segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

2 - A Criação dos Céus e da Terra


"No princípio, criou Deus os céus e a terra." Génesis 1:1.

Este primeiro versículo é uma espécie de preâmbulo ou título do relato da semana em que Deus tornou possível a vida no planeta Terra: "No princípio, criou Deus ..." É a indicação de um feito positivo que abarca tudo o que se segue: Deus criou, produziu a matéria-prima e universal da qual foram formados os céus e a Terra. Deste modo nega-se, antes de mais, a existência independente desta matéria, a qual, em todos os sistemas cosmogónicos da Antiguidade, se considerava eternamente coexistente com a Divindade.
A palavra bereschith, no "princípio", ao contrário do que ocorre normalmente, não é, neste texto, seguida de um complemento, porque designa o começo absoluto, tal como em João 1:1. É o começo do tempo, e de todos os seres que se desenvolvem nele, os seres finitos. No que diz respeito ao verbo bara, "criou", este significa originalmente "cortar", e não implica, necessariamente, como a nossa palavra "criar", a ausência de uma matéria já existente. Quando, porém, este verbo designa uma ação exercida sobre uma matéria existente, utiliza-se outra forma verbal que tem como sujeito um ser humano e como complemento a própria matéria na qual se executa o trabalho; mas, na forma aqui empregue, tem sempre como sujeito Deus e como complemento a palavra que designa o resultado da ação cumprida. Utilizado em relação com a ideia do princípio absoluto, como ocorre no texto, a ação verbal de bara não pode significar outra coisa a não ser a própria formação inicial da matéria. Por último, a expressão "os céus e a terra" designa sempre, no Velho Testamento, o Universo na sua totalidade. Assim sendo, o primeiro texto da Escritura afirma categoricamente que Deus criou o Universo.

Hoje, no entanto, é demasiado fácil duvidar de que Deus tenha criado os céus e a Terra. É um facto que as pessoas raramente mencionam. Além disso, quanto maiores são as obras do ser humano menos se apreciam os prodígios divinos. Inclusivamente, por instantes, a desafiante retórica atual assemelha-se à dos construtores da Torre de Babel, os quais acreditaram que os seus avanços tecnológicos lhes possibilitavam contender com o Pai celestial.
Mas há um Deus nos Céus... mesmo quando o mundo nega o poder criador de Deus. Aí está Ele disposto a intervir na vida dos seres humanos quando estes pretendem desafiar a Sua autoridade, tal como aconteceu na construção da Torre de Babel.

Reconheça a autoridade divina na sua existência. Isso ajudá-lo-á a organizar a sua vida.

Carlos Puyol Buil in Meditações Matinais Mas há um Deus no Céu, P. SerVir, 15.02.2016. Conheça o autor em M. p. S., 26.12.2015.




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