sábado, 19 de outubro de 2013

"TODA LA ESCRITURA"      "ESTÁ ESCRITO"      "SOLO LA ESCRITURA"



«A Escritura Sagrada aponta Deus como seu autor, no entanto, foi escrita por mãos humanas, e no variado estilo dos seus diferentes livros apresenta as características dos diversos escritores. As verdades reveladas são todas dadas por inspiração de Deus (II Timóteo 3:16), acham-se, porém, expressas em palavras de homens. O Ser infinito, por meio do Seu Santo Espírito, derramou luz no entendimento e coração dos Seus servos. Deu sonhos e visões, símbolos e figuras. E aqueles a quem a verdade foi assim revelada concretizaram os pensamentos em linguagem humana.
Os Dez Mandamentos foram pronunciados pelo próprio Deus, e pela Sua própria mão foram escritos.
São de redação divina e não humana.

Mas a Escritura Sagrada, com suas divinas verdades, expressas em linguagem de homens, apresenta uma união do divino com o humano. União semelhante existiu na natureza de Cristo, que era o Filho de Deus e Filho do homem. Assim, é verdade com relação à Escritura, como o foi em relação a Cristo,
que "o Verbo Se fez carne e habitou entre nós". S. João 1:14.
Na Sua Palavra, Deus conferiu aos homens o conhecimento necessário para a salvação. As Sagradas Escrituras devem ser aceites como autorizada e infalível revelação da Sua vontade. Elas são a norma do carácter, o revelador das doutrinas, a pedra-de-toque da experiência religiosa.» E. W.

PARA QUE SERVE A BÍBLIA

Platão, o célebre filósofo grego, disse certa vez que há 3 fontes válidas de conhecimento.
1. Os 5 sentidos - tacto, paladar, olfacto, audição e visão - que o homem compartilha com o reino animal.
2. A razão - que distingue o homem dos animais inferiores.
3. À terceira fonte Platão deu o nome de "Divina Loucura" - referindo-se assim ao mundo espiritual da comunicação sobrenatural.
Mais tarde Aristóteles, discípulo de Platão, eliminou a 3ª fonte - aquela faculdade inteiramente intuitiva pela qual o homem recebe ou obtém a percepção divina. Aristóteles afirmou que o conhecimento se obtém apenas pela utilização dos 5 sentidos e da razão.
O mundo ocidental foi profundamente influenciado pelos ensinamentos de Aristóteles. Em culturas orientais e em culturas primitivas, no entanto, a referência ao mundo espiritual - o mundo dos sonhos, visões e comunicação sobrenatural - é comum em todos os níveis.

Embora Aristóteles viesse certamente a rejeitar a Bíblia como fonte de conhecimento (se a tivesse conhecido), Jesus nunca hesitou em aceitá-la e afirmar que era a maneira principal pela qual Deus se revela à humanidade.
Agora, dois mil anos passados, cada vez mais pessoas se apercebem de que Jesus tinha razão. Voltaire, o famoso pensador francês, ateu declarado (seguidor de Aristóteles), morreu em 1778. Antes de morrer, Voltaire afirmou que a Bíblia e a fé cristã não teriam qualquer aceitação daí a 100 anos. No centésimo aniversário dessa afirmação, a Sociedade Bíblica de Genebra comprou a editora e a casa que tinham pertencido a Voltaire e começou, nesse preciso local, a imprimir a Bíblia.
Duzentos e seis anos depois de Voltaire, o presidente dos Estados Unidos viria a declarar o ano de 1983 "O Ano da Bíblia". O que teria levado o presidente da nação mais poderosa da Terra a proclamar a Bíblia como a principal fonte do conhecimento humano?
Milhões de pessoas ainda procuram uma fonte fidedigna de autoridade. Descobriram que não podem confiar em tratados entre nações, nem nas declarações dos cientistas. Mesmo os grandes líderes religiosos estão frequentemente errados. A Bíblia - a Palavra de Deus - é a única autoridade definitiva que possuímos. Comprovada ao longo de séculos, a Bíblia derrama luz sobre a natureza humana, sobre os problemas da humanidade e o sofrimento que aflige o homem. Além disso, ela revela claramente o caminho para Deus. A Bíblia é Deus a revelar-Se à humanidade.

