quinta-feira, 25 de abril de 2013

O DEDO DE DEUS ESCREVEU LIBERDADE


REVELAÇÃO DO DESERTO


"E subiu Moisés a Deus, e o Senhor o chamou do monte, dizendo: Assim falarás à casa de Jacob, e anunciarás aos filhos de Israel: Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a Mim; Agora, pois, se, diligentemente ouvirdes a Minha voz, e guardardes o Meu concerto, então sereis a minha propriedade peculiar de entre todos os povos: porque toda a terra é Minha. E vós Me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel." (Êxodo 19:3-6).

Depois de uma jornada longa, dura e poeirenta pelo deserto, chegámos ao sopé do Monte Sinai, a montanha que sentiu as pegadas de Moisés e ouviu a voz de Deus. Foi aqui que Deus, em tons atroadores, disse dez frases que conhecemos como os Dez Mandamentos. A Bíblia foi-nos dada por homens santos de Deus, inspirados pelo Espírito Santo. Mas o próprio Deus escreveu os Dez Mandamentos para mostrar a sua importância, e gravou-os na pedra para mostrar a sua duração. Desde que ouvi pela primeira vez a história da Bíblia, sentado nos joelhos da minha mãe, imaginei como teria sido o deserto. Finalmente, fiz a viagem começando em Goshen, no Egipto, atravessando o Mar Vermelho e viajando pelo deserto da Península do Sinai. A minha imaginação mais vívida não podia imaginar este deserto seco e árido. Insuportavelmente quente durante o dia, um frio penetrante à noite, não admira que Israel tivesse precisado de uma nuvem durante o dia e de uma coluna de fogo à noite.
Ao olhar para os picos irregulares e ao subir a montanha, pensávamos se estaríamos no mesmo local onde Moisés recebera os Dez Mandamentos. Ao olhar lá para baixo, podíamos imaginar a grande multidão dos filhos de Israel acampados no deserto.
Quão importante foi esta mensagem do deserto proclamada por Deus? Muitos dizem que isso é irrelevante para os nossos dias. Outros dizem que foi apenas para os Judeus e que foi abolida na cruz.
Hoje vivemos numa época em que até os Cristãos acreditam que a moralidade é relativa e flexível. As pessoas falam de uma 'nova moralidade'. Um escritor famoso pergunta: "O que é que aconteceu ao pecado?" Poucas pessoas chamam o pecado pelo seu nome. Falamos de delinquência, de tendências psicopáticas, mas não de pecado.

O que é o pecado? Paulo disse: "Mas eu não conheci o pecado senão pela lei." (Romanos 7:7). João diz: "Qualquer que comete pecado, também comete iniquidade, porque o pecado é iniquidade." (1 João 3:4). Tiago diz-nos que a lei é um espelho que nos mostra o pecado. Se se tirar a lei, não haverá pecado. Se não houver pecado, não haverá necessidade de um evangelho.
O homem moderno recusa-se a submeter-se a padrões. A ética da situação diz-nos que tudo é correcto se a situação for a indicada, fazendo-nos chegar a um ponto em que podemos chamar certo ao que está errado se for feito de maneira agradável. Falamos de um 'crime perfeito'. Como é que um crime pode ser perfeito? É como chamar ao cancro uma doença perfeita.
A fidelidade conjugal tem sido fortemente desafiada na nossa geração. Falamos de relações satélite, que se tornaram aceitáveis nos nossos dias. Relações satélite é apenas uma forma moderna e caprichosa de referirem velho adultério. Mudar o rótulo de uma garrafa não muda o veneno que ela contém. Deus diz: "Não cometerás adultério", e aqueles que afrontam a Sua lei, semeiam ventos e colhem tempestades.
Bertrand Russell estava sempre a meter-se em aventuras amorosas e a promover as virtudes do amor livre. Mas se lermos a sua autobiografia, veremos que o homem que falava tanto de liberdade sexual foi consumido pela angústia, inveja e dor, porque nem ele nem as pessoas com quem ele partilhava as suas aventuras conseguiram enfrentar a dor da infidelidade. Descobriu, tal como muitos outros, que existem certas intimidades que não podem ser partilhadas indiscriminadamente.
Precisamos de um padrão moral. Se não sabemos quantos centímetros tem o metro, é porque perdemos o metro. O tempo não depende da sua opinião ou da minha, ou de quando alguém acerta o relógio. Há um padrão. Se a minha ideia de moralidade for tão boa como a sua, qual delas vencerá? Sem dúvida que será a mais forte, não necessariamente a que está certa. Isto encontra-se ilustrado nestes versos:

O Pálido Ebanezer pensava que era errado lutar.
Mas o Bill Rugidor, que o matou, pensou certo estar.


