quinta-feira, 25 de abril de 2013

O DEDO DE DEUS ESCREVEU LIBERDADE


REVELAÇÃO DO DESERTO


"E subiu Moisés a Deus, e o Senhor o chamou do monte, dizendo: Assim falarás à casa de Jacob, e anunciarás aos filhos de Israel: Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a Mim; Agora, pois, se, diligentemente ouvirdes a Minha voz, e guardardes o Meu concerto, então sereis a minha propriedade peculiar de entre todos os povos: porque toda a terra é Minha. E vós Me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel." (Êxodo 19:3-6).

Depois de uma jornada longa, dura e poeirenta pelo deserto, chegámos ao sopé do Monte Sinai, a montanha que sentiu as pegadas de Moisés e ouviu a voz de Deus. Foi aqui que Deus, em tons atroadores, disse dez frases que conhecemos como os Dez Mandamentos. A Bíblia foi-nos dada por homens santos de Deus, inspirados pelo Espírito Santo. Mas o próprio Deus escreveu os Dez Mandamentos para mostrar a sua importância, e gravou-os na pedra para mostrar a sua duração. Desde que ouvi pela primeira vez a história da Bíblia, sentado nos joelhos da minha mãe, imaginei como teria sido o deserto. Finalmente, fiz a viagem começando em Goshen, no Egipto, atravessando o Mar Vermelho e viajando pelo deserto da Península do Sinai. A minha imaginação mais vívida não podia imaginar este deserto seco e árido. Insuportavelmente quente durante o dia, um frio penetrante à noite, não admira que Israel tivesse precisado de uma nuvem durante o dia e de uma coluna de fogo à noite.
Ao olhar para os picos irregulares e ao subir a montanha, pensávamos se estaríamos no mesmo local onde Moisés recebera os Dez Mandamentos. Ao olhar lá para baixo, podíamos imaginar a grande multidão dos filhos de Israel acampados no deserto.
Quão importante foi esta mensagem do deserto proclamada por Deus? Muitos dizem que isso é irrelevante para os nossos dias. Outros dizem que foi apenas para os Judeus e que foi abolida na cruz.
Hoje vivemos numa época em que até os Cristãos acreditam que a moralidade é relativa e flexível. As pessoas falam de uma 'nova moralidade'. Um escritor famoso pergunta: "O que é que aconteceu ao pecado?" Poucas pessoas chamam o pecado pelo seu nome. Falamos de delinquência, de tendências psicopáticas, mas não de pecado.

O que é o pecado? Paulo disse: "Mas eu não conheci o pecado senão pela lei." (Romanos 7:7). João diz: "Qualquer que comete pecado, também comete iniquidade, porque o pecado é iniquidade." (1 João 3:4). Tiago diz-nos que a lei é um espelho que nos mostra o pecado. Se se tirar a lei, não haverá pecado. Se não houver pecado, não haverá necessidade de um evangelho.
O homem moderno recusa-se a submeter-se a padrões. A ética da situação diz-nos que tudo é correcto se a situação for a indicada, fazendo-nos chegar a um ponto em que podemos chamar certo ao que está errado se for feito de maneira agradável. Falamos de um 'crime perfeito'. Como é que um crime pode ser perfeito? É como chamar ao cancro uma doença perfeita.
A fidelidade conjugal tem sido fortemente desafiada na nossa geração. Falamos de relações satélite, que se tornaram aceitáveis nos nossos dias. Relações satélite é apenas uma forma moderna e caprichosa de referirem velho adultério. Mudar o rótulo de uma garrafa não muda o veneno que ela contém. Deus diz: "Não cometerás adultério", e aqueles que afrontam a Sua lei, semeiam ventos e colhem tempestades.
Bertrand Russell estava sempre a meter-se em aventuras amorosas e a promover as virtudes do amor livre. Mas se lermos a sua autobiografia, veremos que o homem que falava tanto de liberdade sexual foi consumido pela angústia, inveja e dor, porque nem ele nem as pessoas com quem ele partilhava as suas aventuras conseguiram enfrentar a dor da infidelidade. Descobriu, tal como muitos outros, que existem certas intimidades que não podem ser partilhadas indiscriminadamente.
Precisamos de um padrão moral. Se não sabemos quantos centímetros tem o metro, é porque perdemos o metro. O tempo não depende da sua opinião ou da minha, ou de quando alguém acerta o relógio. Há um padrão. Se a minha ideia de moralidade for tão boa como a sua, qual delas vencerá? Sem dúvida que será a mais forte, não necessariamente a que está certa. Isto encontra-se ilustrado nestes versos:

O Pálido Ebanezer pensava que era errado lutar.
Mas o Bill Rugidor, que o matou, pensou certo estar.


A Lei de Deus não é flexível. O Dr. Paul Brand, cirurgião missionário, escreve sobre a importância da credibilidade. Diz ele:

Hoje, dentro da igreja, alguns atacam a lei e a doutrina. A ética da situação sugere que o certo e o errado dependem frequentemente da necessidade e do estado de espírito do momento. Apresento apenas este aspecto único da Lei de Deus: - tem de ser CONSISTENTE, como o osso. A confiança assim o requer.

Depois continua a contar uma experiência sobre uma mulher que veio vê-lo trazendo consigo uma lista de queixas que, de acordo com o seu conhecimento e experiência médicos, descrevia um caso típico de gastrite. Depois de um breve exame, disse à senhora qual era o diagnóstico, mas ela olhou para ele com grandes olhos, cheios de medo.
Ele repetiu suavemente: "Sinceramente, não é uma situação grave. Há milhões de pessoas que têm esse problema, com cuidado e tratamento ficará boa." Mas o medo não desapareceu do seu rosto. Rugas de tensão tremiam como se o médico tivesse dito: "A sua doença é terminal."
Ela questionou o médico sobre todos os pontos e ele concordou em fazer-lhe mais testes para confirmar o seu diagnóstico. Quando os resultados chegaram, indicavam claramente que se tratava de uma gastrite. A mulher voltou a outra consulta e o médico podia ver que ela tremia de medo. Usou o seu tom de voz mais reconfortante e falou com autoridade, dizendo: "É perfeitamente claro - não há dúvida - de que tem uma gastrite. A condição é crónica e será preciso que mude de dieta e de tratamento, mas deverá melhorar. Não há qualquer razão para se alarmar."
A mulher fixou os olhos nos do médico, pelo menos durante um minuto, como se estivesse a tentar ver-lhe a alma. O médico conseguiu segurar o olhar, não desviando o seu, com medo de que ela duvidasse dele. Finalmente, a mulher suspirou profundamente e, pela primeira vez, o seu rosto descontraiu-se. Respirou fundo e disse: "Bem, muito obrigado. Eu tinha quase a certeza de que tinha cancro. Tinha de ouvir o diagnóstico da boca de alguém em quem eu pudesse confiar, e acho que posso confiar em si."

Depois, contou ao médico a história da mãe, que tinha sofrido de uma doença muito prolongada e dolorosa. "Numa noite difícil, o médico de família veio a nossa casa quando a minha mãe gemia e pressionava o estômago com as mãos. Tinha febre e era óbvio que estava em sofrimento. Quando o médico chegou, a mãe disse: 'Doutor, é verdade que vou ficar melhor? Sinto-me tão doente e tenho perdido tanto peso... Acho que estou a morrer.'
"O médico pôs a mão no ombro da minha mãe, olhou para ela de uma forma carinhosa e respondeu: 'Sei como se sente. Dói muito, não é? Mas esta é fácil de resolver - é apenas uma gastrite. Se tomar este medicamento durante mais algum tempo, com estes calmantes, em breve poderá levantar-se. Sentir-se-á muito melhor dentro de pouco tempo. Não se preocupe. Confie em mim.' A minha mãe sorriu e agradeceu-lhe. Fiquei impressionada com a bondade do médico.
"No corredor, sem que ela pudesse ouvir, o médico virou-se para mim e disse gravemente: 'Temo que a sua mãe não durará mais do que um dia ou dois. Tem cancro no estômago em estado avançado. Se a mantivermos calma, ela provavelmente morrerá em paz. Há alguém a quem deva comunicar?'
"Interrompi-o a meio da frase. 'Mas doutor! O senhor disse-lhe que estava melhor!'"

