarem crescendo com tanta rapidez."
"Os efeitos do regime cárneo podem não ser imediatamente experimentados; isto, porém, não é nenhuma prova de que não seja nocivo. A poucas pessoas se pode fazer ver que é a carne que ingerem o que lhes tem envenenado o sangue e ocasionado os sofrimentos. Muitos morrem de moléstias inteiramente devidas ao uso da carne, ao passo que a verdadeira causa não é suspeitada nem por eles nem pelos outros."
Ellen White, A Ciência do Bom Viver, págs 313, 315.

Pode ler algo com muito interesse sobre a vida desta impressionante Mulher que muito, e há muito tempo, aprecio, em: http://centrowhite.org.br/

- Copiei estas palavras escritas num papel, cada vez mais estragado, colado numa parede de um local perto de uma estação de correios, onde passava muita gente, a 18 de março de 1999: "Amigos e Camaradas, eu agora vou falar. O Cozido à Portuguesa do restaurante X vai aumentar. O matadouro clandestino nº 1 já está para fechar. Porque a última porca foi morta no dia 22.1.99 à marretada, ao uso do costume, porque o veterinário já morreu faz 2 anos. Agora a governanta do restaurante X que fazia os guisados com carne das ovelhas que morriam debaixo do comboio, também já se despediu porque conhecia melhor a casa que a esposa do patrão. Mais informo que já lá vão 22 porcos sem inspecção." Isto esteve afixado para quem quisesse ler... durante muito tempo. O nome do restaurante, e bem conhecido naquela zona, estava lá escrito onde coloquei o X. (E. E.) -

Momento de Humor para Descontrair... Porque Ninguém é Perfeito...
E Por Isso Precisamos Tannnto de Deus!...

MAS PODEMOS MUDAR... Com Motivação, Fé e...


ESPERANÇA

Afoguei-me na dor de quem tudo perdeu.
Perdi a luz, perdi a paz, perdi o amor.
Fez-se deserto o meu jardim em flor.
Afoguei-me na dor de apenas ver relâmpagos no céu.

Afoguei-me na bruma da dúvida envolvente.
Só vi nas coisas aparência e espuma.
Procurei uma barca e não achei nenhuma.
Afoguei-me na bruma alucinadamente.

Afoguei-me no rio!
Afoguei-me no rio, numa tarde de verão.
Foi-se ao fundo do rio o meu navio.
Parou-me o coração de angústia e frio.
Ninguém me deu a mão em salvamento.

Só Tu, Senhor, me podes libertar do rio em que tombei!
E, curando-me os pulsos a sangrar,
Me podes restituir e restaurar
A vida que sem Ti, desbaratei.


Moreira das Neves