Billy Graham tem razão ao afirmar, em relação à Bíblia:
"A Bíblia é um livro antigo e, no entanto, é sempre nova. É o livro mais moderno do mundo. Existe, em geral, uma ideia errada de que um livro tão antigo como a Bíblia não pode falar às necessidades do homem moderno. Por alguma razão os homens pensam que, numa era de realizações científicas, em que o conhecimento alcançado em 25 anos é superior ao que se alcançou ao longo de todos os séculos da história da Humanidade, este Livro tão antigo tem que estar desactualizado e ultrapassado. No entanto, para todos os que a leem e a amam, a Bíblia é extremamente relevante para a nossa geração.
É nas Escrituras Sagradas que encontramos as respostas para as perguntas fundamentais da vida: De onde vim eu? Porque estou aqui? Para onde vou? Qual é o propósito da minha existência?"
A palavra "bíblia" vem da palavra grega "biblos" que significa "livro". A Bíblia, porém, é mais do que um livro - ou uma colecção de livros. É a revelação escrita, que Deus nos deixou, da Sua vontade em relação ao homem e ao universo. Por detrás e por baixo, por cima e além desse Livro, está o Deus desse Livro, pois a Bíblia inteira fala sobre Deus - em especial sobre o Filho de Deus, Jesus Cristo.

MAIS DO QUE UM LIVRO

A Bíblia contém 66 livros, escritos por cerca de 40 autores, num período de composição que abrange, mais ou menos, 1.600 anos. Os seus autores são dos mais variados níveis sociais e culturais e neles se incluem reis, camponeses, profetas, poetas, pescadores, homens de estado, eruditos, um homem de negócios, um médico e um missionário. A Bíblia está dividida em duas partes principais, sendo o factor dessa divisão o nascimento de Jesus Cristo.

À primeira parte chama-se Antigo Testamento. Esta parte foi escrita quase totalmente em hebraico (à excepção de umas quantas passagens em aramaico) e foi completada cerca de 400 anos antes do nascimento de Cristo. A segunda parte, chamada Novo Testamento, foi escrita em grego. As bíblias que temos na nossa língua foram, na sua maioria, traduzidas directamente das línguas originais.
A palavra "testamento" significa, no original, "aliança" ou "pacto". O Antigo Testamento é a história das alianças feitas por Deus com o homem - e aponta para a vinda do Messias, o Filho de Deus, Jesus. O Novo Testamento é a história do cumprimento das alianças através da pessoa de Jesus.


QUEM É O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA?

Na linguagem de sinais utilizada pelos surdos-mudos, o sinal que significa a palavra Jesus faz-se apontando para as palmas das duas mãos com o dedo indicador da mão oposta. O gesto simboliza as marcas dos cravos (pregos) nas mãos de Jesus.
O sinal que significa Bíblia faz-se apontando com um indicador de cada vez para as palmas das mãos e abrindo, depois, as palmas das mãos como se fossem a capa de um livro. Por outras palavras, a Bíblia é um livro sobre Jesus Cristo.
Há muitos anos atrás, eu fiz uma viagem a Hong-Kong e dei um passeio num daqueles 'hovercrafts' até à pequena colónia portuguesa de Macau. Ali, numa colina que domina o porto, os portugueses construíram, há quase cinco séculos, uma imponente catedral. Alguns séculos depois, um tufão foi mais forte do que o trabalho humano e o enorme edifício de pedra ruiu. A parede frontal da antiga catedral, no entanto, resistiu e ainda hoje se mantém de pé, com os largos degraus que conduzem a uma rua calcetada com paralelipípedos que circunda o porto. No alto daquela parede, desafiando os elementos através dos séculos, está uma enorme cruz de bronze.
Em 1825, um navegador inglês, Sir John Bowering, entrou com o seu navio no porto de Hong-Kong e vislumbrou aquela grande cruz, erguendo-se, majestosa, por cima das ruínas da catedral. Sir John ficou profundamente emocionado. Voltou ao seu camarote no navio, pegou numa pena e escreveu no seu diário de bordo:

Na cruz de Cristo eis minha glória,
vencedora do tempo e da ruína;
toda a luz da sagrada história
nela se vê, santa e divina.