Esta mulher, agora, ela própria uma paciente de meia idade, tinha ido primeiro ao mesmo médico de família queixar-se de dores no estômago. Ele tinha-lhe posto a mão no ombro e dito gentilmente: "Não se preocupe. É apenas uma gastrite. Tome este medicamento e em breve se sentirá melhor." Sorriu da mesma forma paternal como tinha feito com a mãe dela. A mulher fugiu do consultório em lágrimas e jurou nunca mais voltar a vê-lo!
Ao comentar esta experiência, o Dr. Brand disse:

"Quando as pessoas se queixam sobre as leis rígidas e inflexíveis de Deus, eu penso na mulher. O médico de família tinha apagado toda a possibilidade de a ajudar por causa da sua atitude flexível para com a verdade. Só uma coisa podia aliviar a sua ansiedade e desespero: a confiança em alguém que acreditava na verdade que não podia ser torcida e dobrada.
"Virão ocasiões em que ser falso será mais conveniente ou menos ofensivo. Mas o respeito pela verdade não pode ser usado e depois tirado, por acaso, como um casaco; não pode ser contraído e descontraído como um músculo. Ou é rígido e se pode confiar nele, como um osso saudável, ou então é inútil."

O Diabo odeia pessoas que defendem o que é correcto. No capítulo 12 de Apocalipse temos uma profecia sobre a verdadeira igreja de Deus. A igreja é representada como uma mulher. Ela passa por um período de perseguição e provação, mas há um remanescente que surge vitoriosamente.

"E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo." (Apocalipse 12:17)

A Bíblia conta as tentativas sinceras que o mundo antediluviano fez para invalidar a lei de Deus. Puseram de parte a Sua autoridade porque interferia com os seus planos. E a Palavra de Deus prediz que: "E, como foi nos dias de Noé assim será, também, a vinda do Filho do homem." (Mateus 24:37). Neste tempo de iniquidade predominante, a última grande crise está às portas. Quando o desafio à lei de Deus for mais do que universal, quando o Seu povo for oprimido e afligido pelos homens, o senhor intervirá.
Cada vez mais, à medida que os dias vão passando, torna-se claro que os julgamentos de Deus estão sobre o mundo. Nos incêndios, cheias, terramotos, violência, guerra e derramamento de sangue, Deus está a avisar os habitantes desta terra que a Sua vinda está próxima.
Há já algum tempo que a Igreja Cristã tem preparado um programa para destruir a lei de Deus. Tal como nos tempos do Velho Testamento, tentaram banir os Dez Mandamentos, destruir os padrões morais de Deus e fazer valer aquilo que chamam 'nova moralidade'. É por isso que não se pode andar à noite nas ruas das nossas cidades em segurança. Esquecemos as palavras do Salmista quando ele disse:

"Muita paz têm os que amam a Tua lei, e para eles não há tropeço." (Salmo 119:165)

Há alguns anos, alguém assistiu à programação da T.V. numa área Metropolitana da América do Norte durante uma semana, de Segunda a Sexta, das 16 às 21 horas, a uma hora em que as crianças estariam normalmente a ver.
Durante essa semana, contabilizou 12 homicídios, 16 grandes lutas, 21 pessoas alvejadas, 21 incidentes violentos com armas, 37 lutas corpo a corpo, uma tentativa de homicídio com um ancinho, 2 estrangulamentos, um esfaqueamento nas costas com uma faca de cortar carne, 3 tentativas de suicídio com sucesso e 1 sem sucesso, 4 pessoas que caíram ou foram empurradas de penhascos, 2 carros que caíram de um penhasco, 2 tentativas de atropelamento, um psicopata enlouquecido dentro de um avião, 2 cenas de multidões, 1 em que um homem foi enforcado, 1 homem esmagado pelos cascos de um cavalo, 2 assaltos, 1 mulher morta por ter caído de um comboio, 1 onda gigantesca, 1 tremor de terra, 1 assassino cruel perseguindo a sua vítima, e 1 execução pela guilhotina. Esta foi a dieta de uma semana. Para muitos pais, a televisão é uma óptima baby-sitter. Podem sentar os filhos em frente da TV, e deixá-los, sabendo que ficam 'bem' entretidos.
Não é de admirar que Alguém tenha parafraseado uma canção infantil nestas palavras:
Canta uma canção da TV para os pequeninos verem
Vinte e quatro cadastrados, suas armas a esconderem.
Quando esta cena acabar os maus já não existem.
Não foi este um bom programa para as crianças dormirem?
A Bíblia avisou-nos da vinda de um tempo de violência e eis que a vemos à nossa volta.

QUANDO ADÃO E EVA PECARAM, NO JARDIM DO ÉDEN, DEUS VEIO VISITÁ-LOS.

"Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais. E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e escondeu-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim. E fez o Senhor Deus a Adão e a sua mulher túnicas de peles, e os vestiu." (Génesis 3:7-8, 21)

Este foi o princípio do sistema cerimonial dos sacrifícios. Esta foi também a primeira morte no Universo. Um pequeno cordeiro que deveria ter estado no campo a brincar com os outros teve de morrer para que Adão e Eva pudessem ser vestidos. Eles tiveram de ver este cordeirinho inocente derramar o seu sangue por eles. O cordeiro representava Jesus.
Séculos mais tarde, João Baptista, ao ver Jesus aproximar-se, gritou: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." (João 1:29).
Durante o período de tempo do Velho Testamento, as pessoas traziam cordeiros para serem sacrificados no altar. Estes cordeiros não apagavam os pecados. Simplesmente apontavam para Jesus que viria um dia e morreria por eles.
Quando Jesus morreu na cruz, o véu do templo rasgou-se, para mostrar que o sistema de sacrifícios tinha chegado ao fim. Nunca mais seria necessário matar cordeiros.
Paulo diz que estas leis cerimoniais foram abolidas.

"Havendo riscado a cédula que era contra nós, nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz." (Colossenses 2:14)

Alguma coisa mudou ali. O que foi pregado na cruz? Foram os Dez Mandamentos? A salvação mudou? Não.
A salvação é a mesma, tanto no Novo Testamento como no Velho. Prevalece a ideia de que existem dois caminhos para a salvação, um no Velho Testamento e outro no Novo, um para os Judeus e outro para os Gentios.
Os pastores podem dizer que no Velho Testamento os homens eram salvos por guardarem a lei, e no Novo Testamento somos salvos pela graça. É verdade que no Novo Testamento somos salvos pela graça de Deus e pela nossa fé. Mas no Velho Testamento, as pessoas não eram salvas pela lei. Esta não podia salvar. Se pudesse, a morte de Jesus teria sido um sacrifício desnecessário. Os santos do Velho Testamento foram salvos pela fé no Salvador que havia de chegar, e demonstravam essa fé nos sacrifícios que faziam. Quando Jesus disse: "Eu sou a porta", Ele quis dizer que só através da porta - Ele - é que se encontrará a salvação. Não há outro caminho!

