sexta-feira, 25 de março de 2016

CRISTO
Nosso Perfeito
C A M I N H O
A Base da Certeza Cristã



Não basta ter um modelo absolutamente perfeito. Não basta ter uma vida aceitável e sem pecado. Tem de haver, em adição a isto, uma maneira de purificar e tornar aceitáveis os caracteres de seres caídos. Temos de ser, como diz Ellen White, "liberto(s) da poluição, assim como da maldição e condenação da lei". (Mensagens Selectas, livro 1, p. 395.)
Nós somos opostos, por natureza, àquilo que Deus é e a quem é Deus. Nós estamos perdidos. E, de nós mesmos, não possuímos nem o desejo nem a capacidade de mudar. Todavia, Cristo, o nosso perfeito modelo e sacrifício, ordena-nos: "Sede santos, porque Eu sou santo" (I Pedro 1:16). Desenvolvendo este pensamento, Ellen G. White escreve: "O evangelho do Novo Testamento não são as normas do Velho Testamento colocadas a um nível mais acessível de modo a irem ao encontro do pecador e a salvá-lo nos seus pecados ... (Deus) exige, agora como sempre, uma justiça perfeita como único título para o céu." (Review and Herald, 21 de Setembro de 1886). Mesmo no nosso melhor, nós não somos perfeitamente justos. Somos, quando muito, relativamente perfeitos - e isso admite alturas ainda por conquistar, elementos do eu ainda por subjugar.

O Nada Neutro

A distância entre o nosso "relativo" e o "absoluto" de Deus não é um espaço em branco - páginas limpas em que a natureza ainda não escreveu nada. O que nos separa de Deus não é um nada neutro. A distância entre o nosso relativo e o absoluto de Deus é egoísmo, orgulho, incapacidade de julgar, intemperança e aquele lado de nós mesmos que Deus nos revela, quando crescemos em graça.

Como Podemos Então Ser Salvos?
Por que processo é que nós, seres humanos - incapazes, pela própria natureza do nosso ser, de progredir no crescimento em direcção à justiça "perfeita" ou "absoluta" - podemos ser considerados aceitáveis? Haverá um bálsamo adequado para a nossa enfermidade? Haverá saída para o nosso dilema?
Sim, e o caminho é óbvio. João viu os remidos no céu. Viu os descendentes de Adão e Eva, uma multidão que ninguém podia contar. Viu-os com palmas nas suas mãos, acenando em alegre aclamação. Ouviu-os cantando o cântico de Moisés e do Cordeiro. E Ellen G. White viu os dois Adãos encontrando-se. Presenciou o primeiro Adão a lançar a sua coroa aos pés do Segundo Adão (Jesus). E viu os descendentes de Adão espalhados pelos ricos campos da Nova Terra.

Mas Como O Conseguimos?
Através de que meios, somos nós, para quem a justificação é uma experiência que nunca tem fim (ver Mensagens Selectas, livro 1, pp. 373, 374), preparados para a vida em lugares tais como estes? O que é que Deus faz com as fraquezas e deficiências dos santos - com a diferença entre o nosso relativo e o Seu absoluto?
Jesus responde de modo claro e absolutamente final quando declara
:
"EU SOU O CAMINHO" (João 14:6). E o nosso irmão Paulo ecoa em profunda confirmação com estas palavras, ao dizer: "ESTAIS COMPLETOS N'ELE" (Colossences 2:10). O simbolismo utilizado aqui por Paulo (a completude) patenteia, tal como qualquer outro, o processo ou caminho através do qual Cristo completa a nossa aceitabilidade.
O pecado é ruptura, separação, redução e diminuição do estatuto que originalmente nos foi outorgado. Em razão da Queda, nós ficámos incompletos e incapazes. A completude espiritual pode ser nossa outra vez, mas através de Cristo - somos completos n'Ele. Quando Paulo assim fala, ele não diz que Jesus termina o que nós começámos - que depois de termos feito o nosso melhor, Jesus faz o resto, ou que a justificação é uma combinação de mérito humano e divino, uma parte humana e outra parte divina (e nem sequer, uma leve parte humana e uma grande parte divina).
O que Paulo diz é o que Lutero viu ao arrastar-se pela escada de Pilatos; o que Jones, Waggoner e White tentaram tão corajosamente ensinar-nos há 100 anos: Que a nossa salvação - QUE TUDO! - vem de Cristo.

O PROCESSO DA SALVAÇÃO


Como Assim? Vejamos:

- Em primeiro lugar, Cristo inicia o processo da salvação chamando-nos através do Espírito Santo.
- Antes de ouvirmos, de sabermos, ou de estarmos interessados, Cristo Está à Porta e Bate - (Apocalipse 3:20).
- A seguir, depois de ter obtido a nossa atenção, Ele vivifica-nos - (João 6:63).
E fá-lo de dois modos:
- Primeiro, Ele coloca a semente da fé dentro de nós - (Romanos 10:17).
- A seguir, Ele dá-nos a vontade para responder ao Seu chamado - (I Pedro 1:23).
- Ao nos rendermos, Ele concede-nos o poder de arrependimento - (Romanos 2:4).
- Ao nos arrependermos, Ele recorre ao sangue (de Cristo) que justifica - (Romanos 3:24).
- A seguir, ao nos justificar, faz a Sua morada nos nossos corações - (Romanos 8:9, 10).
- E ao habitar em nós, Ele completa o processo da nossa adopção na família celestial - (Gálatas 4:7).
- E, tendo-nos adoptado, dá-nos o alimento da Sua Palavra, a qual gera em nós o fruto da justiça - (João 15:4).
- Então, quando nós erramos, é pela Sua advocacia que somos perdoados - (I João 2:1, 2).

