sexta-feira, 25 de novembro de 2011

'AMORES QUE MATAM'!... QUE MALTRATAM!...

COMO É POSSÍVEL?! SOMOS IRRACIONAIS?!!!...



                                


"Na realização de qualquer erro há um momento intermediário, uma fracção de segundo em que é possível retroceder e, talvez, remediá-lo." Pearl Buck

A tenista croata Mirjana Lucic, de 16 anos, em 1998, encontrava-se em 50º lugar no ranking mundial feminino de ténis. Ao chegar aos Estados Unidos para participar do campeonato, decidiu, com a sua mãe e os seus quatro irmãos, solicitar ajuda para permanecer no pais. A razão era fugir das agressões do seu pai, Marinko Lucic. A garota descreveu a sua situação dizendo que ele "batia mais do que se pode imaginar. Às vezes por um jogo ou por um set perdidos, ou por um mau dia. Não quero nem falar quando perdia uma partida".

Três meses e meio depois do casamento de Paul Gascoigne, estrela do futebol britânico e jogador do Glascow Ranger, a sua esposa foi fotografada saindo do hospital com o braço esquerdo partido, o rosto cheio de hematomas, os olhos roxos e cortes no nariz. Uma grande quantidade de organizações feministas solicitaram a expulsão do jogador, mas a administração da equipe simplesmente respondeu que eles tinham contratado um desportista e não se interessavam pela sua vida familiar.

Estes factos poderiam ter passado despercebidos se não fosse a fama dos seus progenitores. Milhões de pessoas sofrem uma situação similar, mas os seus casos nunca chegam aos jornais, a não ser que tenha havia assassinato e a morte alcance características de sensacionalismo.

Costuma-se dizer brincando: 'Palmadinhas de amor não doem'. Costumamos rir desse tipo de brincadeiras. Entretanto, a realidade é que para milhões de mulheres essas palavras não são motivo de riso; pelo contrário, são parte de um drama que ocasiona muita dor, incerteza e um constante comprometimento do seu (e não só) desenvolvimento como pessoa.
...
Alguns Dados de um Fenómeno Mundial

Estima-se que 95% das vítimas de agressão intrafamiliar sejam mulheres. Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM), 1 em cada 4 mulheres no mundo sofre maus tratos domésticos. A cada 15 segundos ocorre algum caso de violência em algum lugar do mundo.
Em Nova Delhi, Índia, a cada 12 h uma mulher morre queimada pelo marido, que depois denuncia o facto como acidente. Em 1998, na Espanha, 75 mulheres morreram nas mãos dos seus maridos e foram feitas mais de 20 000 denúncias de maus-tratos. Essa percentagem é espantosa quando se sabe que apenas 10% das vítimas faz a denúncia.
Calcula-se que 6 de cada 10 casais vivem ou viverão algum tipo de violência doméstica. Esse é um dado alarmante, porque translada o problema a uma percentagem altíssima da população mundial.
Uma análise realizada pelo Banco Mundial sobre 35 estudos relativos a países industrializados e em desenvolvimento mostra que quase a metade de todas as mulheres observadas tinham sofrido violência física por parte do seu companheiro. Não existe, a julgar pelos dados, um problema que seja de países pobres e ricos. O fenómeno e o padrão de violência doméstica são similares, não importa de que cultura se trate.

Os agressores vêem-se amparados por uma sorte de cumplicidade dos policiais efectivos e dos homens do seu meio social, que tendem a pensar que atrás de toda a violência familiar há, de um modo ou de outro, uma mulher provocadora. Quando se menciona o tema - inclusive em ambientes cristãos - alguns homens têm dito: "Ela não terá feito algo para provocar essa situação?"
Em muitos países a violência contra a mulher é considerada como um assunto familiar, privado. Entretanto, é um problema que, de um modo ou de outro, diz respeito a todos nós.
...
Deus nunca quis que alguém fosse tratado de maneira indigna. A Bíblia diz que Deus 'põe à prova ao justo e ao ímpio; mas, ao que ama a violência, a Sua alma o abomina." Salmo 11:5.
A orientação do Senhor é que os maridos amem as suas esposas como a seus próprios corpos (Efésios 5:28). A lógica dessa interpelação é que nenhuma pesssoa normal vai atentar contra o seu próprio corpo.
Ninguém deveria ficar indiferente frente a esse tema. O Senhor também afirma na Sua Palavra: "Livra os que estão sendo levados para a morte e salva os que cambaleiam indo para serem mortos. Se disseres: Não o soubemos! Não o perceberá Aquele que pesa os corações? Não saberá Aquele que atenta para a tua alma? E não pagará Ele ao homem segundo as suas obras?" Provérbios 24:11, 12.