A Lei de Deus não é flexível. O Dr. Paul Brand, cirurgião missionário, escreve sobre a importância da credibilidade. Diz ele:

Hoje, dentro da igreja, alguns atacam a lei e a doutrina. A ética da situação sugere que o certo e o errado dependem frequentemente da necessidade e do estado de espírito do momento. Apresento apenas este aspecto único da Lei de Deus: - tem de ser CONSISTENTE, como o osso. A confiança assim o requer.

Depois continua a contar uma experiência sobre uma mulher que veio vê-lo trazendo consigo uma lista de queixas que, de acordo com o seu conhecimento e experiência médicos, descrevia um caso típico de gastrite. Depois de um breve exame, disse à senhora qual era o diagnóstico, mas ela olhou para ele com grandes olhos, cheios de medo.
Ele repetiu suavemente: "Sinceramente, não é uma situação grave. Há milhões de pessoas que têm esse problema, com cuidado e tratamento ficará boa." Mas o medo não desapareceu do seu rosto. Rugas de tensão tremiam como se o médico tivesse dito: "A sua doença é terminal."
Ela questionou o médico sobre todos os pontos e ele concordou em fazer-lhe mais testes para confirmar o seu diagnóstico. Quando os resultados chegaram, indicavam claramente que se tratava de uma gastrite. A mulher voltou a outra consulta e o médico podia ver que ela tremia de medo. Usou o seu tom de voz mais reconfortante e falou com autoridade, dizendo: "É perfeitamente claro - não há dúvida - de que tem uma gastrite. A condição é crónica e será preciso que mude de dieta e de tratamento, mas deverá melhorar. Não há qualquer razão para se alarmar."
A mulher fixou os olhos nos do médico, pelo menos durante um minuto, como se estivesse a tentar ver-lhe a alma. O médico conseguiu segurar o olhar, não desviando o seu, com medo de que ela duvidasse dele. Finalmente, a mulher suspirou profundamente e, pela primeira vez, o seu rosto descontraiu-se. Respirou fundo e disse: "Bem, muito obrigado. Eu tinha quase a certeza de que tinha cancro. Tinha de ouvir o diagnóstico da boca de alguém em quem eu pudesse confiar, e acho que posso confiar em si."

Depois, contou ao médico a história da mãe, que tinha sofrido de uma doença muito prolongada e dolorosa. "Numa noite difícil, o médico de família veio a nossa casa quando a minha mãe gemia e pressionava o estômago com as mãos. Tinha febre e era óbvio que estava em sofrimento. Quando o médico chegou, a mãe disse: 'Doutor, é verdade que vou ficar melhor? Sinto-me tão doente e tenho perdido tanto peso... Acho que estou a morrer.'
"O médico pôs a mão no ombro da minha mãe, olhou para ela de uma forma carinhosa e respondeu: 'Sei como se sente. Dói muito, não é? Mas esta é fácil de resolver - é apenas uma gastrite. Se tomar este medicamento durante mais algum tempo, com estes calmantes, em breve poderá levantar-se. Sentir-se-á muito melhor dentro de pouco tempo. Não se preocupe. Confie em mim.' A minha mãe sorriu e agradeceu-lhe. Fiquei impressionada com a bondade do médico.
"No corredor, sem que ela pudesse ouvir, o médico virou-se para mim e disse gravemente: 'Temo que a sua mãe não durará mais do que um dia ou dois. Tem cancro no estômago em estado avançado. Se a mantivermos calma, ela provavelmente morrerá em paz. Há alguém a quem deva comunicar?'
"Interrompi-o a meio da frase. 'Mas doutor! O senhor disse-lhe que estava melhor!'"

