domingo, 4 de janeiro de 2015



"O TESTEMUNHO DE JESUS" >>> "O ESPÍRITO DE PROFECIA"

Esta ordem momentânea vem do antigo profeta Jeremias:
"Ouve, te peço, a voz do Senhor, conforme a qual te falo; e bem te irá, e viverá a tua alma." (Jeremias 38:20).
Quão importante é para todos nós obedecer à voz do Senhor! Mas como saberemos quando a voz está a falar-nos? Poucos seres humanos têm tido o privilégio de ouvir uma voz audível, vinda do Céu, a dizer-lhes o que fazer.

Que prerrogativa maravilhosa tiveram os nossos primeiros pais! Podiam comunicar com Deus face a face. Todos os dias, pela frescura da tarde, Ele vinha e falava com eles. Mas um dia, tudo mudou. Deus chegou à mesma hora, mas Adão e Eva não estavam à Sua espera como normalmente faziam. Aterrorizados, estavam escondidos no jardim.
"E ele disse: Ouvi a Tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me." (Génesis 3:10).
Uma criança anseia normalmente que o seu pai chegue a casa, vindo do trabalho. Mas, quando foi desobediente, a antecipação transforma-se em medo.
Como resultado do pecado, em vez de desfrutar da presença de Deus, a raça humana começou a temê-la. Não podiam encarar um Deus perfeito. Não foi Deus quem se afastou deles, mas sim a humanidade que já não conseguia enfrentá-l'O. Os nossos primeiros pais foram expulsos do jardim e os anjos guardavam a sua entrada com uma espada flamejante, para que os humanos não pudessem regressar e comer da árvore da vida.
Depois de serem expulsos do Paraíso, os filhos de Deus costumavam aproximar-se dos portões do jardim para fazerem perguntas aos querubins que estavam lá. Mas pouco antes do Dilúvio, o jardim foi retirado da Terra.
Moisés comunicava-se com Deus, recebendo mensagens directamente d'Ele. Contudo, como pecador, não podia ver Deus face a face. Numa ocasião, ele pediu para ver o rosto de Deus. Encontramos esta história em Êxodo, capítulo 33.
"Então, ele disse: Rogo-Te que me mostres a Tua glória. Porém Ele disse: Eu farei passar toda a Minha bondade por diante de ti, e apregoarei o nome do Senhor diante de ti; e terei misericórdia de quem Eu tiver misericórdia, e Me compadecerei de quem Me compadecer. E disse mais: Não poderás ver a Minha face, porquanto homem nenhum verá a Minha face e viverá. Disse mais o Senhor: Eis aqui um lugar, junto a Mim; ali te porás sobre a penha. E acontecerá que, quando a Minha glória passar, te porei numa fenda da penha, e te cobrirei com a Minha mão, até que Eu haja passado. E, havendo Eu tirado a Minha mão, Me verás pelas costas: mas a Minha face não se verá." (Êxodo 33:18-23).
Nos tempos do Velho Testamento, havia 3 maneiras pelas quais os seres humanos podiam receber mensagens vindas de Deus. Por vezes, as linhas de comunicação eram cortadas, e depois Deus não podia falar com eles.
Saul, rei de Israel, tentou comunicar com Deus depois de ter cortado as linhas de comunicação, pois tinha destruído os profetas e os sacerdotes. Em tempo de necessidade extrema, perguntou a Deus:
"E perguntou Saul ao Senhor, porém o Senhor não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas." (I Samuel 28:6).

A - Eis os 3 meios através dos quais Deus falava ao Seu povo:

1- Um deles era através dos sonhos. Deus ainda comunica através dos sonhos. Contudo, nem todos os sonhos vêm de Deus.
Quando eu estava na Faculdade, havia um aluno da nossa turma que era muito supersticioso. Dizia que tinha muitos sonhos e parecia pensar que todos eles eram significativos. Um dia, relatou um dos seus sonhos estranhos na aula e pediu ao Professor Minchin que o interpretasse.
"Terei muito gosto em interpretar o seu sonho" respondeu o professor. "A interpretação desse sonho é a seguinte: você comeu demasiados pickles e miolo de noz antes de dormir."
Comer demasiado antes de ir para a cama provoca o sonho. Outros sonhos são provocados pela tensão nervosa e preocupação. Mas, por vezes, Deus fala através dos sonhos.
2- Um segundo meio de Deus comunicar com o Seu povo era através do sacerdote. Urim e Tumim eram duas pedras especiais colocadas nas vestes do sacerdote. O povo trazia uma questão ao sacerdote. Se uma sombra passasse pela pedra do lado esquerdo, a resposta era negativa. Se uma luz brilhasse na pedra do lado direito, a resposta era afirmativa.

