sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A BÍBLIA

UM LIVRO EXCEPCIONAL



Poderemos continuar a confiar na Bíblia?
Descobriremos, neste artigo, factos surpreendentes
que reafirmam a sua autenticidade histórica
e o seu valor para solucionar os problemas dos seres humanos.

Podemos dizer, sem receio de nos enganarmos, que a Bíblia detém o record de vendas de livros de todos os tempos. A sua grande importância radica-se no facto de não ser um livro como tantos outros.

A Bíblia constitui uma das provas mais evidentes da existência de Deus e do Seu amor por nós. A grande diferença que existe entre a Bíblia e outro livro qualquer é indicada por S. Paulo na seguinte declaração: “Toda a Escritura é divinamente inspirada…” - II Timóteo 3:16.

A Bíblia abrange desde a mais remota época patriarcal até ao pleno apogeu do Império Romano. Civilizações e povos bem conhecidos, como os Egípcios, Assírios, Caldeus, Persas, Gregos e Romanos, aparecem ao longo das suas páginas que abarcam dezasseis séculos de história.

Desde o primeiro autor bíblico, Moisés (século XV a. C.), até ao apóstolo S. João (cerca do ano 100 d. C.), a Bíblia foi escrita por uns 40 autores. Estes escritores sagrados, com quem Deus Se comunicava, viveram em lugares diferentes e afastados uns dos outros. Foram patriarcas, reis, estadistas, filósofos, profissionais, sacerdotes, profetas, etc., todos eles falaram em nome de Deus, inspirados pelo Espírito Santo. - Hebreus 1:11; II Pedro 1:21.


A AUTENTICIDADE DA BÍBLIA


Para alguns historiadores do século passado, toda a Bíblia era um simples colecção de relatos fantásticos que não correspondiam à realidade, pois, segundo eles, mencionava cidades, lugares e acontecimentos que só haviam existido na mente sonhadora dos seus autores.

No entanto, as constantes descobertas arqueológicas que se têm feito desde o século passado até hoje no Próximo Oriente, assim como no Médio, nunca desmentiram a Bíblia, antes confirmaram muitas informações de que duvidavam, quando não eram rotuladas de completamente falsas.

O mundialmente considerado arqueólogo William F. Allbright afirma que "todos os dados históricos da Bíblia são exactos ao ponto de superar as ideias de qualquer dos críticos modernos que têm sido induzidos em erro por uma hipercrítica." 1

O racionalismo como método de investigação filosófica tentou, no século passado, pôr em causa a inspiração das Sagradas Escrituras. A corrente de ateísmo surgida do desenvolvimento das hipóteses evolucionistas tentou eliminar do texto bíblico tudo o que fosse surpreendente e sobrenatural. Cedeu-se nessa época à tentação de dar maior crédito às investigações dos sábios do que às declarações da Bíblia. A religião foi posta sob interdição.

Quando, porém, tudo parecia estar contra a Sagrada Escritura, quando os próprios crentes se intimidavam ou se tornavam cépticos, a arqueologia surpreendia o mundo com as suas descobertas. O Senhor Jesus Cristo já o havia predito:

"Se estes se calarem, as pedras clamarão." S. Lucas 19:40. E as pedras clamaram…


APARECE A CIDADE PERDIDA


Em 1833, Paul Émile Botta, agente consular francês em Mossul, reparou numas colinas misteriosas que se erguiam nas planícies da Mesopotâmia. Mandou um empregado seu explorá-las e este voltou, passada uma semana, com surpreendentes notícias.

Relatou que mal começara a escavar o cimo quando se deparou com umas ruínas onde apareciam misteriosas inscrições, baixos-relevos, animais fabulosos…

Botta mudou-se imediatamente para o local. Poucas horas depois entrava por um buraco no solo e extasiava-se a contemplar as figuras de homens barbudos, quadrúpedes alados e imagens que ultrapassavam tudo quanto tinha podido imaginar.

Acabava de descobrir o primeiro palácio assírio. Não se tratava apenas de uma notícia sensacional mas também de uma novidade científica da maior importância.

Pensara-se, até aquele momento, que o berço da civilização havia sido o Egipto. Da Mesopotâmia, o país entre os rios Tigre e Eufrates, dos Assírios, só a Bíblia falava.

Por isso a descoberta de Botta significava a confirmação histórica de que, tal como a Bíblia indica, havia florescido na Mesopotâmia uma civilização pelo menos tão antiga como a Egípcia, ou talvez ainda mais. Muitas daquelas esculturas encontradas por Botta estão agora expostas no Museu do Louvre, em Paris.