Esta mulher, agora, ela própria uma paciente de meia idade, tinha ido primeiro ao mesmo médico de família queixar-se de dores no estômago. Ele tinha-lhe posto a mão no ombro e dito gentilmente: "Não se preocupe. É apenas uma gastrite. Tome este medicamento e em breve se sentirá melhor." Sorriu da mesma forma paternal como tinha feito com a mãe dela. A mulher fugiu do consultório em lágrimas e jurou nunca mais voltar a vê-lo!
Ao comentar esta experiência, o Dr. Brand disse:

"Quando as pessoas se queixam sobre as leis rígidas e inflexíveis de Deus, eu penso na mulher. O médico de família tinha apagado toda a possibilidade de a ajudar por causa da sua atitude flexível para com a verdade. Só uma coisa podia aliviar a sua ansiedade e desespero: a confiança em alguém que acreditava na verdade que não podia ser torcida e dobrada.
"Virão ocasiões em que ser falso será mais conveniente ou menos ofensivo. Mas o respeito pela verdade não pode ser usado e depois tirado, por acaso, como um casaco; não pode ser contraído e descontraído como um músculo. Ou é rígido e se pode confiar nele, como um osso saudável, ou então é inútil."

O Diabo odeia pessoas que defendem o que é correcto. No capítulo 12 de Apocalipse temos uma profecia sobre a verdadeira igreja de Deus. A igreja é representada como uma mulher. Ela passa por um período de perseguição e provação, mas há um remanescente que surge vitoriosamente.

"E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo." (Apocalipse 12:17)

A Bíblia conta as tentativas sinceras que o mundo antediluviano fez para invalidar a lei de Deus. Puseram de parte a Sua autoridade porque interferia com os seus planos. E a Palavra de Deus prediz que: "E, como foi nos dias de Noé assim será, também, a vinda do Filho do homem." (Mateus 24:37). Neste tempo de iniquidade predominante, a última grande crise está às portas. Quando o desafio à lei de Deus for mais do que universal, quando o Seu povo for oprimido e afligido pelos homens, o senhor intervirá.
Cada vez mais, à medida que os dias vão passando, torna-se claro que os julgamentos de Deus estão sobre o mundo. Nos incêndios, cheias, terramotos, violência, guerra e derramamento de sangue, Deus está a avisar os habitantes desta terra que a Sua vinda está próxima.
Há já algum tempo que a Igreja Cristã tem preparado um programa para destruir a lei de Deus. Tal como nos tempos do Velho Testamento, tentaram banir os Dez Mandamentos, destruir os padrões morais de Deus e fazer valer aquilo que chamam 'nova moralidade'. É por isso que não se pode andar à noite nas ruas das nossas cidades em segurança. Esquecemos as palavras do Salmista quando ele disse:

"Muita paz têm os que amam a Tua lei, e para eles não há tropeço." (Salmo 119:165)

Há alguns anos, alguém assistiu à programação da T.V. numa área Metropolitana da América do Norte durante uma semana, de Segunda a Sexta, das 16 às 21 horas, a uma hora em que as crianças estariam normalmente a ver.
Durante essa semana, contabilizou 12 homicídios, 16 grandes lutas, 21 pessoas alvejadas, 21 incidentes violentos com armas, 37 lutas corpo a corpo, uma tentativa de homicídio com um ancinho, 2 estrangulamentos, um esfaqueamento nas costas com uma faca de cortar carne, 3 tentativas de suicídio com sucesso e 1 sem sucesso, 4 pessoas que caíram ou foram empurradas de penhascos, 2 carros que caíram de um penhasco, 2 tentativas de atropelamento, um psicopata enlouquecido dentro de um avião, 2 cenas de multidões, 1 em que um homem foi enforcado, 1 homem esmagado pelos cascos de um cavalo, 2 assaltos, 1 mulher morta por ter caído de um comboio, 1 onda gigantesca, 1 tremor de terra, 1 assassino cruel perseguindo a sua vítima, e 1 execução pela guilhotina. Esta foi a dieta de uma semana. Para muitos pais, a televisão é uma óptima baby-sitter. Podem sentar os filhos em frente da TV, e deixá-los, sabendo que ficam 'bem' entretidos.
Não é de admirar que Alguém tenha parafraseado uma canção infantil nestas palavras:
Canta uma canção da TV para os pequeninos verem
Vinte e quatro cadastrados, suas armas a esconderem.
Quando esta cena acabar os maus já não existem.
Não foi este um bom programa para as crianças dormirem?
A Bíblia avisou-nos da vinda de um tempo de violência e eis que a vemos à nossa volta.

QUANDO ADÃO E EVA PECARAM, NO JARDIM DO ÉDEN, DEUS VEIO VISITÁ-LOS.

"Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais. E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e escondeu-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim. E fez o Senhor Deus a Adão e a sua mulher túnicas de peles, e os vestiu." (Génesis 3:7-8, 21)

Este foi o princípio do sistema cerimonial dos sacrifícios. Esta foi também a primeira morte no Universo. Um pequeno cordeiro que deveria ter estado no campo a brincar com os outros teve de morrer para que Adão e Eva pudessem ser vestidos. Eles tiveram de ver este cordeirinho inocente derramar o seu sangue por eles. O cordeiro representava Jesus.
Séculos mais tarde, João Baptista, ao ver Jesus aproximar-se, gritou: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." (João 1:29).
Durante o período de tempo do Velho Testamento, as pessoas traziam cordeiros para serem sacrificados no altar. Estes cordeiros não apagavam os pecados. Simplesmente apontavam para Jesus que viria um dia e morreria por eles.
Quando Jesus morreu na cruz, o véu do templo rasgou-se, para mostrar que o sistema de sacrifícios tinha chegado ao fim. Nunca mais seria necessário matar cordeiros.
Paulo diz que estas leis cerimoniais foram abolidas.

"Havendo riscado a cédula que era contra nós, nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz." (Colossenses 2:14)

Alguma coisa mudou ali. O que foi pregado na cruz? Foram os Dez Mandamentos? A salvação mudou? Não.
A salvação é a mesma, tanto no Novo Testamento como no Velho. Prevalece a ideia de que existem dois caminhos para a salvação, um no Velho Testamento e outro no Novo, um para os Judeus e outro para os Gentios.
Os pastores podem dizer que no Velho Testamento os homens eram salvos por guardarem a lei, e no Novo Testamento somos salvos pela graça. É verdade que no Novo Testamento somos salvos pela graça de Deus e pela nossa fé. Mas no Velho Testamento, as pessoas não eram salvas pela lei. Esta não podia salvar. Se pudesse, a morte de Jesus teria sido um sacrifício desnecessário. Os santos do Velho Testamento foram salvos pela fé no Salvador que havia de chegar, e demonstravam essa fé nos sacrifícios que faziam. Quando Jesus disse: "Eu sou a porta", Ele quis dizer que só através da porta - Ele - é que se encontrará a salvação. Não há outro caminho!

Pois que diz a Escritura? Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado por justiça. Assim, também, David declara bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça, sem as obras." (Romanos 4:3, 6)

As personagens do Velho Testamento foram salvas pela graça através da fé, sem obras.
Será que Deus tem um método de salvação para os Judeus que difere da forma como os Gentios são salvos? Eis o que a Bíblia diz acerca disso:

Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há masculino nem feminino; porque todos vós sois um, em Cristo Jesus." (Gálatas 3:28)

Algo mudou quando Jesus morreu. De novo, perguntamos: "Os Dez Mandamentos foram pregados na cruz?" Se foram, então os mandamentos que dizem "Não furtarás" e "Não matarás" também foram pregados na cruz. Porque é que Deus aboliria mandamentos como esses?
A velha aliança foi substituída pela nova. Qual é a diferença entre as duas? Vamos ver o que a Bíblia diz sobre a primeira:

"Ora, também, o primeiro tinha ordenanças de culto divino, e um santuário terrestre. Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o condeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o santuário." (Hebreus 9:1-2)

Temos aqui uma descrição do santuário do Velho Testamento onde os sacrifícios eram oferecidos. A Bíblia chama a estas coisas 'uma sombra das coisas que estão para vir'. Falando da nova aliança, leiamos:

"Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas pelo Seu próprio sangue, ..." (Hebreus 9:11-12)

A diferença entre a velha aliança e a nova aliança reside no facto de que na velha, o sangue dos animais era usado para representar o Salvador que havia de vir. No Velho Testamento, os cordeiros morreram pelo pastor. No Novo Testamento, o pastor morreu pelas ovelhas.
O que aconteceu com a lei?

"Porque este é o concerto que, depois daqueles dias, farei com a casa de Israel, diz o Senhor: Porei as Minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; e Eu lhes serei por Deus, e eles Me serão por povo." (Hebreus 8:10)

A nova aliança não é destituída de lei. Sob ela, os mandamentos não estão agora escritos em tábuas de pedra, mas como a Bíblia diz, nas tábuas de carne do coração. Sob a nova aliança, os Cristãos obedecem, não porque têm de fazê-lo, mas porque querem fazê-lo.