3- O terceiro método mencionado na Bíblia era a comunicação através dos profetas. Deus usava-os como instrumentos de comunicação.
Muitas pessoas têm a ideia de que os profetas eram escolhidos apenas para predizer o futuro. Durante muitos anos, trabalhei numa instituição brasileira de rádio chamada Voz da Profecia. A nossa emissora ficava situada no Rio de Janeiro. Um dia, ao chegar a casa vindo de uma viagem, chamei um táxi no aeroporto e pedi ao motorista que me levasse aos escritórios centrais da Voz da Profecia. "Ah, trabalha para a Voz da Profecia?" perguntou. "Que oportunidade para lhe fazer uma pergunta! O que vai acontecer amanhã?" Como tantas pessoas, ele sentia que o propósito da profecia era satisfazer a nossa curiosidade sobre o futuro.
Embora fosse dada aos profetas a capacidade de predizer o futuro, o seu objectivo principal era serem simplesmente MENSAGEIROS DE DEUS. As suas mensagens nem sempre eram aceites pelo povo, e eram, por vezes, perseguidos.

B - O dom de profecia não se restringia aos homens.

Lemos sobre um número de mulheres na Bíblia que o receberam. Uma delas foi Miriam. O livro de Êxodo refere-se a ela como "a profetisa".
"Então Miriam, a profetisa, a irmã de Aarão, tomou o tamboril na sua mão, e todas as mulheres saíram atrás dela, com tamboris e danças." (Êxodo 15:20).
No livro de Juízes encontramos outra profetisa, chamada Débora.
"E Débora, mulher profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo." (Juízes 4:4).
Outra profetisa do Velho Testamento era Hulda.
"Então foi o sacerdote Hilquias, e Aicão, e Acbor, e Safã, e Asaías, à profetisa Hulda, mulher de Salum, filho de Ticva, o filho de Harás, o guarda das vestiduras (e ela habitava em Jerusalém, na segunda parte), e lhe falaram." (2 Reis 22:14).
Quando Jesus nasceu, surgiu uma profetisa sobre a qual nos fala o livro de Lucas.
"E estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel da tribo de Aser. Esta era já avançada em idade, e tinha vivido com o marido sete anos, desde a sua virgindade." (Lucas 2:36).
Em Actos 21:9, lemos acerca das quatro filhas de Filipe que viviam em Cesareia. Estas 4 moças tinham o dom de profecia.

C - Como vimos nas duas últimas referências, nem todos os profetas viveram nos tempos do Velho Testamento.

Jesus Foi o Maior de Todos os Profetas. O livro de Apocalipse é um dos livros proféticos mais notáveis da Bíblia, escrito por João, o Apóstolo.
Não há nada que indique que o dom de profecia ficaria restringido aos tempos bíblicos. É-nos dito claramente que haverá profetas nos últimos dias.
"E há-de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões." (Joel 2:28).

Um dos Dons Prometidos à Igreja Cristã foi Precisamente o Dom de Profecia.
"E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo." (Efésios 4:11-12).
No Capítulo 12 de Apocalipse, Deus Descreve a História da Igreja Cristã desde o Nascimento de Cristo até ao Final da História da Terra.
A Fase Final desta Igreja tem 2 Sinais Identificadores:

"E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo." (Apocalipse 12:17).

A Igreja que o Diabo Odeia tem 2 Marcas Identificadoras Importantes:

A 1ª é a guarda dos Mandamentos de Deus que se encontram em Êxodo 20. Há muitas igrejas boas no mundo. Muitas delas pregam que os Dez Mandamentos foram abolidos na cruz. A última, a igreja remanescente, é marcada por guardar os mandamentos. Não apenas alguns dos mandamentos, não somente nove, mas os dez.
Qualquer igreja que não vá ao encontro desta norma, não é a igreja remanescente da profecia. Este sinal afasta a possibilidade de a maior parte das igrejas cristãs serem a igreja remanescente aqui identificada.

