Não basta ter um modelo absolutamente perfeito. Não basta ter uma vida aceitável e sem pecado. Tem
de haver, em adição a isto, uma maneira de purificar e tornar aceitáveis os caracteres de seres caídos. Temos de ser, como diz Ellen White, "liberto(s) da poluição, assim como da maldição e condenação da lei". (Mensagens Selectas, livro 1, p. 395.)
Nós somos opostos, por natureza, àquilo que Deus é e a quem é Deus. Nós estamos perdidos. E, de nós mesmos, não possuímos nem o desejo nem a capacidade de mudar. Todavia, Cristo, o nosso perfeito modelo e sacrifício, ordena-nos: "Sede santos, porque Eu sou santo" (I Pedro 1:16). Desenvolvendo este pensamento, Ellen G. White escreve: "O evangelho do Novo Testamento não são as normas do Velho Testamento colocadas a um nível mais acessível de modo a irem ao encontro do pecador e a salvá-lo nos seus pecados ... (Deus) exige, agora como sempre, uma justiça perfeita como único título para o céu." (Review and Herald, 21 de Setembro de 1886). Mesmo no nosso melhor, nós não somos perfeitamente justos. Somos, quando muito, relativamente perfeitos - e isso admite alturas ainda por conquistar, elementos do eu ainda por subjugar.
O Nada Neutro
A distância entre o nosso "relativo" e o "absoluto" de Deus não é um espaço em branco - páginas limpas em que a natureza ainda não escreveu nada. O que nos separa de Deus não é um nada neutro. A distância entre o nosso relativo e o absoluto de Deus é egoísmo, orgulho, incapacidade de julgar, intemperança e aquele lado de nós mesmos que Deus nos revela, quando crescemos em graça.
Como Podemos Então Ser Salvos?
Por que processo é que nós, seres humanos - incapazes, pela própria natureza do nosso ser, de progredir no crescimento em direcção à justiça "perfeita" ou "absoluta" - podemos ser considerados aceitáveis? Haverá um bálsamo adequado para a nossa enfermidade? Haverá saída para o nosso dilema?
Sim, e o caminho é óbvio. João viu os remidos no céu. Viu os descendentes de Adão e Eva, uma multidão que ninguém podia contar. Viu-os com palmas nas suas mãos, acenando em alegre aclamação. Ouviu-os cantando o cântico de Moisés e do Cordeiro. E Ellen G. White viu os dois Adãos encontrando-se. Presenciou o primeiro Adão a lançar a sua coroa aos pés do Segundo Adão (Jesus). E viu os descendentes de Adão espalhados pelos ricos campos da Nova Terra.
Mas Como O Conseguimos?
Através de que meios, somos nós, para quem a justificação é uma experiência que nunca tem fim (ver Mensagens Selectas, livro 1, pp. 373, 374), preparados para a vida em lugares tais como estes? O que é que Deus faz com as fraquezas e deficiências dos santos - com a diferença entre o nosso relativo e o Seu absoluto?
Jesus responde de modo claro e absolutamente final quando declara:
"EU SOU O CAMINHO" (João 14:6). E o nosso irmão Paulo ecoa em profunda confirmação com estas palavras, ao dizer: "ESTAIS COMPLETOS N'ELE" (Colossences 2:10). O simbolismo utilizado aqui por Paulo (a completude) patenteia, tal como qualquer outro, o processo ou caminho através do qual Cristo completa a nossa aceitabilidade.
O pecado é ruptura, separação, redução e diminuição do estatuto que originalmente nos foi outorgado. Em razão da Queda, nós ficámos incompletos e incapazes. A completude espiritual pode ser nossa outra vez, mas SÓ através de Cristo - somos completos n'Ele. Quando Paulo assim fala, ele não diz que Jesus termina o que nós começámos - que depois de termos feito o nosso melhor, Jesus faz o resto, ou que a justificação é uma combinação de mérito humano e divino, uma parte humana e outra parte divina (e nem sequer, uma leve parte humana e uma grande parte divina).
