sexta-feira, 24 de outubro de 2014

A Melhor Solução de Deus Para a Paz e a Harmonia Mundial!
E o Homem Quer?...


   
Reconciliação - Abandonar Pecados             Justificação - Confessar Pecados              Santificação - Aceitar Cristo

"Quanto Mais o Mundo Puxa Para Baixo
Mais o Cristão Deve Colocar a Fasquia de Deus e a Sua Vontade Para Cima!"

Não é Deus, o Criador, que tem de Se adaptar à criatura! Mas, sim, nós - VOLTARMOS - para Ele!!!

S A N T I F I C A Ç Ã O

Santificação é dar glória a Deus, glorificá-Lo em nosso corpo, isto é, em nossa vida moral, em nosso viver diário, em nossa conduta social. Santificação é levar uma vida santa que esteja repleta do amor de Deus.

Em que consiste a beleza e o segredo da santidade? E qual é a relação entre a santificação, a justificação e a reconciliação? Paulo declara: "Não sois de vós mesmos; porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo."
A reconciliação de Deus no sacrifício de Cristo na cruz requer nosso coração, nossa vontade, nossa fé, a fim de que Ele possa conceder-nos a justificação. Entretanto, o propósito da justificação é a santificação! Deus nos salva a fim de restaurar em nós Sua imagem moral como era originalmente.



Cristo é indiviso. Ele não oferece perdão como um primeiro dom isolado. Ele Se oferece a Si mesmo, e não somente o perdão. Não somos chamados para concentrar nossa atenção no assunto da justificação ou da santificação, mas no Cristo vivente, em Seu incomparável amor e nos benefícios que Ele nos concede. Recebemos justificação ou santidade recebendo a Cristo (O Maior Discurso de Cristo, p. 23). Ele é nossa mensagem, nosso padrão, nosso exemplo, nossa salvação; e é o mesmo ontem, hoje e eternamente.
Em Levítico 11:44, disse o Senhor para o antigo Israel: "Sereis santos, porque Eu sou santo." E no Novo Testamento, Pedro escreveu para os cristãos: "Segundo é santo Aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, como Eu sou santo." I S. Pedro 1:15 e 16. Como cristãos, adoramos e servimos ao Deus de Israel, de Isaque e de Abraão.
Servimos o mesmo Deus santo que no princípio criou o homem à Sua própria imagem santa, e que instituiu o Sábado para a comunhão do homem com Deus; o mesmo Deus santo que tirou Israel do Egito para lembrar-se de santificar o dia de Sábado; o mesmo Deus que deu a Israel a santa lei e o evangelho em figuras. A este Deus, Jesus chamou de Seu Pai e afirmou então: "Quem Me vê a Mim, vê o Pai." Jesus era reconhecido pelos demónios como "O Santo". Ele era santo. Não conheceu pecado, mas sabia tudo a respeito do amor, da compaixão, da abnegação e da perfeita obediência. Declarou: "Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai." S. João 15:10. Santidade e pecado são diametralmente opostos. Não há um terreno neutro entre eles. Se não somos santos, se não nos entregamos a Cristo e se não somos dominados por Ele, o maligno não tem dificuldades para entrar no coração e torná-lo perverso.
Ellen White afirma: "Sem ... santidade o coração humano é egoísta, pecaminoso e corrupto." - Testimonies, vol. 2, p. 455.

A santidade é o mais fundamental dos atributos de Deus. As escrituras tornam-na, portanto, o requisito inalienável e predominante de nossa adaptação à vida eterna. Lemos em Hebreus 12:14: "Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor."
Certa vez, na rua, um homem interpelou o grande pregador Moody, dizendo:
- Porque recomenda que deixemos de fumar? A Bíblia não requer isso para a nossa salvação.
Moody pensou um pouco, e disse então:
- Está certo. Mas o último livro da Bíblia nos adverte de que jamais penetrará na Nova Jerusalém "coisa alguma contaminada" (Apocalipse 21:27).