A mensagem central da Bíblia é a cruz de Jesus Cristo. Cada livro da Bíblia ou aponta para o futuro, indicando a vinda de Jesus, ou aponta em retrospectiva para a Sua obra redentora no Calvário.
Há uma história maravilhosa no Evangelho de Lucas sobre um incidente acontecido quarenta dias depois do nascimento de Jesus. A mãe de Jesus, Maria, e José tinham levado o bebé ao templo para oferecerem os sacrifícios de purificação e consagração exigidos pela Lei de Moisés. Quando entraram no templo, foram vistos por um velho rabi, um homem muito piedoso chamado Simeão, que passara toda a sua vida a estudar os livros sagrados dos judeus, o Antigo Testamento. Ao ler estes livros (que eram a sua Bíblia) convencera-se que a mensagem central do Antigo Testamento era a vinda do Messias - o Filho de Deus. Na verdade, o Espírito Santo assegurara-lhe que ele não morreria antes de ver o Salvador com os seus próprios olhos.
Naquele dia, quando José e Maria entraram no átrio do templo com o seu bebé, um fogo acendeu-se no coração do velho Simeão. Dirigiu-se ao casal, ofegante e com lágrimas nos olhos, e pediu a Maria para pegar, por um bocadinho, no menino. Tomando a criança nos braços, contemplou o rosto de Jesus. Depois, erguendo os olhos ao céu, orou:
"Agora, Senhor, já podes deixar-me morrer em paz, pois cumpriste a Tua palavra! Já vi com os meus olhos o Salvador que enviaste para todos os povos. Ele é a luz que iluminará os pagãos e glória de Israel, teu povo." (Lucas 2:29-32).
Então Simeão disse uma coisa muito significativa: "Este menino é para muitos em Israel motivo de ruína ou salvação. Ele é sinal de divisão entre os homens, para revelar os pensamentos escondidos de muitos..." Depois, fixando o olhar nos olhos doces da jovem mãe, o velho Simeão disse: "Uma grande dor, como golpe de espada, trespassará a tua alma."

Simeão referia-se às profecias messiânicas que lera durante muitos anos no Antigo Testamento - as profecias que anunciavam a vinda do Filho de Deus. Referia-se, em particular, a uma profecia de Génesis na qual Deus dissera à serpente, Satanás, ainda no Paraíso: "Farei com que tu e a mulher sejam inimigas, bem como a tua descendência e a descendência dela. A descendência da mulher há-de atingir-te a cabeça e tu procurarás atingir-lhe o calcanhar." (Génesis 3:15). Fez, ainda, referência a uma profecia de Isaías, proferida cerca de 700 anos antes do nascimento de Cristo: "... Eu quero que sejas a luz das nações, para que a Minha salvação chegue aos confins da terra." (Isaías 49:6).

O SONHO DE DEUS

Desde o princípio, Deus tinha um sonho. O Seu sonho era restaurar o homem a um relacionamento perfeito com Ele, o seu Criador. Jesus foi a resposta a esse sonho. Todos os homens piedosos que, ao longo dos séculos, escreveram a Bíblia, registaram vislumbres desse sonho e incluíram-nos nos seus escritos. Por isso, em toda a Bíblia - desde a Criação até ao nascimento de Jesus - deparamos com referências a esse sonho messiânico por parte de todos os autores bíblicos.

Jesus é, então, o TEMA CENTRAL da Bíblia.