O que Paulo diz é o que Lutero viu ao arrastar-se pela escada de Pilatos; o que Jones, Waggoner e White tentaram tão corajosamente ensinar-nos há 100 anos: Que a nossa salvação - QUE TUDO! - vem de Cristo.
O PROCESSO DA SALVAÇÃO
Como Assim? Vejamos:
- Em primeiro lugar, Cristo inicia o processo da salvação chamando-nos através do Espírito Santo.
- Antes de ouvirmos, de sabermos, ou de estarmos interessados, Cristo Está à Porta e Bate - (Apocalipse 3:20).
- A seguir, depois de ter obtido a nossa atenção, Ele vivifica-nos - (João 6:63).
E fá-lo de dois modos:
- Primeiro, Ele coloca a semente da fé dentro de nós - (Romanos 10:17).
- A seguir, Ele dá-nos a vontade para responder ao Seu chamado - (I Pedro 1:23).
- Ao nos rendermos, Ele concede-nos o poder de arrependimento - (Romanos 2:4).
- Ao nos arrependermos, Ele recorre ao sangue (de Cristo) que justifica - (Romanos 3:24).
- A seguir, ao nos justificar, faz a Sua morada nos nossos corações - (Romanos 8:9, 10).
- E ao habitar em nós, Ele completa o processo da nossa adopção na família celestial - (Gálatas 4:7).
- E, tendo-nos adoptado, dá-nos o alimento da Sua Palavra, a qual gera em nós o fruto da justiça - (João 15:4).
- Então, quando nós erramos, é pela Sua advocacia que somos perdoados - (I João 2:1, 2).
E mesmo que sejamos relativamente perfeitos (porque nenhuma bondade humana é bondade que salve), Ele cobre-nos com as Suas vestes de justiça - a Sua Perfeita Santidade. Noutras palavras: Ele substitui o nosso incompleto e desesperado relativo - pelo Seu imputado absoluto.
Agora, pergunto: Quanto, de tudo isto, é obra nossa? Do chamado à vivificação, à entrega, ao arrependimento, à adopção, à concessão do poder, à santificação, à intercessão, à cobertura dos nossos pecados, O que é que nós fizemos? Tudo Está N'Ele - Ele é o Caminho Perfeito.
É Este O Evangelho Eterno Que Os Apóstolos Pregaram. O Seu Testemunho Foi:
- Ele nos elegeu n'Ele - (Efésios 1:4).
- Nós temos vida n'Ele - (2 Timóteo 1:1).
- Nós temos fé n'Ele - (Colossences 1:4).
- O nosso fundamento está n'Ele - (Colossences 2:7).
- Somos edificados n'Ele - (Idem, verso 7).
- Andamos n'Ele - (Idem, verso 6).
- Cremos n'Ele - (Efésios 1:3).
- Temos alegria n'Ele - (Filipenses 3:1).
- Temos esperança n'Ele - (I Coríntios 15:19).
- Temos ânimo n'Ele - (Efésios 3:12).
- Temos unidade n'Ele - (João 17:21).
- Somos preservados n'Ele - (Judas 1).
- Somos feitos justos n'Ele - (2 Coríntios 5:21).
- Temos paz n'Ele - (Romanos 5:1).
Não se trata de obras ou poder. Não se trata de leis, conhecimento, título de posse ou posição, números ou consecuções. Toda a salvação se encontra n'Ele! Ele é o Nosso Perfeito Modelo. Ele é o Nosso Perfeito Sacrifício.
Ele é o Nosso Perfeito Caminho.
JESUS É O CAMINHO!
1 - Então, quando pregamos aos nossos amigos agnósticos - aqueles cujo credo mais profundo é uma religião cívica - temos de felicitá-los, sim, pelos seus ardentes empenho e fervorosos esforços para melhorarem a sociedade. Mas temos de dar-lhes a saber que a verdadeira justiça e a paz real só se podem obter no Cristo da cruz. E que Jesus é o Caminho!
