sexta-feira, 22 de outubro de 2010

RESPONDER A UMA NECESSIDADE INATENDIDA,

É O TEU CHAMADO.



«Amarás, pois, o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de toda a tua força.» Deuteronómio 6:5.


A criança fez exactamente o que a mãe lhe pediu: ficou sentada no bloco de betão, à espera do seu regresso. O sol punha-se e ela ainda não tinha voltado.
Depois de se terem passado três dias, ali estava, sentada no mesmo sítio, à espera da mãe, que nunca mais voltou.

Este facto aconteceu no Boulevard Parks, em St. Petersburg, na Flórida.
Um homem que morava ali perto reparou naquela criança; acolheu-a e pagou-lhe a estadia num acampamento de jovens da sua igreja. Aí, com 14 anos, este menino franzino, ouviu pela primeira vez a história de Jesus, morto na cruz; de Jesus ressuscitado e da possibilidade de passar toda a eternidade com Ele. Ajoelhado, orou: "Jesus, eu quero que Tu perdoes os meus pecados. Eu quero dar-te a minha vida."

Esta decisão acompanhou-o. Quando se tornou adulto, enfrentou a pobreza, a hostilidade, o sofrimento e a fome para levar esse Jesus às crianças dos guetos de Nova Iorque. O sucesso do seu projecto evangelístico para crianças engloba a evangelização de 22 000 crianças por semana, com 22 000 visitas semanais aos seus lares, onde trabalham mais de 100 pessoas a tempo completo e cerca de 350 voluntários.

Esta história ultrapassou as fronteiras de Brooklyn e Harlem e espalhou-se pelo mundo inteiro. Contagiou milhares de adultos que, em todos os continentes, estão a evangelizar as crianças, entre as mais desfavorecidas.

É importante que pensemos que, hoje mesmo, há outra criança sentada num bloco de betão, esperando que alguém supra as suas necessidades de carinho, orientação, estímulo e valorização. Não precisa de fazer nenhuma viagem para a procurar. Ela encontra-se por perto. Na sua família, na sua igreja, na sua vizinhança, ou noutro lugar qualquer.

Sente que pode ser tocado por Deus para cumprir essa missão específica?


Vi na história de Bill Wilson, como por espelho, a vida de Cristo, que foi de negação própria e de sacrifício, tomando o partido dos oprimidos.

Estamos a olhar nessa direcção ou numa outra totalmente oposta?

Que hoje a sua relação com Jesus se faça face a face e não costas com costas!


Amélia Nóbrega





SE TODAS AS GENTES DESSEM AS MÃOS...


Pessoalmente não posso fazer feliz
Toda a humanidade.
São biliões de seres, de pessoas,
De almas aflitas e apáticas
Que em mil línguas e dialectos
Trazem à mente a tragédia da minha limitação.

Habitam o cume dos montes,
O fundo do abismo,
São isoladas ilhas no mar da vida,
Onde só se chega pela estreita ponte da renúncia,
Pelo incómodo barco da tolerância
Para com as fraquezas do próximo.

Mas, atravessando a ponte,
Tomando o barco,
Ou usando cordas de boa vontade,
Posso levar felicidade
Àquele que está perto de mim.
Basta às vezes, um alegre bom-dia,
Um sorriso amigo,
Um elogio sincero.

Pessoalmente não posso fazer feliz
Toda a humanidade.
Mas com a ajuda do Senhor,
Posso estender a mão
Ao que está à minha beira,
E passar-lhe um pouco da felicidade
Que me enche o coração.

Bastará que o gesto seja imitado
Para que a felicidade passe adiante,
A corrente se estabeleça ao redor da terra
Fazendo o fim das guerras,
Dos preconceitos de raça,
Das divisões em castas, línguas e religiões.

Até, estou certa, seria possível,
Quais crianças felizes,


«Brincar de roda em volta do mundo
Se todas as gentes se dessem as mãos.»


Myrtes Mathias