JESUS NÃO VEIO ABOLIR OS DEZ MANDAMENTOS. ELE DISSE:

"Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar mas cumprir. Porque, em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mais pequenos mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar, será chamado grande no reino dos céus. (Mateus 5:17-19)

Paulo diz que somos salvos pela graça, não pela lei. Ele esclarece o assunto rapidamente, perguntando: "Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei." (Romanos 3:31). Ele diz:

"Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum; mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás." (Romanos 7:7)

Qual é a definição bíblica de pecado?

"Qualquer que comete pecado, também comete iniquidade, porque o pecado é iniquidade." (I João 3:4)

Jesus nunca encorajou ninguém a pecar. As Suas palavras para uma mulher acusada de adultério, foram: "Vai e não peques mais." A lei não tira a nossa liberdade, ao contrário do que algumas pessoas parecem pensar.
Um pai pediu ao seu filhinho que o ajudasse a plantar uma árvore. Na noite a seguir, houve uma tempestade e o menino saiu para ver a árvore. Tinha sido arrancada. "Papá," chamou, "a árvore está a dormir."
"As árvores não dormem," respondeu o pai.
"Vem ver," disse o menino. Ao ver a árvore deitada no chão, o pai disse: "Ajudá-la-emos a acordar!"
Colocou talas à volta da árvore e amarrou-a.
A árvore está agora na prisão," disse o menino. "Tem grades à volta."
"Não," disse o pai, "agora é que a árvore está realmente livre. Está protegida das tempestades e livre para crescer e tornar-se uma árvore forte e saudável."

Aqueles que não compreendem o papel da lei são como a senhora que estava a ver um jogo de ténis pela primeira vez. Ouviram-na dizer: "Porque é que não tiram a rede? Ela está sempre a atrapalhar o jogo!"
Se a lei não salva, para que precisamos dela? Tiago dá-nos a resposta a esta pergunta:

"Ponham a Palavra de Deus em prática e não se contentem com ouvi-la, porque desse modo enganam-se a vocês mesmos. Aquele que se contenta com ouvir e não põe em prática a palavra é como alguém que se vai ver ao espelho. Vê a sua cara, mas, mal se volta, esquece-se logo de como era. Pelo contrário, aquele que presta atenção à verdadeira lei, a lei da liberdade, e que continua a fazer caso dela, não é como um simples ouvinte, que se esquece logo. É um homem de acção. E assim é que ele encontrará a felicidade." (Tiago 1:22-25, Tradução Interconfessinal em Português Corrente).

Olhe para um espelho. O espelho não lhe limpa o rosto, não importa quão bom ou caro ele seja. O que ele faz é mostrar-lhe as manchas que precisam de ser limpas. São o sabão e a água que o limpam. A lei não tira o pecado. Simplesmente lhe mostra o pecado. É o sangue de Jesus, vertido na cruz, que limpa o pecado.
Não guardamos a lei para que sejamos salvos. Guardamo-la porque estamos salvos. Jesus disse: "Se Me amardes, guardareis os Meus mandamentos." (João 14:15) Ele também disse: "Aquele que diz: Eu conheço-O, e não guarda os Seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade." (1 João 2:4) Mostramos mais amor a Deus através das nossas acções do que através das nossas palavras.

Um dia, um namorado escreveu uma carta à sua amada. Estava cheia de palavras apaixonadas, cheia de amor. "Amo-te tanto que morreria por ti, estaria disposto a morrer por ti, atravessaria o oceano a nado, só para passar uns minutos contigo, passaria pelos maiores perigos, só para te ver..."
E continuou por ali fora, página após página. Finalmente, a epístola chegou ao fim. Juntou, ainda, um P.S.: "Visitar-te-ei amanhã se não chover."