Pois que diz a Escritura? Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado por justiça. Assim, também, David declara bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça, sem as obras." (Romanos 4:3, 6)

As personagens do Velho Testamento foram salvas pela graça através da fé, sem obras.
Será que Deus tem um método de salvação para os Judeus que difere da forma como os Gentios são salvos? Eis o que a Bíblia diz acerca disso:

Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há masculino nem feminino; porque todos vós sois um, em Cristo Jesus." (Gálatas 3:28)

Algo mudou quando Jesus morreu. De novo, perguntamos: "Os Dez Mandamentos foram pregados na cruz?" Se foram, então os mandamentos que dizem "Não furtarás" e "Não matarás" também foram pregados na cruz. Porque é que Deus aboliria mandamentos como esses?
A velha aliança foi substituída pela nova. Qual é a diferença entre as duas? Vamos ver o que a Bíblia diz sobre a primeira:

"Ora, também, o primeiro tinha ordenanças de culto divino, e um santuário terrestre. Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o condeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o santuário." (Hebreus 9:1-2)

Temos aqui uma descrição do santuário do Velho Testamento onde os sacrifícios eram oferecidos. A Bíblia chama a estas coisas 'uma sombra das coisas que estão para vir'. Falando da nova aliança, leiamos:

"Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas pelo Seu próprio sangue, ..." (Hebreus 9:11-12)

A diferença entre a velha aliança e a nova aliança reside no facto de que na velha, o sangue dos animais era usado para representar o Salvador que havia de vir. No Velho Testamento, os cordeiros morreram pelo pastor. No Novo Testamento, o pastor morreu pelas ovelhas.
O que aconteceu com a lei?

"Porque este é o concerto que, depois daqueles dias, farei com a casa de Israel, diz o Senhor: Porei as Minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; e Eu lhes serei por Deus, e eles Me serão por povo." (Hebreus 8:10)

A nova aliança não é destituída de lei. Sob ela, os mandamentos não estão agora escritos em tábuas de pedra, mas como a Bíblia diz, nas tábuas de carne do coração. Sob a nova aliança, os Cristãos obedecem, não porque têm de fazê-lo, mas porque querem fazê-lo.

JESUS NÃO VEIO ABOLIR OS DEZ MANDAMENTOS. ELE DISSE:

"Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar mas cumprir. Porque, em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mais pequenos mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar, será chamado grande no reino dos céus. (Mateus 5:17-19)

Paulo diz que somos salvos pela graça, não pela lei. Ele esclarece o assunto rapidamente, perguntando: "Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei." (Romanos 3:31). Ele diz:

"Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum; mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás." (Romanos 7:7)

Qual é a definição bíblica de pecado?

"Qualquer que comete pecado, também comete iniquidade, porque o pecado é iniquidade." (I João 3:4)

Jesus nunca encorajou ninguém a pecar. As Suas palavras para uma mulher acusada de adultério, foram: "Vai e não peques mais." A lei não tira a nossa liberdade, ao contrário do que algumas pessoas parecem pensar.
Um pai pediu ao seu filhinho que o ajudasse a plantar uma árvore. Na noite a seguir, houve uma tempestade e o menino saiu para ver a árvore. Tinha sido arrancada. "Papá," chamou, "a árvore está a dormir."
"As árvores não dormem," respondeu o pai.
"Vem ver," disse o menino. Ao ver a árvore deitada no chão, o pai disse: "Ajudá-la-emos a acordar!"
Colocou talas à volta da árvore e amarrou-a.
A árvore está agora na prisão," disse o menino. "Tem grades à volta."
"Não," disse o pai, "agora é que a árvore está realmente livre. Está protegida das tempestades e livre para crescer e tornar-se uma árvore forte e saudável."

Aqueles que não compreendem o papel da lei são como a senhora que estava a ver um jogo de ténis pela primeira vez. Ouviram-na dizer: "Porque é que não tiram a rede? Ela está sempre a atrapalhar o jogo!"
Se a lei não salva, para que precisamos dela? Tiago dá-nos a resposta a esta pergunta:

"Ponham a Palavra de Deus em prática e não se contentem com ouvi-la, porque desse modo enganam-se a vocês mesmos. Aquele que se contenta com ouvir e não põe em prática a palavra é como alguém que se vai ver ao espelho. Vê a sua cara, mas, mal se volta, esquece-se logo de como era. Pelo contrário, aquele que presta atenção à verdadeira lei, a lei da liberdade, e que continua a fazer caso dela, não é como um simples ouvinte, que se esquece logo. É um homem de acção. E assim é que ele encontrará a felicidade." (Tiago 1:22-25, Tradução Interconfessinal em Português Corrente).

Olhe para um espelho. O espelho não lhe limpa o rosto, não importa quão bom ou caro ele seja. O que ele faz é mostrar-lhe as manchas que precisam de ser limpas. São o sabão e a água que o limpam. A lei não tira o pecado. Simplesmente lhe mostra o pecado. É o sangue de Jesus, vertido na cruz, que limpa o pecado.
Não guardamos a lei para que sejamos salvos. Guardamo-la porque estamos salvos. Jesus disse: "Se Me amardes, guardareis os Meus mandamentos." (João 14:15) Ele também disse: "Aquele que diz: Eu conheço-O, e não guarda os Seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade." (1 João 2:4) Mostramos mais amor a Deus através das nossas acções do que através das nossas palavras.

Um dia, um namorado escreveu uma carta à sua amada. Estava cheia de palavras apaixonadas, cheia de amor. "Amo-te tanto que morreria por ti, estaria disposto a morrer por ti, atravessaria o oceano a nado, só para passar uns minutos contigo, passaria pelos maiores perigos, só para te ver..."
E continuou por ali fora, página após página. Finalmente, a epístola chegou ao fim. Juntou, ainda, um P.S.: "Visitar-te-ei amanhã se não chover."

Quantos cristãos são assim! Amam a Deus desde que não passe das palavras. Mas se significar obediência, é o fim do seu amor.
O livro de Apocalipse diz:

"Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas." (Apocalipse 22:14)
"O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável." (Provérbios 28:9)


UM DIA UM JOVEM VEIO TER COM JESUS E FEZ-LHE UMA PERGUNTA INTERESSANTE:

"E eis que, aproximando-se dele um mancebo, disse-lhe: Bom Mestre, que bem farei, para conseguir a vida eterna? E Ele disse-lhe: Porque Me chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus. Se quiseres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos." (Mateus 19:16-17)

Quando o jovem rico perguntou a Jesus a que mandamentos Ele se referia, Jesus respondeu-lhe citando alguns dos Dez Mandamentos.
Muitos pastores modernos dizem que os Dez Mandamentos foram abolidos e que não fazem parte da vida dos santos do Novo Testamento. Estes ensinos não faziam parte da fé dos nossos pais. Os fundadores das grandes religiões cristãs acreditavam na importância de se guardar os mandamentos. O grande pregador Moody disse:

"Agora, os homens podem argumentar tanto quanto quiserem sobre partes da Bíblia, mas nunca encontrei um homem honesto que encontrasse falhas nos Dez Mandamentos. Os infiéis poderão escarnecer do Doador da Lei e rejeitar Aquele que nos livrou da maldição da lei, mas não podem deixar de admitir que os mandamentos estão certos. Renan disse que eles são para todas as nações, e continuarão a ser os mandamentos de Deus por todos os séculos." (D.L. Moody, Sobre os Dez Mandamentos, "On the Ten Commandments", pág. 11).

