domingo, 26 de junho de 2011

PODE-SE SAIR DO HORROR DAS DROGAS?



... Muitos que especulam com drogas, julgam que passado o seu efeito, livrar-se-ão de tudo, 'safando-se' com vida. Mas não é fácil assim. Eis o bilhete de uma jovem guardado pela polícia de Long Beach:

SALMO DO VÍCIO EM HEROÍNA

A rainha Heroína é a minha pastora; nada me faltará.
Ela me faz deitar nas sarjetas,
Guia-me ao lado de águas turvas.
Destrói a minha alma;
Conduz-me pelas veredas da maldade, por amor do meu esforço.

Sim, andarei pelo vale da pobreza, e temerei todo o mal,
Pois tu, Heroína, estás comigo;
Tua agulha e cápsula tentam consolar-me.
Esvazias a minha mesa de alimento na presença da minha família,
Roubas a minha capacidade de raciocinar,
O meu cálice de tristeza transborda.

Certamente o vício da Heroína me acompanhará todos os dias da minha vida,
E habitarei na casa dos execráveis para sempre.

Este 'salmo' dactilografado, foi encontrado numa cabine de telefone pelo oficial Bill Hepler, do Departamento de Polícia de Long Beach.
No verso deste bilhete, que é uma dolorosa adaptação do Salmo 23, havia o seguinte trecho escrito à mão:

"Este é, verdadeiramente, o meu salmo. Sou uma jovem de 20 anos de idade, e no último ano e meio venho perambulando pela rua imunda do pesadelo dos viciados em entorpecentes. Quero abandonar a droga e tento, mas não posso.
A cadeia não me cura. Nem a hospitalização me ajuda por muito tempo.
O médico disse à minha família que teria sido melhor, e na verdade mais misericordioso, se a pessoa que me deu a droga pela primeira vez, tivesse pegado numa arma de fogo e estoirado os meus miolos. Quisera Deus que ela o tivesse feito!"

Dr Cleon Skousen no folheto: O Que Os Jovens Devem Saber Sobre Tóxicos


hhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh


As crises são uma constante na nossa sociedade. Crises financeiras, políticas, crises de credibilidade e de moral. Todas perturbam e incomodam. Mas a maior de todas é a crise existencial, a busca de sentido para a vida, a incerteza diante de tantos caminhos que se apresentam. Existe saída? Eis a grande questão...

Nunca houve na História um tempo de tanta liberdade, de tanto luxo, conforto e aparente democracia como hoje, mas, porque é que o homem não consegue ser feliz? Porque é que a paz interior parece estar sempre a fugir das nossas mãos, como algo que escorrega por entre os dedos? Nunca o ser humano viveu tão angustiado como hoje, nem tão vazio, tão desesperado. Os seus conflitos emocionais, as suas inseguranças económicas, as suas lutas familiares e sociais, as suas frustrações existenciais parecem tê-lo derrotado completamente.    ...

Por trás das marchas de protesto, das lutas sociais, das obras de caridade; por trás da busca incansável da paz, através do uso de drogas e satisfação dos sentidos, há uma frustração crescente que ninguém pode ignorar. Desde as desérticas terras até às ruas asfaltadas das grandes cidades, sem distinção de raça, idade, situação económica, sexo ou grau de instrução, o homem passa com um único clamor: "O que farei?" De que é que na realidade ele está à procura? Veja a forma dramática como o poeta espanhol Rúben Darío descreve, através dos seus sentimentos, a situação do homem moderno:

Feliz a árvore que é apenas árvore.
E também a pedra porque ela não tem vida,
Pois não existe dor maior do que estar vivo,
Nem maior desespero do que a vida consciente.

Ser e não ter rumo certo.
E o medo de ter sido e um futuro pavoroso
e a certeza espantosa de amanhã estar morto
e sofrer pela vida, pela morte,
Pelo que não sabemos e apenas suspeitamos.
E não saber aonde vamos
Nem de onde viemos...!