A 2ª marca ou sinal é "O Testemunho de Jesus". A que é que isto se refere? Não procuramos seres humanos para que nos deem uma resposta a essa pergunta. Só a Bíblia pode dar uma resposta autorizada. Encontramo-la em Apocalipse 19:10.
"E eu lancei-me aos seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha, não faças tal: sou teu conservo, e dos teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus! O testemunho de Jesus é o espírito de profecia." (Apocalipse 19:10).

Qualquer igreja que queira preencher os requisitos que a identifiquem com a igreja remanescente de Deus, e tal como são apresentados no livro de Apocalipse, tem de ter uma manifestação do dom de profecia.

Esta é uma boa altura para passarmos alguns minutos a rever a história da IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA.

A palavra Adventista tornou-se largamente usada no século XIX. Um grande reavivamento de interesse pela 2ª vinda de Cristo, ou 2º advento, como era conhecido naquele tempo, espalhou-se pelo mundo. Aqueles que pregavam a iminente volta de Jesus eram conhecidos como os Adventistas. Não pertenciam a uma denominação específica. Eram membros de muitas igrejas. Eram Adventistas Baptistas, Adventistas Metodistas e, até mesmo, Adventistas Católicos.

Um dos primeiros pregadores do 2º advento, no século XIX, era um homem conhecido pelo nome de Guilherme Miller. Ele dedicava a sua vida a estudar as profecias de Daniel. Através de um estudo cuidadoso da maior profecia da Bíblia, tal como ela é apresentada nos capítulos 8 e 9 do livro de Daniel, chegou à conclusão de que Cristo viria em 1844. Estava errado! Nenhum ser humano, nem mesmo os anjos sabem o momento exacto da volta de Cristo. Contudo, era honesto naquilo em que acreditava.

Já ouvi a alegação de que os Adventistas do 7º Dia são profetas falsos, porque profetizavam que Jesus voltaria em 1844. Esta é uma conclusão impossível. Os seguidores de Guilherme Miller eram chamados Adventistas, mas não pertenciam à Igreja Adventista do 7º Dia, que ainda não existia nessa altura. Guilherme Miller nunca se tornou num Adventista do 7º Dia. Foi Baptista até ao dia da sua morte.
Quando Jesus não apareceu em 1844, foi uma desilusão amarga para aqueles que tinham aguardado a Sua volta. A juntar à amargura da sua desilusão, ficaram grandemente envergonhados enquanto as pessoas os escarneciam. Tinham estudado sinceramente o livro de Daniel, devorando literalmente as suas páginas, cumprindo assim a profecia do 10º capítulo de Apocalipse: "E tomei o livrinho, da mão do anjo, e comi-o; e na minha boca era doce como mel; e, havendo-o comido, o meu ventre ficou amargo." (Apocalipse 10:10).
À medida que estudavam as profecias e acreditavam que a volta de Jesus estava próxima, a mensagem era doce como o mel. Através da grande desilusão, o que fora doce tinha-se tornado amargo.

Mas Deus não esqueceu o Seu povo fiel. Apesar do seu erro, Ele ainda os amava. E fez 3 tentativas específicas para falar com eles.
Em 1842, vivia em Boston um orador Baptista que era bastante eloquente, e que se estava a preparar para o ministério episcopal. Chamava-se Guilherme Foy. A 18 de Janeiro e a 4 de Fevereiro desse ano, ele teve duas visões relacionadas com o próximo advento do Salvador, e a jornada do povo de Deus para a cidade celestial. Em 1844, ele recebeu uma 3ª visão. Ele teve medo de proclamar a mensagem que tinha recebido.
Em 1844, Hazen Foss da Polónia, em Maine, um homem educado, de aspecto agradável, recebeu as mesmas mensagens. Viu as tribulações e perseguições que lhe sobreviriam se ele relatasse fielmente o que lhe tinha sido mostrado. Ele absteve-se de desempenhar a tarefa que lhe tinha sido incumbida e recusou-se a relatar a visão. Três vezes recebeu a visão. Três vezes recusou. Finalmente foi-lhe dito que estava livre da responsabilidade e que o fardo seria posto sobre o mais fraco dentre os fracos, o qual aceitaria o desafio. Surpreendido por esta mensagem decidiu, de repente, relatar a visão, mas não conseguiu lembrar-se de uma só palavra.