Abraão viu o Seu reflexo em Melquizedeque, Rei de Salém ou Rei da Paz.
Jacob chamou-Lhe Silo, o Enviado.
Para Moisés Ele foi o Cordeiro da Páscoa, Aquele que seria levantado.
Para Josué Ele foi o Capitão da nossa salvação.
Rute viu-O como o Parente Resgatador.
Samuel retratou-O como nosso Rei.
David chamou-Lhe Leão de Judá e Bom Pastor.
Para Salomão Ele é o Amado.
Esdras e Neemias viram-n'O como o Restaurador.
Para Ester Ele é o nosso Advogado.
Job disse que Ele era o seu Redentor.
Isaías descreveu-O como o Servo Sofredor.
Jeremias viu-O como o Grande Oleiro.
Ezequiel chamou-Lhe Filho do homem.
Daniel chamou-Lhe Príncipe e Pedra.
Oseias comparou-O a um Marido restaurando a sua esposa caída.
Para Joel Ele era o Restaurador.
Amós viu-O como Lavrador Celestial.
Para Obadias Ele era o Salvador.
Jonas retratou-O como a Ressurreição e a Vida.
Miqueias chamou-Lhe Testemunha.
Para Naum Ele era Fortaleza no dia da angústia.
Habacuc chamou-Lhe Deus da minha Salvação.
Para Sofonias Ele era o Senhor Zeloso.
Ageu disse que Ele era o Desejado das Nações.
Zacarias denominou-O Renovação da Justiça.
Malaquias chamou-Lhe Sol da Justiça.
João Baptista, por fim, proclamou: "Eis o Cordeiro de Deus
que tira os pecados do mundo."


À medida que se vai lendo o Antigo Testamento, paira no horizonte da história uma Pessoa, através da qual Deus irá estabelecer o Seu reino sobre a terra: Jesus Cristo.

Miqueias anunciou que Ele nasceria em Belém.
Isaías disse que Ele nasceria de uma virgem e se chamaria Emanuel.
David e Isaías predisseram a Sua morte. Job e David profetizaram a Sua ressurreição.
Outros anunciaram que Ele seria precedido por um profeta de hábitos estranhos como Elias.
Predisseram que Ele faria milagres, falaria por parábolas, seria rejeitado pelos líderes, seria um pastor ferido, um varão de dores, que entraria em Jerusalém montado num burrinho, seria traído por um amigo por 30 moedas de prata e seria levado como uma ovelha para o matadouro.

Profetizaram que Ele seria morto na companhia de criminosos, que as Suas mãos e os Seus pés seriam perfurados mas nenhum dos Seus ossos seria quebrado, que sobre as Suas vestes se lançariam sortes, que ficaria no túmulo de um rico durante três dias, ressuscitaria dos mortos e subiria aos céus para se sentar à direita de Deus.

David, Isaías, Jeremias e Daniel anunciaram, com séculos de antecedência, que o Messias ofereceria ao Seu povo uma Nova Aliança.
Predisseram que Ele enviaria o Espírito Santo, que o Seu Reino incluiria os gentios e que seria Universal e Eterno.

Tudo isto foi escrito centenas de anos antes do nascimento de Cristo. E quando Ele nasceu, os anjos apareceram aos pastores nas colinas de Belém, anunciando novas de grande alegria.


O MILAGRE DA COMPOSIÇÃO
Vamos supor que um homem de cada nação da terra recebia a missão de esculpir, ao longo da sua vida, um pequeno pedaço de mármore. Um dia, todos esses homens, ignorando que os outros também estavam a esculpir um pedaço de mármore, iriam reunir-se numa pequena vila nas colinas a sul de Jerusalém - cada qual com o seu pequeno pedaço de mármore. O homem que esculpira o que parecia ser o dedo grande do pé esquerdo colocaria o seu pequeno pedaço de mármore no chão. A seguir, o que esculpira um pé esquerdo sem dedos nem calcanhar viria e juntaria o seu pedaço de mármore ao dedo grande do pé esquerdo - e os dois pedaços ajustar-se-iam perfeitamente.
Seriam depois acrescentados os outros dedos, cada um do tamanho e formato certos. Depois viria o escultor do calcanhar, e assim por diante, tornozelos, canelas, joelhos, coxas - cada pedaço ajustando-se tão perfeitamente ao anterior que nem as emendas se notassem - até que toda a estátua estivesse montada, perfeita nos mínimos pormenores.
Como seria possível explicar tal estátua, a menos que houvesse alguém que a tivesse projectado e tivesse dado, antecipadamente, a cada um destes homens as instruções exactas relativas ao pedaço de mármore que iria esculpir?
Não foi por acaso que os anjos cantaram "boas novas de grande alegria". O Milagre dos Séculos. Aquele de Quem toda a Bíblia fala nascera em Belém! A Sua vinda e a Sua vida, profetizadas com séculos de antecedência, são um milagre ainda maior do que o seria uma estátua construída daquela estranha forma.