Santidade ou Santificação NÃO É uma Opção!
Jesus prometeu: "Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus." S. Mateus 5:8.
A fim de levar uma vida santa, precisamos ter primeiro um coração santo, pois a "santidade de coração produzirá ações corretas" (Testimonies, vol. 2, 445). Também nos é declarado que a falta de espiritualidade e santidade conduz à prática de atos injustos, bem como a inveja, ódio, ciúme, ruins suspeitas e a todo o pecado detestável e abominável.

   

Davi, rei de Israel, descobriu que até mesmo os dirigentes da causa de Deus e exemplos do rebanho não são santificados - uma vez por todas. Ele sofreu uma grande queda moral que abrangeu o adultério, o assassínio premeditado e a ocultação de tudo isso. Mas Deus é santo, e revelou o que ocorrera. Em Sua misericórdia, Ele enviou o profeta Natã para despertar a consciência adormecida de Davi, o qual acordou com um sobressalto, e se arrependeu no pó e na cinza. Tão sincera foi a sua tristeza por esses pecados que ele fez uma confissão pública no salmo 51. Aprendemos aí que Davi implorou a Deus alguma coisa mais do que simplesmente o perdão: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro de mim um espírito inabalável. Não me repulses da Tua presença, nem me retires o Teu Santo Espírito. Restitui-me a alegria da Tua salvação, e sustenta-me com um espírito voluntário." Salmo 51:10-12.

É necessário poder criador - o poder de Deus, para transformar o coração humano e para converter um pecador egocêntrico num santo! Constitui um milagre da graça, que o Santo Deus de Israel, o Criador do céu e da terra, Se deleite em habitar no coração arrependido, como se fosse um templo.
"Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita na eternidade, O qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e vivificar o coração dos contritos." Isaías 57:15.

Como Podemos Receber Então a Beleza da Santidade e Manter a Alegria da Santidade?
Santidade é mais do que não pecar, mais do que perdão, mais do que moralidade. Santidade é uma pessoa, a Pessoa de Deus, de Jesus Cristo e do Espírito Santo.

Qual é, portanto, o segredo da santidade? Ellen White dá-nos uma bela resposta: Aceitar a Cristo como Salvador pessoal e seguir o Seu exemplo de abnegação (Seventh-Day Adventist Bible Commentary ou SDABC, vol. 6, p. 1117). Que resposta simples! Mas, ao mesmo tempo, quão profunda e prática!
Isso é o evangelho em sua plenitude. Cristo jamais perdoou uma pessoa sem reivindicá-la como sendo Sua, para uma nova vida com Ele. Para os escribas e fariseus hipócritas que certa vez Lhe trouxeram uma mulher surpreendida em adultério, perguntando se deviam apedrejá-la de acordo com a ordem de Moisés, Jesus replicou:
"Aquele que dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro que lhe atire a pedra." Quando todos eles já se haviam retirado, Cristo disse para a mulher soluçante: "Nem Eu tão pouco te condeno; vai, e não peques mais." S. João 8:11.
Isso é santidade em amor. Aceita a sincera contrição com amor perdoador, mas também restaura e habilita. Jesus concedeu àquela mulher justificação e santificação, perdão e poder, salvação e respeito próprio.
E. White declara que essa mulher arrependida tornou-se um dos mais firmes seguidores de Cristo, retribuindo-Lhe a perdoadora misericórdia com abnegado amor e devoção. "No erguimento dessa alma caída, operou Jesus um milagre maior do que na cura da mais grave enfermidade física; curou a moléstia espiritual que traz a morte eterna." - O Desejado de Todas as Nações, p. 347.

   

O GENUÍNO ARREPENDIMENTO OPERA UMA REFORMA

Em Jericó, Cristo deteve-Se sob uma figueira, olhou para o surpreso semblante de Zaqueu, o desprezado chefe dos cobradores de impostos, e disse: "Zaqueu, desce depressa, pois Me convém ficar hoje em tua casa." S. Lucas 19:5.
Enquanto a multidão murmurava, dizendo que Jesus Se hospedara na casa de um pecador, Zaqueu se arrependia de seus pecados e iniciava a reparação dos danos que causara ao povo.
Em seu amor e lealdade ao Mestre recém-encontrado, prontificou-se a fazer uma confissão pública de seu sincero arrependimento. Disse ele na presença da multidão: "Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo 4 vezes mais." S. Lucas 19:8. Jesus replicou: "Hoje houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido." S. Lucas 19:9 e 10.