Sim, meu amigo, este é um quadro dolorosamente real do homem actual, mas o objectivo deste livro não é apenas descrever a trágica condição do ser humano. É acima de tudo, mostrar que há esperança.


HISTÓRIA DE VIDA-1
"Até Janeiro passado, eu era uma estranha, era rebelde, ladra, bêbada, toxicómana, adúltera, hippie. Uma pessoa egocêntrica e confusa. Há cerca de um ano atrás, fui a um estudo da Bíblia, levada pela curiosidade, pensando em confundir todos com as minhas perguntas. Mas naquela noite comecei a interessar-me pela Bíblia. Por fim, depois de meses de estudo, o texto de S. João 3:16 falou-me ao coração e entreguei a minha vida a Cristo. Nunca pensei que tal felicidade pudesse existir.

Cristo é aquilo que eu estava a procurar desde os meus tempos de adolescente. Ele é o 'Bem Maior' que eu procurava e não encontrava. Eu pensara que drogas, bebida, 'amor livre' e vaguear pelo país de um lado para o outro iriam tornar-me uma pessoa livre, mas todas estas coisas eram como armadilhas. O pecado deixou-me nesse estado de confusão, infelicidade e culpa, e quase me levou ao suicídio. Cristo libertou-me!
Ser cristão é maravilhoso, porque há sempre um novo desafio diante de nós. Há sempre muito que aprender. Agora, acordo feliz por ver um novo dia. Ele renovou-me."

HISTÓRIA DE VIDA-2
O cantor americano Johnny Cash diz: "Há alguns anos atrás, eu estava amarrado às drogas. Sentia pavor ao acordar pela manhã. Não tinha alegria, nem paz, nem felicidade na vida. Então, certo dia, desesperado, entreguei a minha vida completamente a Deus. Agora fico ansioso para despertar de manhã e estudar a Bíblia. As suas palavras penetraram directamente no meu coração. Isso não significa que todos os problemas tenham sido solucionados, ou que tenha alcançado a perfeição. Contudo a minha vida sofreu uma completa reviravolta."

HISTÓRIA DE VIDA-3
Desenvolvi o 1º ano do meu ministério num bairro de lata, na capital do meu país. Era um quarteirão habitado por gente necessitada e carente, na sua maioria, mas aquele lugar tornou-se cenário de conversões maravilhosas que o Espírito de Deus operou.
Certo dia, andando pelos estreitos caminhos daquele bairro, fui surpreendido por um cão que começou a latir. Inexperiente, cometi a imprudência de correr e em poucos segundos, não era só um mas uma matilha que corria atrás de mim. Assustado, tive que empurrar a porta de uma casa e esconder-me dos cães enfurecidos. Mas, quando percebi onde estava, teria preferido que os cães me tivessem agarrado lá fora. Era um quarto escuro e pouco ventilado, iluminado por duas velas grandes no centro de uma mesa. Havia um cheiro horrível. Em cima da mesa podia-se ver uma pequena montanha de cinza de cigarro e folhas de coca. À volta da mesa, mulheres bêbadas e, no chão, garrafas vazias de bebidas alcoólicas.

Numa fracção de segundos, vi-me rodeado pelas mulheres. Pedi deculpas. Expliquei que tinha entrado por causa dos cães, mas de nada adiantou a cortesia e as boas maneiras. Tive que ser, de certo modo, mal-educado e, à força, consegui sair.
Alguns dias depois, uma daquelas mulheres abordou-me na rua.
- Foi você que entrou lá em casa, outro dia, perseguido pelos cães?
- Sim - disse e pedi desculpas mais uma vez.
- Desculpas? - surpreendeu-se. - Não senhor, acho que nós é que temos que pedir desculpa.