"Os mandamentos de Deus dados a Moisés no Monte em Horeb são tão obrigatórios hoje como eram no tempo em que foram proclamados aos ouvidos do povo. Os Judeus diziam que a lei não fora dada na Palestina que pertencia a Israel, mas sim no deserto, porque a lei fora dada para todas as nações." (Idem, pág. 15)


Os grandes líderes da nossa fé compreenderam sempre a verdade sobre os Dez Mandamentos de Deus. John Wesley, o grande líder Metodista disse:

"A escrita que estava contra nós nas suas ordenanças, o Senhor retirou-a, pregando-a na cruz. Mas os Dez Mandamentos, Ele nunca os retirou." (Sermões em Diversas Ocasiões, sermão XXV)

João Calvino, o fundador do Presbiterianismo disse:

Não podíamos imaginar que a vinda de Cristo nos libertasse da autoridade da lei, porque é a regra eterna de uma vida sagrada, e tem que ser tão eterna como a justiça do próprio Deus. (Comentário sobre a Harmonia dos Evangelhos, Volume 1, pág. 277)

O Manual Baptista diz:

"Acreditamos que a lei moral de Deus é a regra eterna do Seu governo moral.

Eu agradeço a Deus o facto de Ele não mudar. O Salmo 89:34 diz: "Não quebrarei o Meu concerto, não alterarei o que saiu dos Meus lábios."

Jesus Cristo é o mesmo "ontem, hoje e para sempre." (Hebreus 13:8). A Sua salvação não muda.

Entregue-Lhe a Sua Vida e Ele Cuidará de Si. Então, Obedecer-Lhe-á, Não Porque é Forçado Mas Porque Quer Fazê-lo.

Uma das muitas histórias que chegam até nós desde os dias tenebrosos da escravatura nos Estados Unidos, conta-nos como um escravo foi posto à venda.
Um senhor licitava, tentando comprá-lo. O escravo tinha sido maltratado durante muitos anos. Estava amargurado e muito cansado. Virou-se para o senhor e disse: "Não me interessa quanta vai pagar por mim, não trabalharei para si."
O senhor continuou a licitar e, finalmente, conseguiu comprar o escravo. Este, já de idade, amaldiçoava-o e cuspia-lhe na cara. O novo proprietário conduziu-o pela rua. Depois, parou, retirou-lhe as correntes e deu-lhe a sua carta de alforria.
- Poderás ir. Estás livre. Comprei-te para te libertar - disse.
Então, o senhor virou-se e foi-se embora pela rua abaixo, deixando o escravo boquiaberto.
Depois de pensar alguns instantes, o escravo correu atrás dele, dizendo:
- O senhor comprou-me para me libertar? Oh! Amo-o por isso e quero servi-lo. Servi-lo-ei para sempre.

O que fez esta mudança?

Eu quero servir e obedecer ao meu Salvador, não porque seja forçado a fazê-lo para ganhar a salvação, mas porque O amo. É esse o motivo da verdadeira obediência aos Seus Mandamentos.
Que Deus abençoe cada um de nós na nossa lealdade para com Ele. É uma experiência abençoada a de servi-l'O com todo o amor dos nossos corações. As palavras desta canção são o testemunho do Cristão que, com o Salmista, pode dizer:
"Deleito-me em fazer a Tua vontade, ó Deus meu;
sim, a Tua lei está dentro do meu coração." (Salmo 40:8)


Desde que comecei a caminhada para o reino,
Desde que Ele controla a minha vida,
Desde que dei o meu coração a Jesus,
Quanto mais O sirvo mais doce Ele Se torna.

Cada necessidade Ele provê, imensa graça Ele concede.
Cada dia o caminho fica mais brilhante,
Quanto mais O sirvo, mais doce Ele Se torna.

Quanto mais O sirvo mais doce Ele Se torna,
Quanto mais O amo mais amor Ele concede.
Cada dia é como o céu, o meu coração transborda!
Quanto mais O sirvo mais doce Ele Se torna.

Henry Feyerabend, (1931 - 2006) foi um canadense Adventista do Sétimo Dia, evangelista, cantor e autor, que é mais conhecido no Canadá pelo seu trabalho no Programa Está Escrito, e no Brasil como cantor do Grupo Arautos do Rei. Texto extraído do seu livro Tantas Religiões! Porquê?

OBEDECER É MELHOR



"Com que me apresentarei ao Senhor, e me inclinarei diante do Deus altíssimo? Apresentar-me-ei diante d'Ele com holocaustos, com bezerros de um ano? Agradar-se-á o Senhor de milhares de carneiros, ou de dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogénito pela minha transgressão, o fruto do meu ventre pelo pecado da minha alma?
Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, ames a benignidade, e andes humildemente com o teu Deus?" Miqueias 6:6-8.

"Andar humildemente diante de Deus é o mesmo que se submeter a Ele, ou obedecer à Sua palavra, (...) aos preceitos que fundamentam a fé cristã."


OS DEZ MANDAMENTOS

"Deus pronunciou depois as seguintes palavras:
Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fez sair do Egipto, da terra da escravidão.


1º - Não tenhas outros deuses, além de Mim.

2º - Não faças para ti imagens esculpidas representando o que há no céu, na terra e nas águas debaixo da terra. Não te inclines diante de nenhuma imagem, nem lhes prestes culto, porque eu, o Senhor, teu Deus, não tolero que tenham outros deuses e castigo a maldade daqueles que me ofendem até à terceira e à quarta geração dos seus descendentes. Mas trato com amor, até à milésima geração, aqueles que Me amam e cumprem os Meus mandamentos.

3º - Não faças mau uso do nome do Senhor, teu Deus, porque Ele não deixará sem castigo os que fizerem mau uso do Seu nome.

4º - Recorda-te do dia de sábado, para o consagrares ao Senhor. Podes trabalhar durante seis dias, para fazeres tudo o que quiseres. Mas o sétimo dia é dia de descanso, consagrado ao Senhor, teu Deus. Nesse dia, não faças trabalho nenhum, nem tu nem os teus filhos nem os teus servos nem os teus animais nem o estrangeiro que viver na tua terra. Porque, durante os seis dias, o Senhor fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles, mas descansou no sétimo dia. Por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e declarou que aquele dia era sagrado.

5º - Respeita o teu pai e a tua mãe, para que vivas muitos anos na terra, que o Senhor, teu Deus, te vai dar.

6º - Não mates.

7º - Não cometas adultério.

8º - Não roubes.

9º - Não faças uma acusação falsa contra ninguém.

10º - Não cobices a casa do teu semelhante, não cobices a sua mulher nem os seus escravos nem o seu gado, nem os seus jumentos nem coisa nenhuma do que lhe pertence." Êxodo 20:1-17.



"Ponham de lado toda a desonestidade e qualquer resto de maldade e recebam com humildade a semente da Palavra de Deus, que tem poder para vos salvar a vida. Ponham a Palavra de Deus em prática e não se contentem com ouvi-la, porque desse modo enganam-se a vocês mesmos. Aquele que se contenta com ouvir e não põe em prática a palavra é como alguém que se vai ver ao espelho. Vê a sua cara, mas, mal se volta, esquece-se logo de como era.
Pelo contrário, aquele que presta atenção à verdadeira lei, a Lei da Liberdade, e que continua a fazer caso dela, não é como um comum simples ouvinte, que se esquece logo. É um homem de acção. E assim é que ele encontrará a felicidade."