Quantos cristãos são assim! Amam a Deus desde que não passe das palavras. Mas se significar obediência, é o fim do seu amor.
O livro de Apocalipse diz:

"Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas." (Apocalipse 22:14)
"O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável." (Provérbios 28:9)


UM DIA UM JOVEM VEIO TER COM JESUS E FEZ-LHE UMA PERGUNTA INTERESSANTE:

"E eis que, aproximando-se dele um mancebo, disse-lhe: Bom Mestre, que bem farei, para conseguir a vida eterna? E Ele disse-lhe: Porque Me chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus. Se quiseres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos." (Mateus 19:16-17)

Quando o jovem rico perguntou a Jesus a que mandamentos Ele se referia, Jesus respondeu-lhe citando alguns dos Dez Mandamentos.
Muitos pastores modernos dizem que os Dez Mandamentos foram abolidos e que não fazem parte da vida dos santos do Novo Testamento. Estes ensinos não faziam parte da fé dos nossos pais. Os fundadores das grandes religiões cristãs acreditavam na importância de se guardar os mandamentos. O grande pregador Moody disse:

"Agora, os homens podem argumentar tanto quanto quiserem sobre partes da Bíblia, mas nunca encontrei um homem honesto que encontrasse falhas nos Dez Mandamentos. Os infiéis poderão escarnecer do Doador da Lei e rejeitar Aquele que nos livrou da maldição da lei, mas não podem deixar de admitir que os mandamentos estão certos. Renan disse que eles são para todas as nações, e continuarão a ser os mandamentos de Deus por todos os séculos." (D.L. Moody, Sobre os Dez Mandamentos, "On the Ten Commandments", pág. 11).

"Os mandamentos de Deus dados a Moisés no Monte em Horeb são tão obrigatórios hoje como eram no tempo em que foram proclamados aos ouvidos do povo. Os Judeus diziam que a lei não fora dada na Palestina que pertencia a Israel, mas sim no deserto, porque a lei fora dada para todas as nações." (Idem, pág. 15)


Os grandes líderes da nossa fé compreenderam sempre a verdade sobre os Dez Mandamentos de Deus. John Wesley, o grande líder Metodista disse:

"A escrita que estava contra nós nas suas ordenanças, o Senhor retirou-a, pregando-a na cruz. Mas os Dez Mandamentos, Ele nunca os retirou." (Sermões em Diversas Ocasiões, sermão XXV)

João Calvino, o fundador do Presbiterianismo disse:

Não podíamos imaginar que a vinda de Cristo nos libertasse da autoridade da lei, porque é a regra eterna de uma vida sagrada, e tem que ser tão eterna como a justiça do próprio Deus. (Comentário sobre a Harmonia dos Evangelhos, Volume 1, pág. 277)

O Manual Baptista diz:

"Acreditamos que a lei moral de Deus é a regra eterna do Seu governo moral.

Eu agradeço a Deus o facto de Ele não mudar. O Salmo 89:34 diz: "Não quebrarei o Meu concerto, não alterarei o que saiu dos Meus lábios."

Jesus Cristo é o mesmo "ontem, hoje e para sempre." (Hebreus 13:8). A Sua salvação não muda.

Entregue-Lhe a Sua Vida e Ele Cuidará de Si. Então, Obedecer-Lhe-á, Não Porque é Forçado Mas Porque Quer Fazê-lo.

Uma das muitas histórias que chegam até nós desde os dias tenebrosos da escravatura nos Estados Unidos, conta-nos como um escravo foi posto à venda.
Um senhor licitava, tentando comprá-lo. O escravo tinha sido maltratado durante muitos anos. Estava amargurado e muito cansado. Virou-se para o senhor e disse: "Não me interessa quanta vai pagar por mim, não trabalharei para si."
O senhor continuou a licitar e, finalmente, conseguiu comprar o escravo. Este, já de idade, amaldiçoava-o e cuspia-lhe na cara. O novo proprietário conduziu-o pela rua. Depois, parou, retirou-lhe as correntes e deu-lhe a sua carta de alforria.
- Poderás ir. Estás livre. Comprei-te para te libertar - disse.
Então, o senhor virou-se e foi-se embora pela rua abaixo, deixando o escravo boquiaberto.
Depois de pensar alguns instantes, o escravo correu atrás dele, dizendo:
- O senhor comprou-me para me libertar? Oh! Amo-o por isso e quero servi-lo. Servi-lo-ei para sempre.

O que fez esta mudança?