2 - Quando pregamos aos nossos amigos filósofos, temos de ser vivos em demonstrar-lhes que todos os outros desígnios morais falharam e que mesmo o melhor da sabedoria humana é inadequado para a transformação do carácter. E que Jesus é o Caminho!
3 - Quando pregamos a religiosos não-Cristãos - Budistas, Muçulmanos, Hindus e outros - devemos felicitá-los pela sinceridade que expressam muitas vezes nas suas devoções, mas temos de fazer-lhes saber que o Cristo do túmulo vazio oferece um caminho diferente, um caminho melhor, um caminho perfeito. Que o que lhes oferecemos é um Deus "connosco". E que Jesus é o caminho!
4 - E quando pregamos nos nossos próprios círculos, temos de tornar bem claro que nenhum esforço ou piedade, que nenhum nível de perfeição humana, é uma perfeição que salve. Que não há nenhum ponto de paragem na nossa subida e que, "enquanto Satanás reinar, teremos de subjugar o próprio eu, teremos assaltos a vencer e não há lugar de paragem, nenhum ponto a que possamos chegar e dizer que atingimos plenamente" (Testimonies, vol. l, p. 340; cf. Testemunhos Selectos, vol. I, p. 114).
E temos de deixar bem claro que, agora - neste preciso momento - na nossa condição tão necessitada de crescimento, somos proclamados justos (Mensagens Selectas, livro 1, p. 394; Romanos 4:3-5). Temos de pregar que esta justificação presente é uma imputação recíproca: os pecados do culpado são imputados n' Aquele que é totalmente perfeito, enquanto a Sua justiça nos é imputada a nós, que somos totalmente culpados. Não é uma troca justa ou merecida, mas é a única salvação possível. E se tivermos a coragem de crer nesta incompreensível magnanimidade, somos completos n'Ele!
Negócio de Alto Risco?
Parece-me ouvir alguém dizer: Como pode ser isso? Como pode a Divindade arriscar tanto em favor da humanidade? Como pode Deus declarar a completude daqueles que ainda estão a caminho, que ainda não alcançaram a perfeição? Como pode declarar como aceitáveis os que por natureza são inaceitáveis? Como pode a Trindade arriscar a Sua reputação em tão ousada graça? A resposta é dupla:
A - Em primeiro lugar, Cristo toma tal atitude porque a fé que Ele vê em nós não é de facto nossa: é Sua. Ele vê a Sua fé em nós e honra essa fé. Ela é nossa na medida em que nós somos os seus veículos, os seus agentes. Mas ela é d'Ele, no sentido em que a nossa fé é realmente um princípio divino que trabalha em nós - é um tesouro celestial em vasos terrenos. Ele sabe que a seu devido tempo a dinâmica da fé cumprirá o seu objectivo. Assim, é uma concessão antecipada que nos é feita. Ele vê-nos como se a Sua fé já tivesse tornado perfeito o seu objecto. Não é realmente a nossa fé n'Ele que torna válida a declaração; é a Sua fé dentro de nós que tem direito à Sua confiança. Não é o nosso segurar-nos a Ele que salva; é o Seu agarrar-nos a nós. "Porque Deus é o que opera em vós, tanto o querer como o efectuar, segundo a Sua boa vontade" (Filipenses 2:13).
B - Em segundo lugar, Deus age com essa confiança porque, em última análise, não é sobre nós que recai o olhar do Pai, mas sobre o Manto da Justiça de Cristo que nos cobre. A admoestação da Testemunha Verdadeira, de Apocalipse 3 - a Laodiceia, de que se vista com vestidos brancos, destina-se a lembrar, não ao mundo mas à igreja, que conquanto as vestes da justiça de Cristo não cubram o pecado acariciado, elas cobrem a nossa carne não santificada - a natureza pecaminosa que teremos até ao dia da nossa transladação (ver Mensagens Selectas, livro 1, p. 373). As Vestes da Justiça de Cristo são, por conseguinte, a nossa Única Esperança de Aceitação - o Único Caminho para passar o elevado teste da santidade perfeita.