Tiago 1:21-25

domingo, 7 de abril de 2013

OS SETE PECADOS CAPITAIS DA NUTRIÇÃO


Um Importante Problema de Saúde Pública no Nosso País

As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de doença, morte e custos em saúde da população portuguesa, apesar dos enormes progressos diagnósticos e terapêuticos que têm ocorrido nas últimas décadas. A prevenção destas doenças deve assentar num estilo de vida que inclua uma alimentação adequada, actividade física regular e uma vida sem tabaco, o que por si só pode evitar a grande maioria de eventos cardiovasculares, como o enfarte do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC).
Nos últimos anos tem-se desenvolvido uma nova ameaça para a população portuguesa, em particular para os jovens, em resultado do abandono progressivo da nossa tradicional dieta mediterrânica, que está a ser substituída pela denominada 'fast food', alimentação rica em calorias, gorduras saturadas, sal e açúcares, e pobre em fibra vegetal e micronutrientes essenciais. Estudos recentes mostram que as crianças portuguesas são as segundas da Europa com maior excesso de peso e obesidade, o que leva a prever futuros problemas de saúde. Este drama da obesidade infantil é também explicado por outros estudos que mostram que a população portuguesa é a mais sedentária da Europa. São bem conhecidas as vantagens da actividade física regular, que pode passar por uma simples marcha diária, em passo rápido, com duração mínima de meia hora.

Esta epidemia de obesidade infantil, em desenvolvimento, arrisca desencadear uma constelação de factores de risco como a hipertensão arterial, o colesterol elevado e a diabetes, que irão provocar complicações cardiovasculares, responsáveis por uma potencial futura redução de esperança de vida
das novas gerações.

Atenção à Obesidade Abdominal

O conhecimento científico mais recente aponta para que seja prestada atenção especial à obesidade abdominal. Esta é devida à acumulação de gordura à volta e dentro das vísceras abdominais, tais como o fígado. Ora esta gordura intra-abdominal é constituída por células gordas, os adipócitos que são verdadeiros órgãos endócrinos, por produzirem substâncias tóxicas para o nosso coração, artérias e pâncreas.
Para além de estimularem o desenvolvimento de factores de risco cardiovascular, como a hipertensão arterial, um colesterol de alta densidade, baixo (HDL - a fracção boa do colesterol), os triglicéridos elevados, e a tendência para o desenvolvimento de diabetes, estas toxinas têm um efeito próaterogénico directo na parede arterial. Aliás este conjunto de factores de risco é conhecido pelo nome de síndrome metabólico. Múltiplos estudos clínicos, como por exemplo, o importante estudo InterHeart, mostraram que esta obesidade pode induzir um risco cardiovascular maior que, por exemplo, a diabetes ou a hipertensão.
A medição do perímetro abdominal constitui um método simples e rápido para diagnosticar a presença de gordura intra-abdominal em excesso, dado que os dois se correlacionam intimamente entre si. A presença de um perímetro abdominal aumentado é o elemento mais importante para fazer o diagnóstico de síndrome metabólico. Os indivíduos assim identificados estão em risco elevado de eventos cardio-vasculares, pelo que requerem uma intervenção para reduzir esse risco, que passa em primeiro lugar pela adopção de uma alimentação saudável e de actividade física regular.

Sensibilizar a Mulher. Outro aspecto crítico a salientar é o das doenças cardiovasculares só na mulher serem responsáveis por mais de 22.000 óbitos por ano, devidos essencialmente ao acidente vascular cerebral e à cardiopatia isquémica. Surpreendentemente morrem mais 4000 mulheres (...).

Professor Doutor Manuel Carrageta, Presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia in Anamnesis, Vol. 18, Nº 179, Artigo de Opinião. (sic)

VALERÁ  A  PENA  SER:


Durante séculos alguém que fosse vegetariano era considerado pelos amigos e desconhecidos como apoucado, com ideias místicas e fanático. O vegetarianismo era visto, também, como expressão de crenças excêntricas ou de conceitos filosóficos.
Alguns vegetarianos tornaram-se populares ao longo da história e muitos basearam a sua rejeição da carne em princípios metafilosóficos ou políticos. Pitágoras, matemático e filósofo grego, opôs-se ao consumo de animais porque acreditava que a alma humana era imortal e que se introduzia num novo corpo após a morte, talvez na de um animal. Mohandas Gandhi procurou mostrar que a alimentação sem carne e a não violência estavam intimamente relacionadas. Outros mais poderíamos mencionar, tais como Leonardo da Vinci, George Bernard Shaw, Benjamim Franklin e Sylvestre Graham.
Apesar de que, infelizmente, algumas vezes o público tem formado conceitos equivocados sobre o vegetarianismo, hoje já não se põe em dúvida o valor da alimentação vegetariana. Antes pelo contrário, durante estes últimos anos, este tipo de alimentação tem sido objecto de pesquisas e estudos clínicos na busca de conhecer mais sobre a relação alimentação-enfermidade, factores de longevidade ou meios de prevenção das doenças.
"Haverá na realidade vantagens em seguir uma alimentação vegetariana? Poderá viver-se sem carne? Ser vegetariano será comer unicamente alface e cenoura?"
Não há nenhum factor miraculoso na carne. Todos os nutrientes de que necessitamos podem ser encontrados abundantemente numa grande variedade de alimentos de origem vegetal.
Estudos recentes têm mostrado que a alimentação isenta de produtos cárneos oferece benefícios, diminuindo os factores de risco associados à alimentação ou retardando o aparecimento de determinadas doenças degenerativas.
A grande quantidade de gordura saturada e de proteína, assim como a ausência de fibra na carne têm sido relacionadas com doenças degenerativas, tais como o cancro, a aterosclerose, diabetes, obesidade e algumas outras enfermidades.


Que é a Alimentação Vegetariana?

Vegetarianismo não consiste exclusivamente de vegetais; outros alimentos importantes, tais como legumes, oleaginosas, cereais, ovos e produtos lácteos podem estar incluídos.
Alguns vegetarianos, provavelmente a grande maioria, consomem leite, queijos e ovos; outros abstêm-se de qualquer alimento de origem animal, limitando-se a uma dieta totalmente vegetal. Podemos dividir os vegetarianos em três grupos principais:

1 - Lacto-Vegetarianos - alimentos de origem vegetal, tais como cereais, legumes, oleaginosas, frutos e vegetais são complementados com leite e seus derivados.

2 - Ovo-Lacto-Vegetarianos - inclui ovos, leite, queijos, assim como todos os alimentos de origem vegetal.

3 - Vegetarianos estritos - todos os produtos de origem animal (ovos, carne, peixe e derivados) são excluídos completamente da alimentação. Somente alimentos de origem vegetal são consumidos.


Vejamos, em Seguida, Algumas das Vantagens da Alimentação Vegetariana como Resultado de Estudos Científicos Feitos Durante os Últimos Anos:

Menor Incidência de Certos Tipos de Cancro

A importância da alimentação como determinante do risco de desenvolver certos tipos de cancro tem sido considerada com especial atenção nos últimos anos pelos cientistas, tal como demonstram os relatórios emanados pelo National Research Council on Diet, Nutrition and Cancer.

Os estudos feitos em 1942 por Tannenbaum sobre os efeitos duma alimentação rica em gordura no crescimento de tumores, com animais de laboratório, encontram-se entre os primeiros relatórios que mostram uma relação entre componentes alimentares e cancro.
Experiências recentes feitas em diversos centros de pesquisa têm evidenciado que a alimentação é um factor importante na modificação dos riscos de cancro. Como resultado, bioquímicos e nutricionistas intensificaram as investigações no estudo da origem do cancro, numa tentativa de compreender melhor a influência da alimentação no estilo de vida e no crescimento de determinados tipos de cancro.