E mesmo que sejamos relativamente perfeitos (porque nenhuma bondade humana é bondade que salve), Ele cobre-nos com as Suas vestes de justiça - a Sua Perfeita Santidade. Noutras palavras: Ele substitui o nosso incompleto e desesperado relativo - pelo Seu imputado absoluto.

Agora, pergunto: Quanto, de tudo isto, é obra nossa? Do chamado à vivificação, à entrega, ao arrependimento, à adopção, à concessão do poder, à santificação, à intercessão, à cobertura dos nossos pecados, O que é que nós fizemos? Tudo Está N'Ele - Ele é o Caminho Perfeito.

É Este O Evangelho Eterno Que Os Apóstolos Pregaram. O Seu Testemunho Foi:

- Ele nos elegeu n'Ele - (Efésios 1:4).
- Nós temos vida n'Ele - (2 Timóteo 1:1).
- Nós temos fé n'Ele - (Colossences 1:4).
- O nosso fundamento está n'Ele - (Colossences 2:7).
- Somos edificados n'Ele - (Idem, verso 7).
- Andamos n'Ele - (Idem, verso 6).
- Cremos n'Ele - (Efésios 1:3).
- Temos alegria n'Ele - (Filipenses 3:1).
- Temos esperança n'Ele - (I Coríntios 15:19).
- Temos ânimo n'Ele - (Efésios 3:12).
- Temos unidade n'Ele - (João 17:21).
- Somos preservados n'Ele - (Judas 1).
- Somos feitos justos n'Ele - (2 Coríntios 5:21).
- Temos paz n'Ele - (Romanos 5:1).

Não se trata de obras ou poder. Não se trata de leis, conhecimento, título de posse ou posição, números ou consecuções. Toda a salvação se encontra n'Ele! Ele é o Nosso Perfeito Modelo. Ele é o Nosso Perfeito Sacrifício.
Ele é o Nosso Perfeito Caminho.

JESUS É O CAMINHO!

1 - Então, quando pregamos aos nossos amigos agnósticos - aqueles cujo credo mais profundo é uma religião cívica - temos de felicitá-los, sim, pelos seus ardentes empenho e fervorosos esforços para melhorarem a sociedade. Mas temos de dar-lhes a saber que a verdadeira justiça e a paz real só se podem obter no Cristo da cruz. E que Jesus é o Caminho!
2 - Quando pregamos aos nossos amigos filósofos, temos de ser vivos em demonstrar-lhes que todos os outros desígnios morais falharam e que mesmo o melhor da sabedoria humana é inadequado para a transformação do carácter. E que Jesus é o Caminho!
3 - Quando pregamos a religiosos não-Cristãos - Budistas, Muçulmanos, Hindus e outros - devemos felicitá-los pela sinceridade que expressam muitas vezes nas suas devoções, mas temos de fazer-lhes saber que o Cristo do túmulo vazio oferece um caminho diferente, um caminho melhor, um caminho perfeito. Que o que lhes oferecemos é um Deus "connosco". E que Jesus é o caminho!
4 - E quando pregamos nos nossos próprios círculos, temos de tornar bem claro que nenhum esforço ou piedade, que nenhum nível de perfeição humana, é uma perfeição que salve. Que não há nenhum ponto de paragem na nossa subida e que, "enquanto Satanás reinar, teremos de subjugar o próprio eu, teremos assaltos a vencer e não há lugar de paragem, nenhum ponto a que possamos chegar e dizer que atingimos plenamente" (Testimonies, vol. l, p. 340; cf. Testemunhos Selectos, vol. I, p. 114).

E temos de deixar bem claro que, agora - neste preciso momento - na nossa condição tão necessitada de crescimento, somos proclamados justos (Mensagens Selectas, livro 1, p. 394; Romanos 4:3-5). Temos de pregar que esta justificação presente é uma imputação recíproca: os pecados do culpado são imputados n' Aquele que é totalmente perfeito, enquanto a Sua justiça nos é imputada a nós, que somos totalmente culpados. Não é uma troca justa ou merecida, mas é a única salvação possível. E se tivermos a coragem de crer nesta incompreensível magnanimidade, somos completos n'Ele!

Negócio de Alto Risco?