A Justiça Pela Fé Pode Ser Ilustrada de Muitas Maneiras:
- Pelo cutelo de Abraão brilhando sobre a carne fremente de Isaque (Génesis 22:10).
- Pela mitra brilhante que era colocada na cabeça do sacerdote - (Êxodo 28:36, 37).
- Pelos vestidos coloridos dos filhos de Aarão - (Idem, verso 4).
- Pelo incenso que era queimado diante do véu - (Êxodo 30:1-8).
- Pelo traje nupcial de Isaías - (Isaías 61:10).
- Pelos vestidos novos e limpos de Josué - (Zacarias 3:1-5).
- Pelo vestido nupcial da parábola das bodas - (Mateus 22:11, 12).
- Pelo vestido que é dado ao filho pródigo - (Lucas 15:22).
- Pela jorna imerecida que é paga aos trabalhadores - (Mateus 20:1-16).
- Pelo azeite das lâmpadas das virgens prudentes - (Mateus 25:4).
- Pelos vestidos brancos à disposição de Laodiceia - (Apocalipse 3:18).
- Pelos trajes celestiais que os remidos vestirão - (Apocalipse 7:9-15).
E, evidentemente, por muitas outras maneiras.
Mas a ilustração mais significativa para o nosso objectivo aqui é A PÉROLA DE GRANDE PREÇO (Mateus 13:45, 46). É de "grande preço" porque Cristo morreu por nós e porque Ele reclama como Sua a vida dos Seus seguidores. Só nos é concedida a posse dessa Pérola quando estamos dispostos a morrer pela sua aquisição. Mas vale a pena! Porque esta Pérola é a nossa garantia de eternidade, o nosso penhor daquele lugar em que os resgatados do Senhor viverão e cantarão com júbilo e "gozo e alegria alcançarão" (Isaías 35:10).
Nós somos opostos, por natureza, àquilo que Deus é e a quem é Deus. Nós estamos perdidos. E, de nós mesmos, não possuímos nem o desejo nem a capacidade de mudar. Todavia, Cristo, o nosso perfeito modelo e sacrifício, ordena-nos: "Sede santos, porque Eu sou santo" (I Pedro 1:16). Desenvolvendo este pensamento, Ellen G. White escreve: "O evangelho do Novo Testamento não são as normas do Velho Testamento colocadas a um nível mais acessível de modo a irem ao encontro do pecador e a salvá-lo nos seus pecados ... (Deus) exige, agora como sempre, uma justiça perfeita como único título para o céu." (Review and Herald, 21 de Setembro de 1886). Mesmo no nosso melhor, nós não somos perfeitamente justos. Somos, quando muito, relativamente perfeitos - e isso admite alturas ainda por conquistar, elementos do eu ainda por subjugar.
O Nada Neutro
A distância entre o nosso "relativo" e o "absoluto" de Deus não é um espaço em branco - páginas limpas em que a natureza ainda não escreveu nada. O que nos separa de Deus não é um nada neutro. A distância entre o nosso relativo e o absoluto de Deus é egoísmo, orgulho, incapacidade de julgar, intemperança e aquele lado de nós mesmos que Deus nos revela, quando crescemos em graça.
Como Podemos Então Ser Salvos?
Por que processo é que nós, seres humanos - incapazes, pela própria natureza do nosso ser, de progredir no crescimento em direcção à justiça "perfeita" ou "absoluta" - podemos ser considerados aceitáveis? Haverá um bálsamo adequado para a nossa enfermidade? Haverá saída para o nosso dilema?
Sim, e o caminho é óbvio. João viu os remidos no céu. Viu os descendentes de Adão e Eva, uma multidão que ninguém podia contar. Viu-os com palmas nas suas mãos, acenando em alegre aclamação. Ouviu-os cantando o cântico de Moisés e do Cordeiro. E Ellen G. White viu os dois Adãos encontrando-se. Presenciou o primeiro Adão a lançar a sua coroa aos pés do Segundo Adão (Jesus). E viu os descendentes de Adão espalhados pelos ricos campos da Nova Terra.