Lembre-se, a Palavra de Deus é o alicerce de todo o nosso conhecimento de Deus - e do Seu plano para a humanidade. Ela conta-nos a origem do pecado e como a maldição que resultou dele separou o homem de Deus. A Bíblia contém a Lei dada por Deus a Moisés no Monte Sinai, mas mostra-nos também como foi impossível a Lei trazer ao homem a salvação de que ele necessitava. Assim, descobrimos nas páginas da Bíblia que o objectivo principal de Deus era preparar o caminho para a Vinda do Redentor do Mundo, Jesus Cristo.


Embora a Bíblia seja uma verdadeira biblioteca, é também "O Livro". É uma história, uma história grandiosa, uma história de amor, do amor de Deus pela humanidade e do custo que Ele se dispôs a pagar para nos trazer a um relacionamento perfeito com Ele. Embora seja divina, a Bíblia é também humana. As palavras tiveram origem em Deus, mas a sua expressão é humana.
É por isso que a Bíblia é um livro diferente de todos os outros. O Livro é uma revelação divina, uma revelação progressiva, uma revelação de Deus ao homem, comunicada por homens, que se estende, perfeita, desde o seu glorioso princípio ao seu majestoso final, da Criação à Restauração do Universo. Por detrás de cada grande acontecimento encontra-se Deus, o Autor da História, o Criador das eras. As capas desse livro tão especial são a Eternidade passada e a Eternidade futura, e o seu conteúdo é o Tempo. Você pode estudar os mais pequenos detalhes em qualquer parte da Bíblia e perceberá que, ao longo dos séculos, houve um grande propósito - o eterno desígnio do nosso Grande Deus, de redimir um mundo despedaçado e dar a cada um de nós - a si e a mim - força para viver.

O Antigo Testamento é o relato de como Deus se relacionou com uma nação - os israelitas. O Novo Testamento é o relato do relacionamento de Deus com um Homem - o Seu Filho. A nação teve como propósito trazer ao mundo o Homem.
Deus fez-Se homem na pessoa do Seu Filho para que pudéssemos saber como Deus é. Se você quer saber Quem é Deus, olhe para Jesus, pois Ele é a perfeita revelação de Deus. O Seu aparecimento na Terra é, até hoje, o acontecimento central de toda a História. Até mesmo os nossos calendários se guiam por este facto. O Antigo Testamento preparou o cenário. O Novo Testamento é o relato do grandioso acontecimento.
E que peça maravilhosa! Deus é o seu autor. Jesus Cristo é o personagem central. O Espírito Santo é Quem transmite a força a cada personagem - incluindo o próprio Filho de Deus.
Jesus foi o Homem perfeito. Ele era bom, manso, gentil, paciente e cheio de amor. Fez milagres para alimentar famintos, curar doentes e ressuscitar mortos. Multidões vinham até Ele e Ele ensinava-lhes coisas sobre o reino de Deus. Ameaçava os religiosos do Seu tempo - acusando-os de hipocrisia e de ganância - e eles acabaram por O matar. Mas mesmo este acontecimento já fora predito. Era necessário, pois Jesus iria ser o perfeito sacrifício pelos nossos pecados. Substituindo-nos com o sacrifício da Sua morte, Jesus abriu caminho para que a humanidade pudesse, de novo, desfrutar da comunhão com o Pai.

Depois realizou o maior dos milagres - Jesus ressuscitou dos mortos!
HOJE, ELE VIVE!
Ele não é apenas uma figura histórica mas sim uma Pessoa viva.
O Facto Mais Importante da História e a Mais Poderosa Força do Mundo.

Os Seus amigos e seguidores queriam que Ele permanecesse na terra depois da Sua ressurreição mas Ele afirmou que tinha que partir. Tinha que partir para poder enviar o Seu Espírito Santo. Esse Espírito, disse Ele, o mesmo Espírito que lhe dera o poder de ressurgir dos mortos, viria e encheria cada crente a partir de então - dando-lhe força para viver.