Parece-me ouvir alguém dizer: Como pode ser isso? Como pode a Divindade arriscar tanto em favor da humanidade? Como pode Deus declarar a completude daqueles que ainda estão a caminho, que ainda não alcançaram a perfeição? Como pode declarar como aceitáveis os que por natureza são inaceitáveis? Como pode a Trindade arriscar a Sua reputação em tão ousada graça? A resposta é dupla:

A - Em primeiro lugar, Cristo toma tal atitude porque a fé que Ele vê em nós não é de facto nossa: é Sua. Ele vê a Sua fé em nós e honra essa fé. Ela é nossa na medida em que nós somos os seus veículos, os seus agentes. Mas ela é d'Ele, no sentido em que a nossa fé é realmente um princípio divino que trabalha em nós - é um tesouro celestial em vasos terrenos. Ele sabe que a seu devido tempo a dinâmica da fé cumprirá o seu objectivo. Assim, é uma concessão antecipada que nos é feita. Ele vê-nos como se a Sua fé já tivesse tornado perfeito o seu objecto. Não é realmente a nossa fé n'Ele que torna válida a declaração; é a Sua fé dentro de nós que tem direito à Sua confiança. Não é o nosso segurar-nos a Ele que salva; é o Seu agarrar-nos a nós. "Porque Deus é o que opera em vós, tanto o querer como o efectuar, segundo a Sua boa vontade" (Filipenses 2:13).
B - Em segundo lugar, Deus age com essa confiança porque, em última análise, não é sobre nós que recai o olhar do Pai, mas sobre o Manto da Justiça de Cristo que nos cobre. A admoestação da Testemunha Verdadeira, de Apocalipse 3 - a Laodiceia, de que se vista com vestidos brancos, destina-se a lembrar, não ao mundo mas à igreja, que conquanto as vestes da justiça de Cristo não cubram o pecado acariciado, elas cobrem a nossa carne não santificada - a natureza pecaminosa que teremos até ao dia da nossa transladação (ver Mensagens Selectas, livro 1, p. 373). As Vestes da Justiça de Cristo são, por conseguinte, a nossa Única Esperança de Aceitação - o Único Caminho para passar o elevado teste da santidade perfeita.

A Justiça Pela Fé Pode Ser Ilustrada de Muitas Maneiras:

- Pelo cutelo de Abraão brilhando sobre a carne fremente de Isaque (Génesis 22:10).
- Pela mitra brilhante que era colocada na cabeça do sacerdote - (Êxodo 28:36, 37).
- Pelos vestidos coloridos dos filhos de Aarão - (Idem, verso 4).
- Pelo incenso que era queimado diante do véu - (Êxodo 30:1-8).
- Pelo traje nupcial de Isaías - (Isaías 61:10).
- Pelos vestidos novos e limpos de Josué - (Zacarias 3:1-5).
- Pelo vestido nupcial da parábola das bodas - (Mateus 22:11, 12).
- Pelo vestido que é dado ao filho pródigo - (Lucas 15:22).
- Pela jorna imerecida que é paga aos trabalhadores - (Mateus 20:1-16).
- Pelo azeite das lâmpadas das virgens prudentes - (Mateus 25:4).
- Pelos vestidos brancos à disposição de Laodiceia - (Apocalipse 3:18).
- Pelos trajes celestiais que os remidos vestirão - (Apocalipse 7:9-15).
E, evidentemente, por muitas outras maneiras.

Mas a ilustração mais significativa para o nosso objectivo aqui é A PÉROLA DE GRANDE PREÇO (Mateus 13:45, 46). É de "grande preço" porque Cristo morreu por nós e porque Ele reclama como Sua a vida dos Seus seguidores. Só nos é concedida a posse dessa Pérola quando estamos dispostos a morrer pela sua aquisição. Mas vale a pena! Porque esta Pérola é a nossa garantia de eternidade, o nosso penhor daquele lugar em que os resgatados do Senhor viverão e cantarão com júbilo e "gozo e alegria alcançarão" (Isaías 35:10).

Calvin B. Rock, antigo presidente do Colégio de Oakwood, e vice-presidente da Conferência Geral dos Adventistas do 7º Dia. Texto da Revista Adventista de Agosto/Setembro, 1991. Artigo nº 3 do Tema: CRISTO JUSTIÇA NOSSA.


A LEI E O EVANGELHO

A lei contém o evangelho; o evangelho mantém a lei.
A lei é o evangelho entrevisto; o evangelho é a lei iluminada.
A lei indica a Cristo; o evangelho O contém.
A lei é o evangelho envolvido; o evangelho é a lei desenvolvida.
A lei é o evangelho encoberto; o evangelho é a lei descoberta.
A lei é o evangelho velado; o evangelho é a lei revelada.
A lei é a plenitude do evangelho esboçada; o evangelho é a plenitude da lei retratada.
A lei é o evangelho em seu mínimo; o evangelho é a lei em seu máximo.

Practical Lessons from the Experience of Israel, por F. C. Gilbert, p. 168, 169.


Vídeo do Blog Criacionismo do Pastor Dr Michelson Borges, Editor da Casa Publicadora Brasileira,
Links 1R dos meus blogs.

ELE  VIVE!  EVIDÊNCIAS  DA  RESSURREIÇÃO!