Eu quero servir e obedecer ao meu Salvador, não porque seja forçado a fazê-lo para ganhar a salvação, mas porque O amo. É esse o motivo da verdadeira obediência aos Seus Mandamentos.
Que Deus abençoe cada um de nós na nossa lealdade para com Ele. É uma experiência abençoada a de servi-l'O com todo o amor dos nossos corações. As palavras desta canção são o testemunho do Cristão que, com o Salmista, pode dizer:
"Deleito-me em fazer a Tua vontade, ó Deus meu;
sim, a Tua lei está dentro do meu coração." (Salmo 40:8)


Desde que comecei a caminhada para o reino,
Desde que Ele controla a minha vida,
Desde que dei o meu coração a Jesus,
Quanto mais O sirvo mais doce Ele Se torna.

Cada necessidade Ele provê, imensa graça Ele concede.
Cada dia o caminho fica mais brilhante,
Quanto mais O sirvo, mais doce Ele Se torna.

Quanto mais O sirvo mais doce Ele Se torna,
Quanto mais O amo mais amor Ele concede.
Cada dia é como o céu, o meu coração transborda!
Quanto mais O sirvo mais doce Ele Se torna.

Henry Feyerabend, (1931 - 2006) foi um canadense Adventista do Sétimo Dia, evangelista, cantor e autor, que é mais conhecido no Canadá pelo seu trabalho no Programa Está Escrito, e no Brasil como cantor do Grupo Arautos do Rei. Texto extraído do seu livro Tantas Religiões! Porquê?

OBEDECER É MELHOR



"Com que me apresentarei ao Senhor, e me inclinarei diante do Deus altíssimo? Apresentar-me-ei diante d'Ele com holocaustos, com bezerros de um ano? Agradar-se-á o Senhor de milhares de carneiros, ou de dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogénito pela minha transgressão, o fruto do meu ventre pelo pecado da minha alma?
Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, ames a benignidade, e andes humildemente com o teu Deus?" Miqueias 6:6-8.

"Andar humildemente diante de Deus é o mesmo que se submeter a Ele, ou obedecer à Sua palavra, (...) aos preceitos que fundamentam a fé cristã."


OS DEZ MANDAMENTOS

"Deus pronunciou depois as seguintes palavras:
Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fez sair do Egipto, da terra da escravidão.


1º - Não tenhas outros deuses, além de Mim.

2º - Não faças para ti imagens esculpidas representando o que há no céu, na terra e nas águas debaixo da terra. Não te inclines diante de nenhuma imagem, nem lhes prestes culto, porque eu, o Senhor, teu Deus, não tolero que tenham outros deuses e castigo a maldade daqueles que me ofendem até à terceira e à quarta geração dos seus descendentes. Mas trato com amor, até à milésima geração, aqueles que Me amam e cumprem os Meus mandamentos.

3º - Não faças mau uso do nome do Senhor, teu Deus, porque Ele não deixará sem castigo os que fizerem mau uso do Seu nome.

4º - Recorda-te do dia de sábado, para o consagrares ao Senhor. Podes trabalhar durante seis dias, para fazeres tudo o que quiseres. Mas o sétimo dia é dia de descanso, consagrado ao Senhor, teu Deus. Nesse dia, não faças trabalho nenhum, nem tu nem os teus filhos nem os teus servos nem os teus animais nem o estrangeiro que viver na tua terra. Porque, durante os seis dias, o Senhor fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles, mas descansou no sétimo dia. Por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e declarou que aquele dia era sagrado.

5º - Respeita o teu pai e a tua mãe, para que vivas muitos anos na terra, que o Senhor, teu Deus, te vai dar.

6º - Não mates.

7º - Não cometas adultério.

8º - Não roubes.

9º - Não faças uma acusação falsa contra ninguém.

10º - Não cobices a casa do teu semelhante, não cobices a sua mulher nem os seus escravos nem o seu gado, nem os seus jumentos nem coisa nenhuma do que lhe pertence." Êxodo 20:1-17.



"Ponham de lado toda a desonestidade e qualquer resto de maldade e recebam com humildade a semente da Palavra de Deus, que tem poder para vos salvar a vida. Ponham a Palavra de Deus em prática e não se contentem com ouvi-la, porque desse modo enganam-se a vocês mesmos. Aquele que se contenta com ouvir e não põe em prática a palavra é como alguém que se vai ver ao espelho. Vê a sua cara, mas, mal se volta, esquece-se logo de como era.
Pelo contrário, aquele que presta atenção à verdadeira lei, a Lei da Liberdade, e que continua a fazer caso dela, não é como um comum simples ouvinte, que se esquece logo. É um homem de acção. E assim é que ele encontrará a felicidade."

Tiago 1:21-25