Mas Como O Conseguimos?
Através de que meios, somos nós, para quem a justificação é uma experiência que nunca tem fim (ver Mensagens Selectas, livro 1, pp. 373, 374), preparados para a vida em lugares tais como estes? O que é que Deus faz com as fraquezas e deficiências dos santos - com a diferença entre o nosso relativo e o Seu absoluto?
Jesus responde de modo claro e absolutamente final quando declara:
"EU SOU O CAMINHO" (João 14:6). E o nosso irmão Paulo ecoa em profunda confirmação com estas palavras, ao dizer: "ESTAIS COMPLETOS N'ELE" (Colossences 2:10). O simbolismo utilizado aqui por Paulo (a completude) patenteia, tal como qualquer outro, o processo ou caminho através do qual Cristo completa a nossa aceitabilidade.
O pecado é ruptura, separação, redução e diminuição do estatuto que originalmente nos foi outorgado. Em razão da Queda, nós ficámos incompletos e incapazes. A completude espiritual pode ser nossa outra vez, mas SÓ através de Cristo - somos completos n'Ele. Quando Paulo assim fala, ele não diz que Jesus termina o que nós começámos - que depois de termos feito o nosso melhor, Jesus faz o resto, ou que a justificação é uma combinação de mérito humano e divino, uma parte humana e outra parte divina (e nem sequer, uma leve parte humana e uma grande parte divina).
O que Paulo diz é o que Lutero viu ao arrastar-se pela escada de Pilatos; o que Jones, Waggoner e White tentaram tão corajosamente ensinar-nos há 100 anos: Que a nossa salvação - QUE TUDO! - vem de Cristo.
Como Assim? Vejamos:
- Em primeiro lugar, Cristo inicia o processo da salvação chamando-nos através do Espírito Santo.
- Antes de ouvirmos, de sabermos, ou de estarmos interessados, Cristo Está à Porta e Bate - (Apocalipse 3:20).
- A seguir, depois de ter obtido a nossa atenção, Ele vivifica-nos - (João 6:63).
E fá-lo de dois modos:
- Primeiro, Ele coloca a semente da fé dentro de nós - (Romanos 10:17).
- A seguir, Ele dá-nos a vontade para responder ao Seu chamado - (I Pedro 1:23).
- Ao nos rendermos, Ele concede-nos o poder de arrependimento - (Romanos 2:4).
- Ao nos arrependermos, Ele recorre ao sangue (de Cristo) que justifica - (Romanos 3:24).
- A seguir, ao nos justificar, faz a Sua morada nos nossos corações - (Romanos 8:9, 10).
- E ao habitar em nós, Ele completa o processo da nossa adopção na família celestial - (Gálatas 4:7).
- E, tendo-nos adoptado, dá-nos o alimento da Sua Palavra, a qual gera em nós o fruto da justiça - (João 15:4).
- Então, quando nós erramos, é pela Sua advocacia que somos perdoados - (I João 2:1, 2).
E mesmo que sejamos relativamente perfeitos (porque nenhuma bondade humana é bondade que salve), Ele cobre-nos com as Suas vestes de justiça - a Sua Perfeita Santidade. Noutras palavras: Ele substitui o nosso incompleto e desesperado relativo - pelo Seu imputado absoluto.
Agora, pergunto: Quanto, de tudo isto, é obra nossa? Do chamado à vivificação, à entrega, ao arrependimento, à adopção, à concessão do poder, à santificação, à intercessão, à cobertura dos nossos pecados, O que é que nós fizemos? Tudo Está N'Ele - Ele é o Caminho Perfeito.
É Este O Evangelho Eterno Que Os Apóstolos Pregaram. O Seu Testemunho Foi:
- Ele nos elegeu n'Ele - (Efésios 1:4).
- Nós temos vida n'Ele - (2 Timóteo 1:1).