A primeira reacção de Zaqueu diante do amor de Cristo foi manifestar compaixão a seus semelhantes que padeciam necessidade. Isso é santificação. Lemos em O Desejado de Todas as Nações, p. 413: "Não é genuíno nenhum arrependimento que não opere a reforma."
A justificação e a santificação acham-se tão inseparavelmente ligadas como os dedos e a mão. A fé que atua pelo amor é a plenitude do evangelho.
Perfeito amor é o significado dessa difícil palavra de Jesus em S. Mateus 5:48: "Portanto, sede vós perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste." Em seu próprio contexto está a chave para decifrar o segredo dessa ordem, que é ao mesmo tempo uma grandiosa promessa:
"Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque Ele faz nascer o Seu Sol sobre maus e bons, e vir chuvas sobre justos e injustos. Porque se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo? E se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? Não fazem os gentios também o mesmo? Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste." S. Mateus 5:43-48.

Podeis ver como é nosso Pai celestial? Seu amor é imparcial: Ele ama tanto os bons como os maus.
Incompreensível? Sim, mas é verdade. Temos um Deus que causa surpresas! Seu nome é Maravilhoso! E o Pai quer ver Seu perfeito amor por nós refletido em todos os Seus filhos, não só futuramente, no Céu, mas AGORA, em meio das trevas de ódio e violência neste mundo! Ele nos convida a ser a luz do mundo, de modo que este veja novamente como é Deus. Devemos considerar todos os homens, até os que nos perseguem, como candidatos ao Céu.
O sentido final da ordem de Jesus em S. Mateus 5:48, não é portanto a justificação, mas a vida santificada, o carácter divino.
"Cumpre-nos ser centros de luz e bênção para o nosso pequeno círculo, da mesma maneira que Ele o é para o Universo. Nada temos de nós mesmos, mas a luz de Seu amor resplandece sobre nós, e devemos refletir-Lhe o fulgor. 'Bons na bondade que Ele nos empresta', podemos ser perfeitos em nossa esfera, da mesma maneira que Deus é perfeito na Sua." - O Maior Discurso de Cristo, pp. 68, 69.
Precisamos compreender que por nós mesmos não podemos romper com os nossos pecados. Não podemos salvar ou santificar a nós mesmos. Se, porém, escolhermos a Cristo como o legítimo Mestre de nossa vida quando Ele bate à porta de nosso coração, e se Lhe entregarmos as rédeas de nossa vida, estaremos imediatamente do lado vitorioso, pois Ele se manifestou "para destruir as obras do diabo" (I S. João 3:8). Disse Jesus: "Tende bom ânimo, Eu venci o mundo."

Muitos cristãos crêem em Cristo apenas como Salvador da culpa e como Alguém que quase só oferece perdão. Há bem pouca alegria, poder e vitória em sua vida. Temos, no entanto, de vencer. Ou seremos vencidos! Cristo passou pelo caminho que nos compete percorrer. Não há outra maneira de vencermos o próprio eu, o mundo e o diabo, do que a maneira pela qual Cristo venceu todas as tentações. Mas Ele o fez por nós, tanto como nosso Representante como nosso Exemplo. Jesus confiou na sabedoria e no poder de Seu Pai. Não consentiu com o pecado nem por um só pensamento, porque foi habilitado para a batalha, pela presença do Espírito Santo em Seu íntimo. E o fato fundamental é que podemos vencer, porque Ele venceu.

Sua vitória poderá ser nossa, se a reclamarmos em Seu nome. O que necessitamos acima de tudo é unir-nos a Ele pela fé. "Enquanto a Ele estivermos ligados pela fé, o pecado não mais terá domínio sobre nós. Deus nos toma a mão da fé, e a leva a apoderar-se firmemente da divindade de Cristo, a fim de atingirmos a perfeição de carácter." - O Desejado de Todas as Nações, p. 87.