A incidência do cancro do cólon e da mama parece estar directamente relacionada com a alimentação. Em certos países, o cancro do cólon é a principal causa de morte de cancro em ambos os sexos. Estudos internacionais mostram uma estreita relação entre os hábitos alimentares e a distribuição geográfica das populações. As nações industrializadas da Europa e América do Norte mostram a mais alta incidência quando comparadas com os países da Ásia ou África. As populações que apresentam os riscos mais elevados geralmente consomem grandes quantidades de gordura, proteína animal e hidratos de carbono refinados, em contraste com as populações de baixo risco da Ásia e África.

Estudos científicos têm mostrado que, de uma maneira geral, as populações que consomem grandes quantidades de proteína animal e gordura saturada que a acompanha, têm a incidência mais alta de cancro do cólon. As mesmas populações tendem a consumir menos fibra do que as que comem menos proteína animal.
Os alimentos com baixo teor em fibra aumentam o tempo de passagem dos produtos da digestão no intestino e favorecem a produção de fezes mais reduzidas em volume com a consequente obstipação. Desta maneira, os possíveis carcinógenos são menos diluídos e com o passar dos anos lentamente iniciam o crescimento de pólipos e o posterior aparecimento de cancro (1).
O colesterol tem sido indicado como um factor etiológico tanto das doenças coronárias como dos tumores malignos.
De uma maneira geral, evidências epidemiológicas parecem mostrar que as populações que consomem muita gordura e colesterol tendem a estar mais predispostas a certos tipos de tumores cancerosos, tais como os do cólon, recto e mama, do que os que usam poucas ou moderadas quantidades destes dois componentes da alimentação.
Uma alimentação rica em gorduras e colesterol pode resultar na formação de substâncias, semelhantes aos estrogénios, no aparelho digestivo, facilitando, deste modo, o crescimento do cancro da mama e do útero (2).
Pensa-se, porém, que uma possível protecção contra o cancro pode existir em determinados vegetais e frutos, incluindo a couve-flor, couve de Bruxelas, bróculos, nabos, couve, espinafres, aipo, cítricos, leguminosas e sementes, alimentos que estimulam a produção de enzimas que bloqueiam a acção de certas substâncias cancerígenas (3).
Assim, entre os factores que podem aumentar o risco de cancro salientam-se: grandes quantidades de gordura, saturada ou insaturada, ausência de fibra, alimentos ricos em colesterol, assim como alimentos muito calóricos.
A alimentação cárnea parece alterar o metabolismo de certas hormonas do homem e da mulher, sendo estas alterações possivelmente significativas no aparecimento do cancro da mama e da próstata (4).
Por enquanto, resta-nos ficar na expectativa de que futuras investigações possam esclarecer melhor o papel da alimentação cárnea na etiologia destes tipos de cancro.

Retarda a Desmineralização dos Ossos - Osteoporose

A osteoporose, doença caracterizada pela perda de tecido ósseo, com a consequente vulnerabilidade às fracturas, tornou-se, actualmente, um dos maiores problemas de saúde.
A incidência da osteoporose é muito maior entre as mulheres após a menopausa que entre os homens. Crê-se que 90% de todas as fracturas depois dos 60 anos são devidas a osteoporose (5).
Um estudo feito por Marsh (6) mostrou que até à menopausa não existem diferenças significativas na densidade óssea entre as vegetarianas e as consumidoras de carne. Porém, nos anos posteriores à menopausa, a desmineralização óssea torna-se acentuadamente mais acelerada entre as não vegetarianas. As mulheres de idade avançada que consumiram carne durante toda a sua vida mostram uma percentagem mais alta de desmineralização óssea, (35%), do que as mulheres da mesma idade cuja alimentação tem sido ovo-lacto-vegetariana, (18%). Destes resultados poderá concluir-se que o efeito desmineralizador produzido pela redução de estrogénios é em certo modo compensado com uma alimentação vegetariana.
Portanto, os estudos e investigações feitos sugerem que a alimentação vegetariana pode retardar ou prevenir o aparecimento da osteoporose, doença incurável e debilitante da idade avançada.

Menor Incidência de Cálculos Biliares e Renais

Cientistas britânicos realizaram um estudo entre populações vegetarianas com a intenção de verificar a possível acção da alimentação na formação de cálculos renais (7, 8).
Este estudo mostrou que a alimentação rica em proteína animal aumentava a concentração urinária de cálcio, oxalato e ácido úrico, enquanto que a alimentação pobre em proteína animal tinha um efeito contrário. O cálcio, o oxalato e o ácido úrico são três dos seis factores mais importantes na formação de cálculos renais.
Num outro estudo (9), os ratos de laboratório que eram alimentados com proteína animal apresentavam uma percentagem mais alta de cálculos biliares (44%), do que os ratos alimentados com proteína vegetal (12%). É interessante verificar que, quando os ratos eram alimentados com uma mistura de proteína animal e vegetal em diferentes proporções, o índice de incidência de cálculos biliares diminuía proporcionalmente a redução da quantidade de proteína animal da mistura. Isto poderia indicar que a alimentação vegetariana diminui a concentração de colesterol na bílis, reduzindo desta maneira a incidência de cálculos biliares.

Protege o Seu Coração

As doenças cardiovasculares tornam-se epidémicas no séc. XX, devido em grande parte ao estilo de vida errado promovido pela industrialização da sociedade.
Pode dizer-se que a actual maneira de viver, caracterizada pelo consumo excessivo de gorduras saturadas, calorias e sal, associada à vida sedentária, ao hábito de fumar e ao stress, favorece o aparecimento da aterosclerose.
As gorduras saturadas e o colesterol, obtidos especialmente a partir dos alimentos de origem animal, são considerados os principais responsáveis pela formação de placas ateroscleróticas que, uma vez depositadas nas paredes das artérias, obstruem, pouco a pouco, a passagem livre do sangue, levando ao aparecimento da aterosclerose e aos consequentes problemas cardiovaculares. Sabe-se também que uma modificação na alimentação, por si só ou associada a medicamentos específicos, pode reduzir a quantidade de gordura do sangue e diminuir a incidência dos ataques cardíacos (10, 11).
Numa experiência interessante realizada por um grupo de cientistas, 21 vegetarianos dispuseram-se voluntariamente a comer durante 4 semanas 250 gr de bife. No fim do período de experiência, o nível do colesterol tinha aumentado 19% e a pressão sistólica 3%. Além destes efeitos, modificações psicológicas e emocionais também foram observadas, tais como ansiedade, depressão, hostilidade, confusão e fadiga com diminuição de vigor (12).
Um outro factor responsável pelas doenças cardiovasculares é a hipertensão. Os vegetarianos têm em geral a pressão arterial mais baixa, independentemente do sexo, idade, altura e peso (13, 14).
Os resultados obtidos nas primitivas populações vegetarianas mostram que a baixa incidência de hipertensão verificada era devida à pouca quantidade de sal usada no tempero dos alimentos. O sal e o excesso de peso continuam a ser considerados importantes na evolução e tratamento da hipertensão.
O potássio parece actuar na regulação da pressão arterial através de vários mecanismos. É um elemento importante no equilíbrio do sódio e um possível protector contra as propriedades hipertensores do excessivo uso de sal na comida. Por outro lado, tem-se verificado que os vegetarianos excretam maiores quantidades de potássio que os não vegetarianos: as pessoas que eliminam maiores quantidades de potássio têm a pressão arterial mais baixa. O potássio parece ser também importante como causa de decréscimo na actividade de determinados compostos químicos produzidos no organismo que interferem no controlo da pressão arterial. Alguns autores sugerem que o potássio é um elemento protector da hipertensão, possivelmente alterando a resistência vascular periférica (15).
É de concluir, portanto, que uma alimentação ovo-lacto-vegetariana equilibrada provê todos os nutrientes necessários para a saúde e pode prevenir o aparecimento de determinadas doenças (16).
O resultado dos recentes estudos epidemiológicos deve motivar-nos a mudar o nosso estilo de vida para gozar uma melhor saúde e prevenir as doenças degenerativas.
Uma boa saúde não é fruto do acaso nem uma dádiva do apetite, mas é o resultado duma opção sábia por um estilo de vida equilibrado, o qual inclui o uso de abundante variedade de alimentos que a Natureza nos proporciona.