Há já muitos anos, visitei uma jovem que tinha feito parte da quadrilha de Charles Manson, famosa por ter assassinado barbaramente várias pessoas em casa da actriz Sharon Tate, na Califórnia. Esta jovem fora condenada por homicídio voluntário de primeiro grau, e condenada à morte na câmara de gás. Pouco antes da sua execução, a pena foi comutada para prisão perpétua. No período entre a condenação e a execução (que acabou por não acontecer) ela recebeu o Senhor Jesus Cristo como seu Salvador. Depois disso, ela conduziu outras reclusas da prisão onde estava a uma experiência pessoal de salvação pela fé em Jesus Cristo.
Quando eu soube disto, pedi e obtive permissão para a visitar no Presídio Feminino da Califórnia. Durante essas visitas tornamo-nos bons amigos, pois ela, realmente, "nascera de novo" e era uma filha de Deus.
Numa dessas visitas, ela contou-me como tinha recebido Cristo. Na primeira semana depois de chegar à prisão recebeu uma Bíblia pelo correio. Atirou-a para um canto da cela e durante mais de um ano não lhe tocou. Mas sem que ela soubesse havia um grande número de pessoas a fazer oração em seu favor. Recebia um grande número de cartas de pessoas que ela não conhecia e que lhe falavam do amor perdoador de Deus.
Um dia tirou a Bíblia da pequena estante que tinha na cela, limpou o pó acumulado e começou a ler. Sem saber quase nada sobre a Bíblia (embora tivesse frequentado, na infância, uma igreja), começou a ler - começando na primeira página.
Era uma leitura meio indigesta, mas ela estava determinada a descobrir para que servia a Bíblia. Quando chegou ao livro do Êxodo e leu a história dos israelitas, ficou furiosa. Era uma história sobre o amor e a provisão de Deus em favor do Seu povo. Ele tinha libertado os israelitas do cativeiro no Egipto, abrira o mar para que pudessem passar, protegera-os do mal, tirara água das rochas e alimentara-os todas as manhãs com maná. Porque é que um povo tão amado por Deus como os israelitas rejeitaria tal amor e reagiria de maneira tão egoísta?
Continuou a ler até chegar aos Salmos - canções de amor e de dedicação a Deus, escritas por David. Várias vezes teve que interromper a leitura porque os olhos se enchiam de lágrimas.
Desde a infância, a única emoção que tinha conhecido e experimentado fora o ódio. Por isso se juntara à quadrilha de Manson e participara em todos aqueles homicídios bárbaros. Agora lia sobre um Pai Celestial, amoroso e cuidadoso. Ela nunca imaginara que tal amor existisse.
Os escritos dos profetas falavam de um Salvador, Alguém que viria para lhe tirar os pecados e lhe dar força para viver. Não diziam, porém, como O encontrar - apenas que Ele estava para vir.
Nos Evangelhos leu a história da vida de Jesus. Ele era tudo que ela imaginara que Ele fosse - amoroso, manso, bondoso e também um homem recto e justo. Ele era tudo aquilo por que ela ansiara a vida inteira. Lendo o livro dos Actos, ela tomou conhecimento da vida dos primeiros cristãos, cheios do Espírito Santo, que correram mundo realizando os mesmos milagres que Jesus tinha realizado. E desejou ter, na sua vida, aquela mesma força. Mas não foi senão quando já estava a ler o último livro da Bíblia que descobriu como poderia ser perdoada e receber força para viver.
Ao ler o livro do Apocalipse, defrontou-se com as palavras de Jesus numa exortação que ela sentiu que vinha directamente de Deus para ela: "Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sejam, portanto, aplicados e arrependam-se!" (Apocalipse 3:19)
Parou de ler, deixando que as palavras penetrassem na sua alma. Será que o motivo pelo qual ela estava na prisão não era apenas, nem mesmo principalmente, pelo facto de ser uma assassina, mas sim porque Deus a amava e estava à espera que ela se arrependesse para que Ele lhe desse força para viver?
Continuou a ler. "Olhem que Eu estou à porta e bato. Se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, Eu entro em sua casa, janto com ele e ele Comigo. Aqueles que vencerem hão-de sentar-se Comigo no Meu trono, tal como Eu também venci e Me sentei com Meu Pai no Seu trono." (Apocalipse 3:20, 21).
Com as lágrimas a correr pela cara abaixo, desceu da cama na sua cela solitária na prisão e ajoelhou-se no cimento frio. O Filho de Deus pedia para entrar na sua vida. Mesmo sendo ela uma assassina, Ele esperava que ela se arrependesse e pedisse o seu perdão. Ela confiou n'Ele como seu Salvador, abriu-lhe as portas da sua vida e disse uma simples oração: "Vem, Senhor Jesus, toma conta da minha vida."
Susan Atkins ainda está na prisão mas é uma mulher livre. Foi libertada pelo Filho de Deus. Ela encontrou uma vida nova ali mesmo onde estava - e recebeu a força necessária para viver essa vida através de Jesus Cristo.
Para Susan Atkins a Bíblia foi bem mais que um livro velho. Foi - e é - O Livro da Vida.