   

Só poderemos ser vitoriosos se permanecermos unidos a Cristo como o ramo está ligado à videira. Então até mesmo os sofrimentos por amor a Cristo serão agradáveis.
Como isso pode ocorrer em nossa vida? Qual é nossa parte na santificação? Ela é efetuada unicamente pela fé, ou pela fé e as obras? Jesus responde em S. João 15: "Permanecei em Mim, e Eu permanecerei em vós. ...Porque sem Mim nada podeis fazer. ...Se permanecerdes em Mim e as Minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado Meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis Meus discípulos". Vs. 4, 5, 7 e 8.

Permanecemos em Cristo da mesma maneira como nos unimos a Ele no princípio: pela fé - fé viva e genuína que se apodera de Cristo.
Paulo diz em Gálatas 5:6 que a fé atua pelo amor. Semelhante fé não precisa ser completada pelas obras porque já está operando. Fé genuína jamais é simples crença, mas sempre uma fé que atua e que se manifesta por meio de arrependimento e de obediência a Deus. Nossa parte consiste em exercer semelhante fé! Como? Pensemos neste conselho:
"Coisa alguma é aparentemente mais desamparada, e na realidade mais invencível, do que a alma que sente o seu nada, e confia inteiramente nos méritos do Salvador. Pela oração, pelo estudo de Sua Palavra, pela fé em Sua constante presença, a mais fraca das criaturas humanas pode viver em contacto com o Cristo vivo, e Ele a segurará com mão que nunca a soltará." - A Ciência do Bom Viver, p. 182.
Esta é a prerrogativa da vida cristã: abrir diariamente o coração a Cristo, até ficarmos repletos dEle e do Espírito Santo!

Notai como o apóstolo Paulo passa imediatamente da justificação para a santificação, ao escrever em Gálatas 2: "Nós temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo. ... Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim." Vs. 16, 19 e 20.
Viver esta vida de fé em Cristo é o privilégio de todos nós, mesmo dos mais fracos. Aqui não há motivo para sentimentos e santidade em nós mesmos, ou para sentimentos de confiança própria. Com efeito, precisamos ser salvos principalmente de nós mesmos, para que Cristo e Seu Espírito brilhem com mais clareza. Os que pertencem a Cristo crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências (Gálatas 5:22-24).
Quando Cristo Se torna nosso Senhor e Mestre, a luta contra o próprio eu apenas começou. O velho homem é crucificado legalmente na histórica cruz de Cristo e declarado morto, mas na realidade empírica nosso velho eu ainda está vivo... Por isso, somos exortados a manter a velha natureza subjugada pelo poder do Senhor (Efésios 6:10) "Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões." Romanos 6:12; cp. Colossences 3:3 e 5.
Todo cristão tem de aprender a reprimir suas paixões e a agir movido por princípios. A menos que o faça, não é digno do nome de Cristão.

Nem todos têm exatamente a mesma luta renhida contra o próprio eu, segundo se evidencia nesta citação: "Embora alguns sejam constantemente apoquentados, afligidos e perturbados por causa de seus desditosos traços de caráter, tendo de batalhar contra inimigos internos e contra a corrupção de sua natureza, outros não têm de batalhar contra metade de tudo isso." - Testimonies, vol. 2, p. 74.
Com os apóstolos, cremos, porém, na habilitação de Cristo em nosso íntimo, livrando-nos de cair: "Aquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da Sua glória." S. Judas 24.