- Nós temos fé n'Ele - (Colossences 1:4).
- O nosso fundamento está n'Ele - (Colossences 2:7).
- Somos edificados n'Ele - (Idem, verso 7).
- Andamos n'Ele - (Idem, verso 6).
- Cremos n'Ele - (Efésios 1:3).
- Temos alegria n'Ele - (Filipenses 3:1).
- Temos esperança n'Ele - (I Coríntios 15:19).
- Temos ânimo n'Ele - (Efésios 3:12).
- Temos unidade n'Ele - (João 17:21).
- Somos preservados n'Ele - (Judas 1).
- Somos feitos justos n'Ele - (2 Coríntios 5:21).
- Temos paz n'Ele - (Romanos 5:1).
Não se trata de obras ou poder. Não se trata de leis, conhecimento, título de posse ou posição, números ou consecuções. Toda a salvação se encontra n'Ele! Ele é o Nosso Perfeito Modelo. Ele é o Nosso Perfeito Sacrifício.
JESUS É O CAMINHO!
1 - Então, quando pregamos aos nossos amigos agnósticos - aqueles cujo credo mais profundo é uma religião cívica - temos de felicitá-los, sim, pelos seus ardentes empenho e fervorosos esforços para melhorarem a sociedade. Mas temos de dar-lhes a saber que a verdadeira justiça e a paz real só se podem obter no Cristo da cruz. E que Jesus é o Caminho!
2 - Quando pregamos aos nossos amigos filósofos, temos de ser vivos em demonstrar-lhes que todos os outros desígnios morais falharam e que mesmo o melhor da sabedoria humana é inadequado para a transformação do carácter. E que Jesus é o Caminho!
3 - Quando pregamos a religiosos não-Cristãos - Budistas, Muçulmanos, Hindus e outros - devemos felicitá-los pela sinceridade que expressam muitas vezes nas suas devoções, mas temos de fazer-lhes saber que o Cristo do túmulo vazio oferece um caminho diferente, um caminho melhor, um caminho perfeito. Que o que lhes oferecemos é um Deus "connosco". E que Jesus é o caminho!
4 - E quando pregamos nos nossos próprios círculos, temos de tornar bem claro que nenhum esforço ou piedade, que nenhum nível de perfeição humana, é uma perfeição que salve. Que não há nenhum ponto de paragem na nossa subida e que, "enquanto Satanás reinar, teremos de subjugar o próprio eu, teremos assaltos a vencer e não há lugar de paragem, nenhum ponto a que possamos chegar e dizer que atingimos plenamente" (Testimonies, vol. l, p. 340; cf. Testemunhos Selectos, vol. I, p. 114).
E temos de deixar bem claro que, agora - neste preciso momento - na nossa condição tão necessitada de crescimento, somos proclamados justos (Mensagens Selectas, livro 1, p. 394; Romanos 4:3-5). Temos de pregar que esta justificação presente é uma imputação recíproca: os pecados do culpado são imputados n' Aquele que é totalmente perfeito, enquanto a Sua justiça nos é imputada a nós, que somos totalmente culpados. Não é uma troca justa ou merecida, mas é a única salvação possível. E se tivermos a coragem de crer nesta incompreensível magnanimidade, somos completos n'Ele!
Negócio de Alto Risco?
Parece-me ouvir alguém dizer: Como pode ser isso? Como pode a Divindade arriscar tanto em favor da humanidade? Como pode Deus declarar a completude daqueles que ainda estão a caminho, que ainda não alcançaram a perfeição? Como pode declarar como aceitáveis os que por natureza são inaceitáveis? Como pode a Trindade arriscar a Sua reputação em tão ousada graça? A resposta é dupla:
A - Em primeiro lugar, Cristo toma tal atitude porque a fé que Ele vê em nós não é de facto nossa: é Sua. Ele vê a Sua fé em nós e honra essa fé. Ela é nossa na medida em que nós somos os seus veículos, os seus agentes. Mas ela é d'Ele, no sentido em que a nossa fé é realmente um princípio divino que trabalha em nós - é um tesouro celestial em vasos terrenos. Ele sabe que a seu devido tempo a dinâmica da fé cumprirá o seu objectivo. Assim, é uma concessão antecipada que nos é feita. Ele vê-nos como se a Sua fé já tivesse tornado perfeito o seu objecto. Não é realmente a nossa fé n'Ele que torna válida a declaração; é a Sua fé dentro de nós que tem direito à Sua confiança. Não é o nosso segurar-nos a Ele que salva; é o Seu agarrar-nos a nós. "Porque Deus é o que opera em vós, tanto o querer como o efectuar, segundo a Sua boa vontade" (Filipenses 2:13).