                     

Síndrome de Estocolmo

A 'Síndrome de Estocolmo' é definida como o comportamento que faz com que uma pessoa que se vê sequestrada se identifica com o sequestrador, até ao ponto de acreditar que as razões deste são válidas, os seus métodos necessários e, definitivamente, que o que é um atentado contra os seus interesses e liberdade seja aceite como bom, apesar do sofrimento que lhe ocasiona.
Descreve-se do seguinte modo: uma pessoa ameaça a outra de morte e dá-lhe mostras seguras de que é capaz de concretizar a sua ameaça. A vítima consciencializa-se de que não tem escapatória, e sabe que a sua vida depende da pessoa que a tornou prisioneira. O vitimador assume condutas contraditórias, pois nuns momentos se mostra carinhoso e amável, e noutros dá mostras de uma grande agressividade.
...
A realidade é que a pessoa agredida torna-se co-dependente do agressor. É uma situação estranha, mas real. Entretanto, diferentemente dos estados psicóticos, a sindrome é reversível. ... Deste modo a vítima tenta proteger o seu equilíbrio psicológico, procurando dar uma explicação racional ao que certamente não tem nenhuma razão de ser. Como efeito dessa síndrome surge o paradoxo segundo o qual 'as vítimas defenderiam os seus agressores, como se a conduta agressiva que exibem contra elas fosse o produto de uma sociedade injusta, e estes mesmos esposos fossem vítimas de um meio que os levassem irremediavelmente a serem violentos.' - Andrés Montero-Gómez, 'El Síndrome de Estocolmo Doméstico en Mujeres Maltratadas'.

Isso explicaria uma das razões pela qual as vítimas adiam indefinidamente a denúncia da agressão. E surge a contradição que, muitas vezes, assim que a denúncia repercute, esta é retirada pelas próprias vítimas, evitando desse modo sanções para os agressores. Isso gera um círculo vicioso de accção e reacção, que mantém as agredidas permanentemente presas aos agressores.
...
Conclusão

Nas minhas primeiras experiências com mulheres agredidas, eu costumava actuar como a maioria das pessoas neste tema. Simplesmente tentava convencer as vítimas que aquilo não era certo, que o que estava observando era uma distorção da realidade, etc.
Era bem-intencionado, mas o meu enfoque estava equivocado.
O que não conseguia entender com clareza é que as mulheres que sentiam afecto e carinho pelos seus gressores, apesar do que eles lhes faziam, não estavam fingindo! O que sentiam era real. Eu não percebia que essa atitude era parte do problema.

Há muitos casos de violência contra mulheres que chegam às igrejas. Calcula-se que 60% das mulheres que buscam ajuda, procuram em primeiro lugar um líder religioso. - Paul Hegstrom, Hombres violentos y sus víctimas en el hogar. Cómo romper el ciclo del maltrato físico y emocional.
Entretanto, a maioria dos ministros religiosos não está preparada para enfrentar esse problema. Em muitos casos escutam a vítima e sugerem paciência, perdão e outras receitas que, no contexto da violência, servem só de paliativo, mas que não ajudam as vítimas a sair do círculo de violência em que estão imersas.
Um passo básico de todo o religioso que tem que enfrentar esse problema é pedir ajuda a um profissional competente, que o oriente para entender que passos deve dar.
O mais provável é que as vítimas não queiram expor o seu problema a um assistente social, médico ou psicólogo. Mas um líder religioso pode muito bem servir de intermediário para que finalmente a pessoa recorra a quem está capacitado para ajudá-la. Em muitos casos, reconhecer que não se pode ajudar e conduzir a vítima à pessoa certa, é uma das maiores ajudas que elas podem receber.
...
É muito difícil, ou até impossível, sair do ciclo de violência doméstica pelos seus próprios meios, sem ajuda externa. Mesmo com ajuda é um processo complicado. Por essa razão, quem se empenha em encontrar uma solução baseando-se exclusivamente na sua capacidade pessoal, consegue apenas repetir indefinidamente o ciclo e só conseguirá pará-lo quando alguém sair ferido ou morto e, nesse caso, será tarde demais.
...