Texto de Força para Viver, livro escrito por Jamie Buckingham e editado pela Arthur S. DeMoss Foundation, 1995.

Bíblia - a Palavra de Deus, Verdadeira e Eterna

Tua palavra é como azeite sobre minhas feridas, É a água no deserto, É o calor no inverno.
Tua palavra é a voz que me fala de manhã, É meu conselho cada dia, E nas provas que me guia.

Coro:
Podia estar perdido, como náufrago no mar, E ainda perder tudo até o fôlego.
Podia estar faminto, como um menino sem um lar, Mas eu sei que Tua palavra, sempre a mim sustentará.

Tua palavra é como doce mel, para meus lábios, É a perfeita melodia, que me deleita cada dia.
Tua palavra é meu refúgio no meio das provas, E na tristeza é minha alegria,
Na solidão minha companhia.



A  IMAGINAÇÃO  E  A  EXPERIÊNCIA  (Editorial)

De tempos a tempos, somos 'sacudidos' por uma criação, musical, cinematográfica, literária, plástica ou outra, que desafia os conceitos estabelecidos ou procura 'agitar as águas', levando as pessoas a reflectir, e a pronunciarem-se sobre assuntos comummente aceites. Tais criações foram e serão sempre objecto de polémica, não apenas pelos temas que abordam e pela maneira como a fazem, mas sobretudo pelo carácter subjectivo que transportam. É que uma criação veicula sempre o ponto de vista do seu autor.

O recente best seller de Dan Brown, "Código Da Vinci", que já foi reproduzido para o cinema, não é excepção. E, apesar de todas as polémicas que levantou, a verdade é que tinha todos os ingredientes para se tornar um sucesso. Tem imaginação e pretende pôr a descoberto um escândalo antigo. Coloca em causa dogmas do passado e ataca a Igreja, propondo uma nova leitura da História do Cristianismo, apoiada por um pretenso saber de peritos em Arte, História e simbologia.

A polémica levantada em torno desta obra prende-se ainda com um outro elemento referido na página "Factos" do referido livro. Está aí mencionado que "todas as descrições de obras de arte, arquitectura, documentos e rituais secretos mencionados no romance são rigorosos". Por outras palavras, a ficção tem uma base sólida. E, neste caso, a ficção não se reduz ao enredo, mas adiciona-se a um outro factor: a verdade acerca de quem foi Jesus Cristo e, consequentemente, da fé que milhões de pessoas depositaram e depositam n'Ele como Filho de Deus.
No entanto, apesar do pretenso rigor dos factos mencionados no livro, acaba por se descobrir, por exemplo, que a Sociedade Secreta do Priorado de Sião, não remonta ao ano de 1099 mas sim a 1956, e que todos os documentos produzidos por essa sociedade são falsos. Verifica-se ainda que as letras PS que adornam os vitrais da igreja do Saint Sulpice não significam Priorado de Sião, como o autor quer fazer crer, mas sim Petrus Sanctus.

Como mostraremos também nesta revista, os manuscritos de Nag Hammadi, que constituiriam a prova do pretenso romance entre Jesus e Maria Madalena, não são, afinal de contas, nada fiáveis como relatos acerca de Jesus Cristo, nem nunca foram aceites pelos primeiros cristãos. São documentos de seitas gnósticas opostas ao próprio Cristianismo e compostos muito depois da morte de Cristo e dos apóstolos.