Cremos na vitória! Cremos que Cristo vencerá! Satanás já é um inimigo derrotado. Mas cremos também que nossa vontade não pode por si mesma fazer isso. Cristo não efetua o combate em nós se não realizarmos a nossa parte. A Escritura nos admoesta em Filipenses 2:12 e 13: "Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade."
Paulo fala aí a crentes redimidos que já tinham sido salvos. Evidentemente, porém, ele não acredita no rifão popular: "Uma vez salvo, salvo para sempre." Exorta-nos a desenvolver diligentemente nossa futura salvação, mas no temor do Senhor. Porquê? Porque o nosso coração carnal disputa constantemente a supremacia. Nem por um instante podemos estar desprevenidos.
"Não há um impulso de nossa natureza, nem uma faculdade do espírito ou inclinação do coração, que não necessite de achar-se a todo instante sob a direção do Espírito de Deus." - Patriarcas e Profetas, p. 441.
É por isso que o apóstolo Paulo morria diariamente. "Sua vontade e seus desejos lutavam cada dia com o dever e a vontade de Deus." - A Ciência do Bom Viver, p. 452. Em vez de seguir, porém, as inclinações de seu coração, ele fazia a vontade de Deus. Todos temos de empenhar-nos nesta batalha. Ninguém pode pelejar em nosso lugar. Satanás é um inimigo poderoso. Temos, porém, um General onipotente: o Príncipe Emanuel. Talvez percamos uma batalha, mas ganhamos a guerra. Esta é a promessa das grandiosas profecias apocalípticas. Na vida santificada experimentamos um estranho dualismo em nosso coração, porque o crente renascido possui duas naturezas. Com Paulo, exclama cada dia: "Desventurado homem que sou!" Mas simultaneamente, confessa com fé: "Graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor." Romanos 7:24 e 25.
   

A MENSAGEM DE TIAGO 2

Os que se entusiasmam com a justificação pela fé, mas afirmam que o slogan: "Sola fide" da Reforma, - "unicamente pela fé" -, denota uma fé no que é abstrato, uma fé por si mesma, não compreendem os reformadores nem o apóstolo Paulo. Deus nos deu a preciosa epístola de S. Tiago, o irmão de Jesus, para livrar-nos de uma interpretação unilateral da justificação pela fé.

"Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém vos disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? ... Assim também a fé, se não tiver obras, por si só está morta. ... Não foi por obras que o nosso pai Abraão foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque? Veem como a fé operava juntamente com as suas obras? Com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou, e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus. Verificais que uma pessoa é justificada por obras, e não por fé somente. De igual modo, não foi também justificada por obras a meretriz Raabe, quando acolheu os emissários e os fez partir por outro caminho? Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta". S. Tiago 2:14, 17 e 21-26.
A fé que não atua pelo amor é morta; é "nada" (I Coríntios 13:2). A fé que somente reconhece a verdade intelectualmente, é a que até os demónios têm, e não constitui uma boa recomendação.

Tiago se preocupa com a verdadeira natureza da fé: sua natureza religiosa - com uma fé que mantém viva ligação com Deus. A fé que não atua pelo amor não merece receber esse nome.
Se o nosso conceito da justificação pela fé, ou sola fide, não se harmoniza com S. Tiago 2:24, violamos as Escrituras!
Ellen White comenta o seguinte sobre S. Tiago 2: "A pretensa fé que não atua pelo amor e não purifica a alma, não justificará a pessoa alguma." - SDABC, vol. 7, p. 936.
"Para que o homem conserve essa justificação, tem de haver obediência contínua, mediante ativa e viva fé que opera por amor e purifica a alma." - Mensagens Escolhidas, Livro 1, p. 366.
"A fim de que o homem seja justificado pela fé, esta tem de chegar ao ponto em que controle as afeições e impulsos do coração; e é pela obediência que a própria fé se aperfeiçoa." - Ibidem.

Essa era também a convicção de Calvino. Este grande reformador escreveu em sua obra Institutes of the Christian Religion:
"Não imaginamos uma fé destituída de boas obras nem uma justificação que subsista sem elas. ... Por que, então, somos justificados pela fé? Porque pela fé nos apoderamos da justiça de Cristo, pela qual, unicamente, somos reconciliados com Deus. Mas não é possível apoderar-se dela sem apoderar-se ao mesmo tempo da santificação. Pois Ele, (Cristo), 'Se nos tornou ... sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção' (I Coríntios 1:30). Cristo não justifica, portanto, a pessoa alguma que ao mesmo tempo não seja santificada por Ele. Tais benefícios são ligados por um vínculo eterno e indissolúvel, de modo que Ele redime os que ilumina com Sua sabedoria; justifica os que são por Ele redimidos; e santifica aqueles a quem justifica." - Vol. III, p. 161.