Referências
(1) Kurup, Achutha D.; Jayakumari, N.; Indira, M.; Kurup, Muraleedhara; Vargheese, Thomas; Mathew, Anila; Goodman, Gordon I.; Calkins, Beverly M.; Kessie, Goerge, «Diet, Nutrition, and Metabolism in Populations at High and Low Risk for Colon Cancer. Composition, Intake, and Excretion of Fiber Constituents», American Journal of Clinical Nutrition, 40:942-946, 1984.
(2) Howie, Beverly J. and Shultz, Terry. «Dietary and Hormonal Interrelationships Among Vegetarian Seventh-day Adventists and Nonvegetarian Men», American Journal of Clinical Nutrition, 42:127-134, 1985.
(3) Nair, Padmanabhan P. «Diet, Nutrition Intake, and Metabolism in Populations at High and Low Risk for Colon Cancer», American Journal of Clinical Nutrition, 40:880-886, 1984.
(4) Howie, Beverly and Shultz, Terry, Obra citada.
(5) Recker. Robert R. «Osteoporosis», Contemporary Nutrition, vol. 8, Nº 5, Maio, 1983.
(6) Marsh, Alice G.; Sanchez, Tom U.; Chaffee, Fonda. «Bone Mineral Mass in Adult Lacto-ovo-vegetarian and Omnivorous Males», American Journal of Clinical Nutrition, 37:453-456, 1983.
(7) Robertson, M. G.; Peacock M.; Heyburn, P. J.; Marshali, D. H. and Clark, P. B. «Risk Factors in Calcium Stone Disease of the Urinary Tract», British Journal of Urology, 50:449, 1978.
(8) Robertson, M. G.; Peacock, M.; Heyburn, P. J.; Hanes, F. A.; Rutherford, A.; Clementson E.; Swaminathan, R.; and Clark, P. B. «Should Recurrent Calcium-Stone Formers Become Vegetarians?», British Journal of Urology, 51:427, 1979.
(9) Kushi, L. H.; Lew, R. A.; Stare, F. Y.; Ellison, C. R. «Diet and 20-Year Mortality from Coronary Heart Disease, The Ireland-Boston Diet-Heart Study», New England Journal of Medicine, 312:811, 1985.
(10) Hjermann, I.; Holm, I.; Byre, K.V.; Leren, P. «Effect of Diet and Smoking Intervention on the Incidence of Coronay Heart Disease», Lancet, 2:1303, 1981
(11) «The Lipid Research Clinics Coronary Primary Prevention Trial Results: I. Reeducation in Incidence of Coronary Heart Disease», Journal of the American Medical Association, 251:351, 1984.
(12) Sacks, F. M.; Donner, A.; Castelli, W. P.; et al. «Effect of Ingestion of Meat on Plasma Cholesterol of Vegetarians», Journal of the American Medical Association, 246:640-644, 1981.
(13) Melby, C. L.; Hyner, G. C.; Zoog, B. «Blood Presssure in Vegetarians and Non-Vegetarians: a Cross-sectional Analysis», Nutrition Research, 5:1077-1082, 1985.
(14) Beilin, C. L. «Vegetarian Approach to Hypertension», Canadian Journal of Physiology and Pharmacology, 64:852-855, 1986.
(15) Ophir, Orna; Peer, Gari; Gilad, Joseph; Blum, Miriam and Aviram, Alexander. «Lou Blood Pressure in Vegetarians: the Possible Role of Potassium», American Journal of Clinical Nutrition, 37:755-762, 1983.
(16) «ADA Reports. Position Paper on the Vegetarians Approach to Eating», Journal of American Dietetics Association, 77:61-69, 1980. (sic)

Eunice Dias, licenciada em Biologia e com Mestrado em Nutrição feito nos EUA in Revista Saúde e Lar, Março de 1990, Publicadora SerVir.




OS SETE PECADOS CAPITAIS DA NUTRIÇÃO

A dieta original de Deus demonstrou-se plenamente adequada para as necessidades humanas de hoje.
Uma visão quanto ao que consumimos, revela o que nos está consumindo.

Há não muitos anos, os Estados Unidos da América orgulhavam-se de ser a nação mais bem alimentada do mundo. Hoje não mais ouvimos semelhante expressão. Em vez disso, ouvimos dizer que estamos nos consumindo a nós mesmos em termos de enfermidade prematura, sofrimento e morte. O que está acontecendo? Qual tem sido o erro?
Considerável parte da resposta pode ser encontrada na dieta praticada no mundo ocidental. Outros fatores causadores de doenças degenerativas são o álcool, tabaco e estilo de vida sedentário.
Quando comparamos o conhecimento atual com aquilo que se acreditava no passado, constatamos várias áreas importantes, nas quais os erros vieram se acumulando. Estes equívocos ajudaram a estabelecer os fundamentos das doenças degenerativas - doenças do ambiente e do estilo de vida, tais como doença arterial coronária (ou do coração), acidentes vasculares cerebrais, hipertensão arterial sistémica, artrite, a maioria dos casos de diabetes e muitas formas de cancro. Examinemos sete áreas particularmente problemáticas.

Alimentos Cárneos

Deus operou uma acentuada modificação na dieta humana após o Dilúvio, ao conceder a Noé e à sua família permissão para o uso da carne de certos animais (veja Génesis 9:3 e 4; 7:2 e 3). A Bíblia deixa implícito que Ele assim procedeu não apenas em virtude da ausência de produtos vegetais, como também a fim de abreviar a existência humana, já que o povo havia devotado as suas longas existências à prática da violência e do mal (Génesis 6:3). Ao passo que Noé viveu mais de 900 anos (como a maioria dos que existiram antes do Dilúvio), o seu filho Sem alcançou apenas 600 anos de vida, e o filho deste atingiu apenas 438 anos. Poucas gerações mais tarde, a média de vida variava entre os 70 e os 120 anos.
Sabemos hoje que uma dieta baseada pesadamente sobre alimentos cárneos provê maior quantidade de proteínas, gorduras e colesterol do que os níveis necessários ao organismo. Rins saudáveis necessitam trabalhar arduamente a fim de eliminar o excesso de proteínas, mas o excedente de gorduras e colesterol gradualmente danifica e por fim destrói os vasos sanguíneos.
Em anos passados, estimativas excessivas quanto às necessidades proteicas perpetuaram o problema, uma vez que a maioria dos alimentos ricos em proteínas são igualmente ricos em gorduras, assim como em colesterol. Hoje a ciência reconhece que uma meta menos rica em proteínas, e muito menos rica em gorduras e colesterol, encontra-se mais de acordo com a ideia de longevidade.

Alimentos Refinados

A refinação dos alimentos converteu-se noutro equívoco nutricional grave, uma vez que o processo priva estes alimentos de suas fibras e muitos nutrientes. A princípio, alimentos refinados eram consumidos sobretudo por pessoas de maior poder aquisitivo; em consequência, estas foram as primeiras a desenvolver doenças degenerativas. Hoje, contudo, os alimentos refinados tornaram-se mais baratos e de ampla disseminação.
Durante boa parte da primeira metade do século atual, as pessoas imaginaram que os alimentos refinados estariam simplesmente deixando de lado elementos que, de todos os modos, não eram necessários ao organismo, uma vez que eram por este eliminados. O alimento puro resultante do processo de refinamento (amido puro e açúcar puro) seriam, imaginava-se, mais rápida e facilmente utilizáveis pelo corpo. Sabemos hoje que esta absorção muito rápida pode conduzir a problemas metabólicos, tais como obesidade, hiperglicémia (diabetes) e hipoglicémia.