Afinal de contas, todos aqueles que leram o Código Da Vinci, poderão ter uma certeza: leram uma obra rica de imaginação e que vale sobretudo por isso. Quanto ao resto, seria um grave erro confundir imaginação dum escritor com qualquer outro pressuposto literário ou histórico acerca da vida de Jesus Cristo. É que as únicas fontes credíveis sobre Jesus Cristo continuam a ser os evangelhos, fruto duma experiência e testemunho pessoal daqueles que de perto conviveram com Jesus. E entre os Evangelhos e o Código Da Vinci existe uma grande diferença assinalada por um dos intervenientes directos no relato evangélico, o apóstolo Pedro: "Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a Sua majestade" (2 Pedro 1:16).

A diferença entre um romance e um facto histórico está justamente aí: um fala do que imagina ser a verdade, o outro fala do que experimentou ser a verdade.

Artur Machado, Mestre em Teologia e Director da Revista Sinais dos Tempos, Publicadora SerVir, in S. T. - 3º Trimestre 2006 (imagens acima).
Leia mais sobre este problema em:
http://www.criacionismo.com.br/2013/10/estudo-falso-e-aceito-por-mais-de-150.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+criacionista+%28Criacionista%29



«Há, na Palavra de Deus, muitos mistérios que não compreendemos, e muitos de nós nos satisfazemos de parar as buscas quando apenas principiamos a receber pequeno conhecimento a respeito de Cristo. Quando começa a haver pequeno desdobramento dos divinos desígnios à mente, e principiamos a obter leve conhecimento do caráter de Deus, ficamos satisfeitos, e pensamos que recebemos mais ou menos toda a luz que há para nós na Palavra de Deus. A verdade de Deus, porém, é infinita. Com penosos esforços, devemos trabalhar nas minas da verdade, descobrindo as jóias preciosas que estão ocultas. ... Jesus pretendia dizer justamente o que Ele disse quando conduziu Seus discípulos a examinar as Escrituras - S. João 5:39.
Examinar quer dizer comparar passagem com passagem, e coisas espirituais com coisas espirituais. Não nos devemos satisfazer com um conhecimento superficial. Não avaliamos nem a metade daquilo que o Senhor está disposto a fazer por Seu povo. ... Nossas petições, misturadas com fé e contrição, devem ascender a Deus rogando a compreensão dos mistérios que Ele desejaria dar a conhecer a Seus santos. A pena de um anjo não descreveria toda a glória do plano revelado da redenção.
A Bíblia diz como Cristo carregou nossos pecados, e levou as nossas dores. Aí se revela como a misericórdia e a verdade se encontraram junto à cruz do Calvário, como a justiça e a paz se beijaram, como a justiça de Cristo pode ser comunicada ao homem caído. Ali manifestaram-se infinita sabedoria, infinita justiça, misericórdia e amor infinitos. Profundidades, alturas, comprimentos e larguras de amor e sabedoria, todo o inexcedível conhecimento são revelados no plano da salvação.
O Espírito de Deus repousará sobre o diligente pesquisador da verdade. Aquele que deseja de coração a verdade, que anela possuir a atuação do poder na vida e no caráter, certamente os há de ter. Diz o Salvador: "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos." S. Mateus 5:6.»


Ellen White, Para Conhecê-lo, Meditação Matinal, 1965


Ontem à noite a minha mãe e eu estávamos a falar de coisas sobre a vida... da eutanásia, da vantagem de morrer sem sofrer quando se está num estado de semi-vida...
E eu disse: "Mãe, nunca me deixe viver nesse estado, dependente de máquinas e líquidos artificiais.
Se me vir assim, desligue logo todos os aparelhos que me mantêm artificialmente com vida. Prefiro morrer."
Então, minha mãe levantou-se,
olhou para mim com admiração e desligou:

A TV,
O DVD,
O CABO DE INTERNET,
O PC,
O MP3,
A PLAYSTATION,
O TELEFONE SEM FIOS,
O TELEFONE FIXO,
TIROU-ME O IPOD, O IPAD, O BLACKBERRY...
E DEITOU FORA A COCA-COLA E AS CERVEJAS!

Liguei tudo de novo!
Ia morrendo... - Autor Desconhecido.