A nação dos Assírios, que a Bíblia descreve com precisão, saía assim da noite dos tempos. Mais uma vez, o texto bíblico tinha razão; a sua exactidão histórica tornara-se incontestável. 2

ESTAVA ESCRITO NA BÍBLIA


Várias localizações arqueológicas puderam ser exploradas e identificadas graças a indicações precisas fornecidas pela Bíblia. Detalhes históricos que eram tidos como fantásticos, foram finalmente reconhecidos como exactos pelos historiadores contemporâneos graças às escavações efectuadas partir das indicações do texto. Por exemplo o tanque de Betesda, onde Jesus curou o paralítico, como é referido no capítulo 5 de S. João.

Durante muito tempo permaneceu a pergunta acerca do aspecto que poderia apresentar uma piscina que tinha um pórtico com 5 arcos, tal como é descrita no evangelho. A arqueologia deu uma resposta satisfatória: a piscina era pentagonal, e cada lado do pentágono tinha o seu pórtico. O detalhe bíblico era estranho apenas por desconhecimento da realidade.

Segundo a Bíblia, Tera, pai de Abraão, saiu um dia da cidade de Ur dos Caldeus, cerca de mil anos antes de Cristo. A Bíblia indica-nos a rota seguida por toda a família desde Ur até Haran. Também nos diz que os pais de Abraão eram politeístas idólatras. Não deixa de causar surpresa, pois Abraão é chamado pai dos crentes. Por tal razão, durante muito tempo este relato foi aceite como lendário e os seus personagens como míticos.

A arqueologia permitiu ressuscitar a vida daquela época. Ela revela-nos a existência de santuários de deuses pagãos desde Ur até Haran. Outra revelação é a existência de muitas tribos ou clãs familiares, cujos nomes são muito parecidos com os dos personagens bíblicos, de onde se deduz que aqueles personagens, existiram na realidade. De tal modo que, os melhores arqueólogos, como por exemplo André Parrot, pensam que as migrações patriarcais entre Ur e Haran existiram de facto. Aquilo que era antes referido como uma lenda, desfruta, graças à arqueologia, de sólido apoio.


Que livro tão excepcional é a Bíblia!
Que pena que a tenhamos tantas vezes nas nossas casas
sem lhe prestarmos atenção!




O poço de Abraão, situado em Berseba, ao sul de Israel. A arqueologia demonstrou que todo o ambiente cultural em que se desenvolve a vida de Abraão, pai das grandes religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islão), que viveu há cerca de 4 000 anos, é o que a Bíblia nos apresenta.







Numerosos locais arqueológicos puderam ser identificados e explorados graças às indicações precisas fornecidas pela Bíblia. Na fotografia vemos o que resta do pavimento de uma rua, perto do Templo de Jerusalém, que data do tempo de Jesus. As escavações arqueológicas descobriram esta rua 15 metros abaixo do nível da cidade actual.

CONCLUSÃO


Podemos confiar plenamente nos relatos e conselhos de um livro que, como dizíamos no princípio deste artigo, foi inspirado por Deus. Os factos objectivos das investigações históricas assim no-lo demonstram.

"Actualmente, nos manuais de história antiga, admite-se que a Bíblia é um bom testemunho de civilizações que já desapareceram. Reconhece-se-lhe uma precisão que anteriormente lhe era negada." 3

Contudo, acima da veracidade dos relatos bíblicos, o leitor não deve ignorar que a Bíblia é um livro transcendente, que, além de nos falar das origens dos Céus, da Terra e da nossa espécie, a Bíblia nos oferece nas suas sagradas páginas, um plano de salvação e de vida eterna para o homem, graças ao grande Autor e Personagem central da Bíblia: o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Ele mesmo disse: “Examinais as Escrituras; e são elas que dão testemunho de Mim.” S. João 5:39.

As Sagradas Escrituras são o testemunho do Filho do homem, do Homem com maiúsculas, Jesus Cristo, e esse testemunho tem sido comprovado pela mais rigorosa ciência histórica.

Mas o mais importante, para cada um de nós, é que nelas se pode encontrar a vida mais plena e feliz, a vida eterna, da qual podemos começar já a gozar, em boa medida, aqui e agora. Para isso basta que nos aproximemos desse cantinho, talvez esquecido, da nossa estante de livros, que peguemos na nossa Bíblia e comecemos a lê-la.



A cruz do Calvário é a mensagem central da Bíblia.


NOTAS E REFERÊNCIAS

1. W. F. Allbright, Arqueologia da Palestina, Garriga, Barcelona, 1962, pág. 233.
2. Ver C. W. Ceram, Dioses, tumbas y sábios, Destino, Barcelona, 1976, págs. 200-203.
3. Jean Flori, Los orígenes, una desmistificación, Safeliz, Madrid, 1983, pág. 19.

Rafael Calonge, Licenciado em História pela Universidade de Valência