Miguel Ángel Núñez, licenciado em Teologia, Filosofia e Educação; Professor da Universidade Adventista Del Plata, extraído do seu livro Amores que MATAM - O Drama da Violência Contra a Mulher, editora Casa Publicadora Brasileira, 2005.


"A Bíblia afirma que ninguém deveria prejudicar outra pessoa, porque todo o ser humano foi feito à imagem de Deus (Génesis 9:6). O princípio é que todo o ser humano é valioso. Ninguém deveria ser humilhado, ofendido, ferido, agredido ou abusado. Menos compreensível é que tal conduta ocorra num lar. Esse não foi o plano de Deus."

"É justamente o silêncio que possibilita a violência. Quando se sabe das coisas, as condutas violentas não ocorrem, porque a sociedade nos protege." Cloé Madanes

"Você não pode salvar toda a humanidade, mas ao menos pode ajudar alguém, a que está ao seu lado. Madre Teresa de Calcutá.

"O amor não é o resultado de uma satisfação sexual adequada, pelo contrário,
a felicidade sexual é o resultado do amor."
Erich Fromm


                     

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

TORMENTO ETERNO?

UMA VISITA AO PLANETA PROIBIDO



-ZORB-ZORB-ZORB-ZORB-ZORB-ZORB-ZORB-


Não me perguntem por que é que decidi dar-lhe esse nome. De qualquer modo o nome não é importante. Só que tinha de lhe dar um nome e ZORB foi o que me surgiu quando pensei em morte, fogo do inferno e coisas do género. Mas primeiro deixem-me explicar.

É que eu não estava completamente convencido de que Deus tivesse considerado todas as alternativas em como Se ver livre dos pecadores.
Concordo, é claro, que um Inferno Eterno em Chamas não é uma opção aceitável para um Deus Bondoso. Mas, afinal, porque têm os pecadores de morrer?
Ah, eu sei que a Bíblia diz que 'a recompensa do pecado é a morte'. Mas isto não é uma razão! Porque é a morte a recompensa?!

Também considerei a filosofia que diz que 'Deus não mata ninguém'. 'As pessoas separam-se d'Ele', a Fonte da Vida. Se alguém se separa da Vida, claro que morre tão certamente como um frigorífico se descongela quando desligado da corrente.

No entanto, um número sem conta de pessoas têm-se separado de Deus e apesar disso não se dissolvem, não se desintegram ou morrem instantaneamente por causa da separação. O diabo tem vivido por milhares de anos depois de se ter separado de Deus.
Evidentemente Deus sustém-nos por agora de algum modo. Porque razão, então, Deus se opõe a agir do mesmo modo, para com os pecadores, eternamente?

Tudo isso me trouxe à mente a minha bem considerada alternativa da  PURIFICAÇÃO  FINAL  PELO  FOGO, baseada na Palavra de Deus.
Vejamos:

A - Obviamente Deus não quer os justos constantemente expostos à maldade dos pecadores.

B - E não devemos esquecer que os próprios pecadores se sentiriam mal, miseráveis, na atmosfera Santa do Céu.

C - Portanto os 2 grupos não podem continuar a viver juntos.

Imaginemos então, uma zona especial, isolada, onde os pecadores ficariam a viver.
Foi assim que imaginei um planeta chamado, por exemplo - ZORB -, um Planeta algures nos limites do Universo de Deus onde os maus podem fazer exactamente o que desejam.