Ellen Gould Harmon tinha apenas 17 anos em 1844. Ela era a mais fraca entre os fracos.

Quando era pequena, fora atingida por uma pedra que uma colega lhe atirara. O golpe quase a matou e permaneceu entre a vida e a morte durante algum tempo. Continuou a ter uma saúde precária, recuperando gradualmente um pouco da sua força. Nunca mais pôde ir regularmente à escola.
Nesta altura, Deus deu-lhe uma mensagem de encorajamento para transmitir aos Adventistas que se encontravam desanimados. Ao contrário de Guilherme Foy e de Hazen Foss, ela estava desejosa de transmitir a mensagem. Continuou a receber as mensagens de Deus até à sua morte em 1915.
Que tipo de livros podiam ser escritos por uma jovem fraca, pouco instruída, que tivera de abandonar a escola depois da 3ª classe? Ela escreveu mais de 70 livros, alguns dos quais têm sido usados como manuais escolares em colégios e universidades. Num país, o Ministro da Educação, ao precisar de um guia para o sistema educacional do seu país, adoptou o livro Educação como manual para o seu governo. No Brasil, O Procurador Geral para o Governo Federal, o Dr. Clayton Rossi, usa a informação contida nos seus livros quando prepara as lições que dá nas escolas de Direito daquele grande país. As suas lições são grandemente apreciadas e, como orador, é muito solicitado.


É quase impossível ler os livros de Ellen G. White de uma forma sistemática
sem sentir a convicção de que eles são inspirados.
Cientificamente, ela estava muito à frente do seu tempo. A Ciência está agora a alcançar as afirmações que ela fez no século XIX. Nessa altura, ela escreveu acerca das causas do cancro, dos perigos do colesterol, das ameaças que o álcool e o tabaco constituíam para a saúde, e sobre a influência pré-natal. Naqueles dias, os médicos receitavam o tabaco para curar certas doenças respiratórias. Era uma época em que o fumo que subia no ar, vindo das chaminés, era considerado sinal de progresso. Ela escreveu sobre os perigos da poluição do ar muito tempo antes da nossa sociedade estar preocupada com problemas ecológicos.
Algumas das suas afirmações pareciam misteriosas aos olhos dos seus leitores do século dezanove. Ela falava de "correntes eléctricas no sistema nervoso".
"Os nervos do cérebro que comunicam com todo o sistema são o único meio através do qual o Céu pode comunicar com o homem e afectar a sua vida mais íntima. O que quer que perturbe a circulação das correntes eléctricas no sistema nervoso diminui a força dos poderes vitais, e o resultado é a morte das sensibilidades da mente." (Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, vol. 2, p. 347).
Só muitos anos mais tarde é que os cientistas descobriram as "correntes eléctricas do sistema nervoso." Na altura em que ela escreveu estas palavras, elas eram perfeitamente absurdas.
Então, em 1929 veio a descoberta! O que até então parecera absurdo, fazia sentido. Em 1929, Hans Berger, um cientista alemão, começou a publicar figuras estranhas que nada mais eram do que umas linhas ondeadas. Dizia ele que elas mostravam a actividade eléctrica do cérebro. Desde então, o estudo destas pequenas linhas ondeadas, tem crescido, formando um novo departamento da Ciência chamado Electroencefalografia. Hoje, centenas de laboratórios interpretam gráficos das descargas eléctricas dos cérebros humanos. (The Scientific American, Junho, 1954, p. 54).