Expliquei-lhe que eu era pastor e que estava todas as noites no salão, na parte alta do bairro, e convidei-a para assistir às nossas conferências.
Naquela noite, para minha surpresa, ela esteve lá. Tinha bebido bastante e dormiu durante a pregação. Voltou na noite seguinte e também na outra e na outra. Sempre bêbada, dormia enquanto eu falava.
Um dia, ela procurou-me. "Pastor" - disse angustiada e cheirando a álcool - "preciso de falar com o senhor. A minha vida é uma tragédia, o senhor pode pensar que eu não sei o que digo, porque estou sempre bêbada, mas infelizmente eu compreendo a minha situação, pastor, e estou desesperada.
Olhei para ela com simpatia. Era fácil ver no rosto, nos olhos, nas lágrimas que resistiam em sair, a tragédia de uma vida sem Cristo. Ela era uma alcoólica inveterada.

"Pastor" - continuou - "eu tive uma família bonita, um marido modesto e trabalhador e filhos maravilhosos. Não vivíamos na abundância, mas nunca faltou o pão de cada dia, até que me viciei na bebida. Não sei como aconteceu. Cheguei a um ponto em que a bebida era o mais importante na minha vida. Às vezes, o meu marido chegava à noite cansado de trabalhar e encontrava-me bêbada, os filhos com fome e abandonados. Foi assim o início da desgraça. Ele começou a bater-me, mas nem por isso eu parava de beber. A vida em casa tornou-se insuportável. Um dia, enquanto ele estava no trabalho, tive coragem de pegar nas minhas roupas e abandonar o lar, o marido e os filhos, e o mais pequeno tinha apenas dois anos. Vim morar para este bairro onde, para sobreviver, me entreguei a uma vida de promiscuidade e abandono."


Doía, doía muito ver como o pecado arruína completamente a vida das pessoas e as leva a cometer coisas que a própria pessoa não entende depois.
"Todo este tempo em que estive a assistir às conferências" - continuou a mulher - "tenho sentido que a minha vida não pode continuar assim: tenho que parar de beber.
Mas, pastor, quando estou lúcida, lembro-me dos meus filhos, do meu marido e a angústia toma conta de mim. Então, para esquecer, torno a beber e assim a minha vida entrou num círculo vicioso."

A promessa de Deus é que "Ele nos libertará das concupiscências deste mundo". "Ele nos manterá sem queda". "Ele nos dará uma nova natureza". "Ele transformará o nosso ser".
E foi isso o que aconteceu com aquela mulher. Desde o fundo do poço do desespero e culpabilidade, desde as profundezas das sombras de miséria e angústia, ela clamou a Deus: "Ó Senhor transforma o meu ser, muda o rumo da minha vida, liberta-me da escravidão do vício que me domina, dá-me uma nova natureza." E Deus ouviu-a. Ninguém viu, mas o poder de Deus criou uma nova criatura.

Ela largou a bebida, mas passou a conviver com a tristeza pelo abandono do marido e dos filhos. Era uma realidade lacerante, feria a carne e fazia sangrar o coração. Doía vê-la sofrer e foi por isso que procurei o marido. Era um homem bom. Levantava-se de madrugada, preparava a comida para os filhos e dirigia-se para o trabalho. O filho mais velho, de doze anos, aquecia os alimentos para os irmãos mais novos. O homem voltava para casa à noite, cansado, e ainda tinha que arrumar a casa e lavar a roupa. Era uma vida de sacrifício.
Foi difícil dizer alguma coisa perante aquele quadro. Finalmente, após algumas visitas, disse-lhe que vinha em nome da esposa. Ele mudou de atitude. Quase cuspiu fogo pelos olhos, e disse:
"Não me fale dessa mulher, ela arruinou a minha vida e a dos meus filhos. Aliás, ela acabou com a nossa vida porque o que nós vivemos hoje não é vida."
Os dias foram passando e com o tempo tornámo-nos amigos. Disse-lhe que a esposa que o abandonara tinha morrido, que hoje ela era outra mulher, já não bebia, e que sofria por ter abandonado a família.