Açúcar

O terceiro problema ocorre com o uso generalizado do açúcar. Não apenas os refrigerantes, doces, bolos, sorvetes e outras sobremesas são pesadamente carregados de açúcar, como é ele ainda liberalmente adicionado a quase todos os alimentos enlatados ou processados. O açúcar tornou-se de uso tão prevalente na dieta americana, que chega a representar cerca de 22 por cento da ingestão diária de calorias.
Quando acrescentamos o açúcar às gorduras (40 por cento) e às farinhas e cereais refinados (18 por cento) consumidos pelo americano médio a cada dia, resta-nos apenas uma pequena percentagem de alimentos para o suprimento de fibras e nutrientes. Este arranjo nutricional assimétrico enfraquece o organismo e abre as portas à enfermidade.




Sal

O quarto problema pode ser localizado na ingestão de sal, que chega ao total de 15 a 20 gramas por dia (3 a 4 colheres de chá) nos Estados Unidos - e isto representa várias vezes mais que o necessário. Chegamos até mesmo a preocupar-nos com a possibilidade de não estarmos ingerindo quantidade suficiente de sal, particularmente na época de calor, quando alguns passam a utilizar tabletes de sal. Sabemos agora, porém, que a maioria dos americanos ingere sal em demasia, e este veio a tornar-se um importante fator de hipertensão (pressão alta), insuficiência cardíaca e outros problemas relacionados com a retenção de fluidos pelo organismo.



Gorduras

O quinto erro é a adição de gorduras aos nossos alimentos. Diariamente os americanos ingerem mais gorduras do que os níveis que lhes são saudáveis. Embora os alimentos naturais contenham níveis de gorduras adequados às necessidades humanas, constatamos que quase todos os produtos de panificação e muitos alimentos processados apresentam adição de elevados níveis de lípidos (gorduras). Nozes, embora já sejam naturalmente impregnadas de gordura, são comummente torradas com adição de óleo e sal. Batatinhas fritas e derivados de milho mais do que quadruplicam o seu valor calórico através do óleo que absorvem mediante a fritura, e por vezes são também pesadamente carregados de sal.
Estes produtos, ao lado da manteiga, margarina, caldos de carne, molhos, queijo, aditivos de saladas, ovos, cremes, leite, carne e outros alimentos fritos - alguns deles intensamente fritos - que tanto aprendemos a apreciar, elevaram os nossos níveis de ingestão diária de gorduras para muito além daquilo que o organismo consegue manejar adequadamente.
Como resultado, sofremos de doença arterial coronária (coração), acidentes vasculares cerebrais e obesidade, entre muitos outros problemas.

Bebidas

O sexto hábito alimentar danoso é o consumo de bebidas, tanto acompanhando quanto entre as refeições. Os americanos raramente tomam água pura na atualidade. O consumo de cerveja e bebidas gasosas atingiu as nuvens nas últimas duas décadas, atingindo atualmente vários copos diários por pessoa. Vêm depois o chá e o café, assim como outras bebidas adicionadas de açúcar; acrescem-se vinhos e outras bebidas alcoólicas; por fim, vêm os sucos de frutas, das quais foram retiradas quase todas as fibras.
Todas estas bebidas ricas em calorias requerem digestão e assimilação por parte do organismo. O elevado conteúdo de açúcar, sem o efeito retardatário das fibras, causa absorção excessivamente rápida destes açúcares pela corrente sanguínea, o que sobrecarrega e enfraquece as suas defesas. Adicionalmente, recebemos outros prejuízos a partir do álcool, cafeína, fosfatos, sódio (sal) e outros aditivos químicos contidos em muitas bebidas.
Estamo-nos consumindo a nós mesmos em termos de enfermidade prematura, sofrimento e morte.

Refeições Leves

O sétimo erro que temos praticado em termos nutricionais, diz respeito ao hábito de fazer refeições rápidas e frequentes. Comer entre as refeições regulares veio a tornar-se um hábito arraigado na nossa sociedade. Em alguns lugares as creches ou escolas exigem que estes lanches rápidos sejam providenciados, ou pelo menos colocados à disposição. Hospitais oferecem lanches aos seus pacientes, a menos que a dieta prescrita exija o contrário. A pausa para o café prossegue sendo o padrão nos locais de trabalho; nos lares, observam-se ainda os lanches após o período escolar ou durante sessões de TV.
Estes hábitos perturbam a digestão e fazem crescer muito a carga do estômago. Um dos resultados é a epidemia de obesidade, sendo que um terço da população americana sofre deste mal. Outro resultado é o mal-estar gástrico. Se acompanharmos os comerciais de TV, chegaremos à conclusão de que, como nação, sobrevivemos à custa de medicação para o estômago.
Quem ainda não experimentou a formação de gases, indigestão, inchaços, azias, dores e outros problemas gástricos?
Estes sete problemas servem para ilustrar alguns dos equívocos que os americanos atualmente praticam em termos de dieta. Parece que sofremos pelo excesso de quase tudo - demasiado açúcar, sal, gordura, proteína, colesterol e alimento refinado; excessivo número de calorias, frequência excessiva; e falta, por outro lado, de fibras e carbohidratos complexos (frutas, grãos e vegetais).
O resultado é uma epidemia de sofrimento prematuro, doença, incapacidade e morte precoce com base em doenças degenerativas.

A Solução

Felizmente, podemos evitar a grande maioria dos problemas mediante o retorno à dieta que Deus originalmente concedeu à humanidade (veja Génesis 1:29; 3:18). Lampejos das bênçãos resultantes da adesão ao tipo de dieta escolhida por Deus, podem ser vistos na experiência do povo de Israel, no deserto. Depois de 40 anos de maná, que se imagina fosse uma espécie de grão, os israelitas permaneciam livres das enfermidades dos egípcios (Deuteronómio 7:15; Salmos 105:37); estas - de acordo com estudos realizados em múmias - eram muito parecidas com as doenças da atualidade. Daniel e os seus companheiros também adquiriram vigor com base numa dieta de vegetais e água (Daniel 1:8 a 20).

Deus trouxe novamente este assunto ao conhecimento do Seu povo, com nível considerável de detalhe, há mais de 100 anos, quando a questão nutricional era escassamente compreendida - A Ciência do Bom Viver (e outros livros). Desde então, essas instruções têm permanecido válidas e seguras.

Atualmente os cientistas estão redescobrindo e reafirmando estes princípios nutricionais básicos. Chegaram eles a concluir que se a doença não intervier na vida da pessoa, pode esta estender-se, ainda hoje, a aproximadamente 120 anos.
A dieta original de Deus demonstrou-se plenamente adequada para as necessidades humanas de hoje. Não apenas consegue ela prevenir e retardar o estabelecimento de doenças degenerativas, como é até mesmo capaz de ajudar a curá-las. Melhor ainda: a dieta divina promoverá nível ótimo de saúde e energia por toda a vida.


Aileen Luddington, membro da equipe médica do Weimar Institute - NEWSTART* e editora executiva de Lifeline, boletim da área da saúde editado por The Quiet Hour, in Revista Adventista (brasileira), Agosto de 1990.

*Pode ver em Links 4LS, e ler mais em Meditação para a Saúde, 07.04.13.