Ela ajudou a guiar a igreja de uma forma maravilhosa, combatendo o fanatismo, chamando sempre as pessoas de volta à Palavra de Deus. Através da sua iniciativa, construiu-se um Hospital em Battle Creek, no Michigan, (imagem à esqda) onde chegavam pessoas vindas de longe para serem tratadas pelos médicos Adventistas. Foi através da sua influência e ajuda financeira que John Harvey Kellogg se tornou num médico de renome, e que o seu irmão, W. K. Kellogg começou a indústria alimentar Kellogg. Outros hospitais foram construídos em muitas partes do mundo, e sob a sua orientação a igreja tomou sobre si a tarefa aparentemente impossível de abrir uma Escola de Medicina em Loma Linda, na Califórnia (imagem à dta).
Milhares de médicos têm estudado nesta universidade e têm ido por esse mundo fora para serem missionários médicos. A sua liderança deu origem ao estabelecimento de uma rede global de colégios e instituições educacionais.


Houve sempre uma manifestação constante do sobrenatural na vida de Ellen G. White. Durante as suas visões públicas, como os profetas bíblicos, ela não respirava. Os seus olhos ficavam abertos numa expressão agradável. Os profetas da Bíblia manifestavam os mesmos fenómenos físicos.
"Como, pois, pode o servo do meu Senhor falar com o meu Senhor? Porque, quanto a mim, desde agora não resta força em mim, e não ficou em mim fôlego." (Daniel 10:17).
"Fala aquele que ouviu os ditos de Deus, e o que sabe a ciência do Altíssimo: o que viu a visão do Todo-Poderoso, caído em êxtase e de olhos abertos." (Números 24:16).
As visões públicas de Ellen G. White eram quase sempre acompanhadas de fenómenos físicos semelhantes aos descritos nas Escrituras, relacionados com os profetas. Uma testemunha ocular, J. N. Loughborough, que declarou tê-la visto a ter visões cerca de 50 vezes, descreve o que viu:
"Durante cerca de 4 ou 5 segundos ela parece cair como uma pessoa que desmaia, ou que perde a força; depois parece ficar instantaneamente cheia de força sobre-humana, pondo-se, por vezes, em pé e andando pelo quarto. Há frequentes movimentos das mãos e dos braços, apontando para a direita e para a esquerda enquanto vira a cabeça. Todos estes movimentos são feitos de uma forma graciosa. Qualquer que seja a posição da mão, é impossível uma pessoa movê-la.
"Os seus olhos estão sempre abertos, mas não pestaneja; a cabeça está levantada, e ela olha para cima, não de uma forma vaga, mas com uma expressão agradável, diferindo apenas da forma normal de olhar porque parece que ela olha fixamente para um objecto distante.