Ah! O Espírito Santo consegue coisas que para o homem são impossíveis! Alguns meses depois, ele aceitou ver a esposa. Marcámos o encontro. Naquela noite orei a Deus e pedi que fizesse mais um milagre na vida dessa mulher, que tocasse o coração daquele homem, que reconstruísse aquele lar desfeito pelo pecado. Sabe, existem momentos que marcam a vida para sempre. E aquele foi um desses momentos na minha vida.

Lá estava o marido, rodeado pelos filhos. A mulher aproximou-se e caiu aos pés deles.
- Perdoem-me - disse ela chorando - perdoem-me, eu não mereço, mas por favor perdoem-me. Já perdi todos os direitos que tinha, não sou ninguém, quero apenas que me permitam cuidar de vós. Serei uma serva, nunca reclamarei nada, só quero ficar perto e cuidar de vocês e fazer tudo o que deixei de fazer.

Foram momentos dramáticos e emocionantes. No silêncio do coração continuei a orar.
De repente o homem levantou a mulher e perguntou:
- Já não bebes?
- Não. Há meses que Cristo me ajudou a deixar a bebida.
- É inacreditável! - completou o marido emocionado. - Quando o pastor me disse que já não bebias, eu não acreditei, quis verificar com os meus próprios olhos. Dizes que foi Cristo que te ajudou? Então eu quero conhecer o Cristo que foi capaz de fazer esse milagre.

Nesta altura, dei meia-volta e, escondendo duas lágrimas, retirei-me.
Meses depois tive a alegria de ver baptizados aquele homem, a sua mulher e o filho mais velho de 12 anos.

Eu não contaria esta história se não fosse porque, meses depois, durante um piquenique, eu estava sentado sozinho na margem de um rio, quando senti alguém atrás de mim. Virei-me e vi aquela mulher com um gelado na mão. "Pastor" - disse ela - "procurei-o por todo o lado. Há uns minutos deitada à sombra das árvores, comtemplava o meu marido e os meus filhos a jogarem à bola." Os olhos da mulher encheram-se de lágrimas e, com voz entrecortada pela emoção, continuou: "Entende, pastor? O meu marido e os meus filhos. Ah, Pastor! Eu não tinha nada na vida! Eu tinha arruinado tudo, eu tinha atirado fora tudo para ir atrás da bebida. E agora estou aqui com o meu marido e os meus filhos. Deus achou-me perdida, chamou-me, perdoou-me, transformou-me e devolveu-me o marido e os filhos. Eu nunca poderei agradecer o suficiente a Deus, pastor! E de repente, tive vontade de gritar: Sou Feliz! Ah, como sou feliz! Então, lembrei-me do senhor e comprei este gelado. Não tenho muitos recursos, não tenho um presente melhor, mas aceite este gelado com o meu muito obrigada, porque um dia Deus enviou uns cães atrás de si para entrar na minha casa."

Meu amigo, tenho saboreado vários gelados na minha vida, mas nunca um como este. Aquele era o gelado da gratidão, do amor, do perdão de uma mulher que um dia viveu trémula, angustiada e vazia, escondida no seu vício, ... com a sua miséria, e Deus enxugou as suas lágrimas, perdoou-lhe, transformou-a e deu sentido à sua vida.

Alejandro Bullón in A Crise Existencial - Publicadora SerVir


O iceberg da doença física, mental, social, espiritual. Da desgraça!

NÃO SE DEIXE ENGANAR! Não vá nessa onda... coloque os pés em terra firme.



A dependência das drogas é também uma doença da alma. «O remédio não está apenas nas mãos de um psicólogo ou psiquiatra, porque não é só uma alteração da mente. É uma ferida do espírito que precisa do médico divino.»

«POSSO TODAS AS COISAS N'AQUELE QUE ME FORTALECE»
- Filipenses 4:13