E, vamos lá, porque não poderia Deus conceder, ali, nesse planeta isolado, vida aos pecadores para sempre? Todos poderiam fazer exactamente o que lhes agradasse. Eles não teriam de depender de Deus; seriam responsáveis pelas suas próprias acções; viveriam do modo que quisessem.
Portanto, todos os que escolhessem viver independentes de Deus, ficariam lá isolados de maneira a não contaminarem nem incomodarem os justos. Parece interessante?

Fiquei a pensar nesta hipótese, por isso deixei a minha imaginação voar até ZORB. Venham comigo por alguns momentos:

EXCURSÃO ZORBIANA

1- Um habitante, no planeta Zorb, James Wilson, acaba de comprar um Mazda RX-8. Mas... o problema é que um seu amigo tem um Lamborghini. E ele decide que prefere o dele.
- George, eu quero o teu carro. Dá-me as tuas chaves! - ordena ele.
- Nem penses, pá - o outro responde.
- Eu disse: as chaves! - grita ele.
- Põe-te a andar, Wilson! - diz George enquanto se afasta.
Mas logo descobre que Wilson está extremamente sério. Ele carrega num botão e na sola do sapato surge uma faca. Usando uma série de golpes de karaté ele agride George intensamente vez após vez, causando-lhe dores extremas. Rebolando-se em agonia, ele deseja morrer. Mas não pode! Tem vida eterna!

2 - O velho tio Conway tem fumado nos últimos 3422 anos. Ele tem um caso extremo de enfisema pulmonar. Cada palavra proferida causa-lhe agonia, e cada momento é uma luta pela vida. Ele suplica a morte. Mas ele não pode morrer!! Ele tem vida eterna!

3 - Joan Calls foi sempre rejeitada pelos seus 12 maridos e espancada pelos últimos três. Os seus filhos, violados e criados em ódio, gritam-lhe maldições de desprezo. Repetidamente ela tem tentado suicidar-se, mas sem sucesso. Coitada, ela não pode!!! Ela tem vida eterna!

A IDEIA DIVINA

No nosso vôo mental até ZORB nós vimos o que realmente seria um 'Planeta de Tormento Eterno'.

Afinal, agradeçamos-Lhe, porque Deus permite a morte como uma gentileza para que o planeta TERRA não se torne como o planeta ZORB.
Um Deus de Amor não pode deixar o pecado torturar as pessoas para sempre! Não Poderia Colocá-las a Arder Para Sempre! A Bíblia apresenta Deus como Cheio de Amor e Misericórdia, Pondo um Fim a Toda a Dor.

"O Senhor Todo Poderoso diz: Aproxima-se o dia abrasador como um forno, em que todos os orgulhosos e os que praticam o mal arderão como a palha. O dia que está para vir os queimará, de tal modo que não restará nada deles." Malaquias 4:1.

A Boa Nova do Evangelho é que Ninguém Necessita de Morrer ou Viver no 'Planeta ZORB'. Não há nem haverá nenhum sítio desses. A Bíblia, a História e o Bom Senso tornam perfeitamente claro que o pecado mutila, tortura e destrói-nos. Sem que pudéssemos escolher, o pecado foi-nos transmitido. Mas na Cruz do Calvário, o Filho de Deus, Pagou o Nosso Débito de Morte e Deu-nos de Novo a Possibilidade de Escolha.

O pecado, e não Deus, está e vai-nos matar. "Mas Deus amou de tal modo a humanidade que lhe entregou o Seu Filho único, para que todo aquele que acreditar no Filho de Deus não se perca, mas tenha a vida eterna." João 3:16.

Sem Cristo não haveria escolha. Haveria somente a morte. O pecado infalivelmente nos mataria. Agora, graças a Jesus, temos uma escolha! Revista Insight


Então, porque haveríamos de querer morrer?...

(a menos que estivéssemos no Planeta ZORB!...)

Veja um Convite Especial em Meditação Para A Saúde - 2.11.11 - Links 1R

(Se quer saber mais sobre este tema contacte: Instituto Bíblico de Ensino à Distância)