"Ela não respira, contudo o coração bate regularmente. O seu semblante é agradável, e o rosto está tão rosado como no seu estado natural. (Arthur L. White, os Primeiros Anos, "The Early Years", p. 122).
Durante o tempo das visões, as quais por vezes duravam entre 15 min. a 3 horas, ela não respirava. Alguns médicos fizeram testes, incluindo fecharem-lhe a boca e as narinas. O Dr. Flemming, que duvidava da autenticidade daquele dom, examinou-a durante a visão. Aproximou-lhe uma vela dos lábios tanto quanto pôde, de forma a que estivesse em contacto com a respiração. Não houve o mínimo movimento. O médico falou bem alto a toda a congregação:
"Está resolvido de uma vez por todas: não há respiração no seu corpo." (Arthur L. White, Os Primeiros Anos, "The Early Years, p. 303).
Um médico, que era médium espírita, gabava-se de que se estivesse presente quando a Sra White estivesse em visão, ele conseguiria trazê-la de volta num minuto. Chegou o momento em que ele teve a oportunidade de provar o que dizia. Ele estava presente enquanto a Sra White estava em visão, e Tiago White, seu marido, convidou-o a examiná-la. Depois do exame, ele ficou muito pálido e começou a tremer dos pés à cabeça. "O seu coração e a pulsação estão bem, mas não há respiração no seu corpo", exclamou. Ao fugir do edifício, alguém lhe perguntou: "Doutor, que se passa?" "Só Deus sabe. Deixem-me sair desta casa." Respondeu. (Idem, p. 464).
Nos tempos bíblicos, aqueles que se envolvessem com os profetas também ficavam aterrorizados.
"E só eu, Daniel, vi aquela visão; os homens que estavam comigo não a viram: não obstante, caiu sobre eles um grande temor, e fugiram, escondendo-se." (Daniel 10:7).
Durante uma das suas visões na igreja de Battle Creek, Tiago White disse à congregação: "Haverá alguns na congregação que duvidarão da inspiração da minha esposa. Se quiserem, gostaríamos que viessem à frente e experimentassem os testes físicos dados na Bíblia. Poderão ser bastante úteis."
Nessa altura, a Sra White estava deitada com as mãos sobre o peito. O marido pediu a estes homens: "Puxem-lhe as mãos. As vossas mãos fazem duas das dela. Apartem-lhe as mãos." Bem tentaram. Puxaram e tornaram a puxar até que algumas pessoas ficaram ansiosas por julgarem que a estavam a magoar. O Sr White disse: "Não fiquem ansiosos; ela está sob a guarda de Deus. Podem puxar até ficarem completamente satisfeitos." Disseram, por fim: "Já estamos satisfeitos. Não precisamos de puxar mais."
Mas ele ainda disse: "Puxem-lhe um dedo de cada vez." Era impossível. Não conseguiam mexer nem um dedo. Foi então que ela mexeu as mãos e acenou. Tiago White disse a estes homens: "Agora segurem-na." Agarraram-na pelos pulsos, mas não conseguiam fazer com que ela parasse de acenar. Um senhor disse: "Estamos realmente satisfeitos. Vejamos se as suas pálpebras fecham." Havia perto um grande candeeiro Rochester de querosene. Ele tirou o abat-jour e pôs a luz mesmo em frente dos seus olhos. Pensavam eles que ela mexeria os olhos para protegê-los. Não os mexeu. Estava perfeitamente inconsciente. (Arthur L. White, The Progressive Years, pp. 232, 233).
Era Ellen G. White realmente uma profetisa enviada por Deus? Ou podia ser classificada de falso profeta? A Bíblia prediz que no fim dos tempos surgiriam muitos falsos profetas.
"Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos." (Mateus 24:24).
Como poderemos ter a certeza? Muitos sentem que a única maneira de evitar serem enganados é rejeitar quaisquer dons proféticos sobrenaturais. Essa é uma posição perigosa, porque podemos estar a rejeitar uma mensagem vinda de Deus. A Bíblia diz:
"Não desprezeis as profecias; examinai tudo. Retende o bem" (1 Tessalonicenses 5:20-21).
Podemos seguir a recomendação deste versículo, porque a Bíblia deu-nos meios pelos quais podemos testar os dons espirituais. Os escritos de Ellen G. White podem ser testados pela Bíblia, que é a nossa única regra de fé.

Olhemos para 4 testes importantes:

- O 1º teste que desejamos considerar encontra-se no livro de Isaías:

"Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes, não recorrerá um povo ao seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos? À Lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva." (Isaías 8:19-20).

Quem quer que pretenda ter uma mensagem vinda de Deus nunca deve contradizer aquilo que Deus já revelou na Sua Palavra. Deus não é um Deus de confusão. O Espírito Santo nunca dará a ninguém uma mensagem que contradiz a palavra de Deus. Os Adventistas do Sétimo Dia baseiam a sua crença única e exclusivamente na Bíblia, a revelação de Deus. Nunca se pretendeu que o dom da profecia fosse utilizado para ensinar doutrina.
"De sorte que as línguas são um sinal, não para os crentes, mas para os descrentes; e a profecia não é sinal para os descrentes, mas para os crentes." (1 Coríntios 14:22)

Ellen G. White foi falsamente identificada como a fundadora da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Nenhuma das doutrinas ensinadas pela igreja foi iniciada pelas profecias de Ellen G. White. Durante a história primitiva da igreja, quando os pioneiros estudavam as Escrituras de dia e de noite para determinar a verdade doutrinal, Ellen G. White não fez um só comentário. Dizia: "A minha mente está fechada".
Se Ellen White tivesse escrito uma só palavra a contradizer a Bíblia, eu teria de rejeitar os seus escritos e aceitar a Bíblia. Ela dizia que os seus ensinos eram uma luz menor que servia para guiar as pessoas até à luz maior, a Palavra de Deus.

- O 2º teste que desejamos considerar encontra-se no livro de Jeremias:
"O profeta que profetizar paz, quando se cumprir a palavra desse profeta, será conhecido por aquele a quem o SENHOR, na verdade, enviou." (Jeremias 28:9).