   

A GLÓRIA CRESCENTE

Por que o semblante de tantos cristãos é destituído da glória de Deus, e porque eles levam uma vida tão infeliz, medíocre e inferior? É assim que tudo começou e terminará? Não!

Tudo findará como começou: em glória, em genuíno poder, glória e muito regozijo. Lemos em Apocalipse 18:1 que mais uma vez um poderoso anjo descerá do Céu à Terra para unir seu poder ao dos 3 Anjos de Apocalipse 14. A profecia descreve esse acontecimento dizendo que toda a Terra se iluminou com o seu esplendor!
Esse é o futuro da Mensagem do Advento! Marchamos para o esplendor! Como podemos apressar esse dia? O apóstolo Paulo nos mostrou o caminho em II Coríntios 3:18: "Todos nós, de rosto descoberto, somos um reflexo da glória do Senhor. Transformamo-nos assim numa imagem dEle, com um brilho cada vez maior, porque é o Espírito do Senhor que faz isto."

Paulo compara o glorioso semblante do Cristão com o rosto de Moisés, que resplandecia quando ele desceu do monte. Moisés não o soube por si mesmo, mas a glória desceu sobre ele por haver estado com o Senhor 40 dias e 40 noites. Vira a glória do Senhor, segundo o pedido que fizera a Deus: "Rogo-Te que me mostres a Tua glória." E Deus concedeu-lhe o que pedira de acordo com a sua fé. Quando os israelitas viram o deslumbrante fulgor de Deus no rosto de Moisés, "temeram chegar-se a ele." (Êxodo 34:30). Moisés não pôde compreender isso, pois viera trazer-lhes uma agradabilíssima nova...
Porque eles temeram essa glória de Deus ou de Moisés - a glória da graça divina? Porque ainda sentiam a culpa do pecado. E a culpa produz medo! Se estivessem em harmonia com Deus, o brilho no rosto de Moisés, "tê-los-ia enchido de alegria" (Patriarcas e Profetas, 339). "Na Tua presença há plenitude de alegria." Salmo 16:11. Eles pediram que Moisés colocasse um véu sobre o rosto! Que reação vergonhosa! O homem pecaminoso que transgride a lei de Deus quer permanecer inalterado...

Em Cristo tem aparecido maior glória do que a de Moisés e a da Lei de Deus. Temos contemplado Sua glória, declaram os apóstolos. Mas desejamos nós realmente ver a Jesus e contemplar-Lhe a glória? Semelhante santidade aterrorizará nosso coração pecaminoso...
Mas aqueles que dia a dia O contemplam persistentemente, sem encobrir as Escrituras, serão transformados à Sua semelhança!
E ao contrário da glória no rosto de Moisés, cujo esplendor diminuiu gradualmente, o Cristão que contempla diariamente a face de seu Mestre obterá Crescente Glória!

Isso é andar com Deus como Enoque com Ele andou. Essa é a experiência dos 144.000 de Apocalipse 14.

É  O  QUE  NECESSITAMOS  AGORA!


Texto de Hans K. LaRondelle, Professor de Teologia na Universidade Andrews in O Ministério Adventista, Março-Abril de 1978, Casa Publicadora Brasileira.

TEU SANTO NOME
Adoradores

Todo o ser que vive, Louve o nome do Senhor  - Sl 150. Toda a criatura se derrame aos Seus pés  - Sl 62:8.
Ao som da Sua voz, o Universo se desfaz  - Sl 29. Não há outro nome comparado ao Grande Eu Sou  - Êx 3:14, 1 Sam 2:2.


E mesmo sendo pó  - Sl 104:29, com tudo que há em mim, confessarei  - Fp 2:11:
Que céus e terra passarão  - Lc 21:33, mas o Teu nome é Eterno  - Sl 45:17.
Coro:
Todo o joelho dobrará ao ouvir Teu nome  - Rm 14:11, Teu Santo nome  - Sl 105:3.
Todo o ser confessará: Louvado seja o Teu nome  - Sl 34:1, Teu Santo nome!