B - Em segundo lugar, Deus age com essa confiança porque, em última análise, não é sobre nós que recai o olhar do Pai, mas sobre o Manto da Justiça de Cristo que nos cobre. A admoestação da Testemunha Verdadeira, de Apocalipse 3 - a Laodiceia, de que se vista com vestidos brancos, destina-se a lembrar, não ao mundo mas à igreja, que conquanto as vestes da justiça de Cristo não cubram o pecado acariciado, elas cobrem a nossa carne não santificada - a natureza pecaminosa que teremos até ao dia da nossa transladação (ver Mensagens Selectas, livro 1, p. 373). As Vestes da Justiça de Cristo são, por conseguinte, a nossa Única Esperança de Aceitação - o Único Caminho para passar o elevado teste da santidade perfeita.
A Justiça Pela Fé Pode Ser Ilustrada de Muitas Maneiras:
- Pelo cutelo de Abraão brilhando sobre a carne fremente de Isaque (Génesis 22:10).
- Pela mitra brilhante que era colocada na cabeça do sacerdote - (Êxodo 28:36, 37).
- Pelos vestidos coloridos dos filhos de Aarão - (Idem, verso 4).
- Pelo incenso que era queimado diante do véu - (Êxodo 30:1-8).
- Pelo traje nupcial de Isaías - (Isaías 61:10).
- Pelos vestidos novos e limpos de Josué - (Zacarias 3:1-5).
- Pelo vestido nupcial da parábola das bodas - (Mateus 22:11, 12).
- Pelo vestido que é dado ao filho pródigo - (Lucas 15:22).
- Pela jorna imerecida que é paga aos trabalhadores - (Mateus 20:1-16).
- Pelo azeite das lâmpadas das virgens prudentes - (Mateus 25:4).
- Pelos vestidos brancos à disposição de Laodiceia - (Apocalipse 3:18).
- Pelos trajes celestiais que os remidos vestirão - (Apocalipse 7:9-15).
E, evidentemente, por muitas outras maneiras.
Mas a ilustração mais significativa para o nosso objectivo aqui é A PÉROLA DE GRANDE PREÇO (Mateus 13:45, 46). É de "grande preço" porque Cristo morreu por nós e porque Ele reclama como Sua a vida dos Seus seguidores. Só nos é concedida a posse dessa Pérola quando estamos dispostos a morrer pela sua aquisição. Mas vale a pena! Porque esta Pérola é a nossa garantia de eternidade, o nosso penhor daquele lugar em que os resgatados do Senhor viverão e cantarão com júbilo e "gozo e alegria alcançarão" (Isaías 35:10).
A lei contém o evangelho; o evangelho mantém a lei.
A lei é o evangelho entrevisto; o evangelho é a lei iluminada.
A lei indica a Cristo; o evangelho O contém.
A lei é o evangelho envolvido; o evangelho é a lei desenvolvida.
A lei é o evangelho encoberto; o evangelho é a lei descoberta.
A lei é o evangelho velado; o evangelho é a lei revelada.
A lei é a plenitude do evangelho esboçada; o evangelho é a plenitude da lei retratada.
A lei é o evangelho em seu mínimo; o evangelho é a lei em seu máximo.
Practical Lessons from the Experience of Israel, por F. C. Gilbert, p. 168, 169.
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