Os profetas modernos, como Jean Dixon, impressionam as multidões se pelo menos metade das suas profecias se tornarem realidade. Não era permitido que os escritores da Bíblia falhassem nem mesmo 1% nas suas profecias. Não podiam ter uma média de 99,9% no cumprimento das profecias. Podiam ser apedrejados até à morte por uma só profecia falsa entre centenas de profecias correctas.
A Sra White fez algumas predições baseadas na inspiração do Espírito Santo. Não havia margem de erro. O tempo não nos permite dar exemplos, mas podíamos dar muitos. Mencionaremos aqui apenas um deles:
Numa altura em que até os peritos asseguravam aos americanos que não haveria uma Guerra Civil, ela fez uma afirmação espantosa. Disse: "Dentro de pouco tempo, a nossa nação passará por conflitos e turbulência." Olhando para as pessoas na pequena igreja onde pregava, disse: "Alguns de vós perderão filhos nessa guerra."
Antes que os primeiros tiros da Guerra Civil fossem disparados, a 12 de Fevereiro de 1861, Ellen G. White, em Parkville, no Michigan, tinha tido uma visão do conflito que se aproximava e da ferocidade do mesmo. Em visão, foi levada à Batalha de Manassas, a qual ela descreveu detalhadamente. W. W. Bradford, um coronel no Exército Sulista, descreveu esta batalha no seu livro Anos de Guerra com Jeb Stuart, "War Years with Jeb Stuart", e a sua descrição é idêntica à descrição profética da Sra. White.


Muitas das suas profecias estão a cumprir-se nos nossos dias. - (Leia A Grande Esperança/O Grande Conflito nos Links 1R - E.E.)
- O 3º teste que desejamos considerar encontra-se no livro de 1 João:
"Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne, é de Deus; e todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne, não é de Deus: mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há-de vir; e eis que está já no mundo." (1 João 4:1-3).

Ellen White sempre elevou Jesus, sempre proclamou a verdade sobre a Sua Divindade, sempre dirigiu homens e mulheres a Ele, como a única fonte de salvação. O seu livro O Desejado de Todas as Nações é um dos livros mais inspiradores jamais escritos sobre a vida de Cristo.

- O 4º teste e último que desejamos considerar é tirado das palavras de Cristo no Evangelho de Mateus:
"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente são lobos devoradores. Pelos seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Portanto, pelos seus frutos os conhecereis." (Mateus 7:15-16; 20).

Que tipo de fruto é que ela produziu? Até mesmo os seus inimigos não podiam negar que ela era uma verdadeira influência cristã. D. M. Canright passou uma vida inteira a criticá-la, contudo, no seu funeral, ele aproximou-se do caixão várias vezes e disse: "Uma mulher Cristã maravilhosa." O New York Independent, ao noticiar a sua morte, publicou estas palavras a 23 de agosto de 1915: "De qualquer maneira, ela era absolutamente honesta na crença que tinha nas suas revelações. A sua vida era digna delas. Não mostrava orgulho espiritual e não procurava lucros sujos. Viveu a vida e fez o trabalho de uma profetisa digna, a mais admirável da sucessão americana." (Arthur L. White, The Later Elmshaven Years, p. 444).

Muitas vezes durante o meu ministério, conheci pessoas cépticas ou que, por vezes, se mostravam abertamente contra os escritos de Ellen G. White.
Enquanto estive na ilha de Bermuda, um homem telefonou-me, denunciando veemente os seus escritos. Quando lhe perguntei quantos dos livros dela ele tinha lido, tornou-se evidente que nem um sequer, ele conseguia nomear.
Tenho-me correspondido com uma senhora da parte Ocidental do Canadá, que tem escrito panfletos e feito palestras, condenando severamente os escritos de Ellen G. White. Fiz-lhe uma pergunta simples: "Quantos dos seus livros já leu?" Recebi algumas respostas evasivas, dizendo-me quantos livros tinha na prateleira. Tinha lido selecções usadas por críticos e descontextualizadas, mas nunca na realidade tinha estudado os escritos da Sra White.
Quando eu tinha 4 anos de idade, o meu pai decidiu deixar a cidade de Nova Iorque e levar a família para a parte ocidental do Canadá. Abriu uma gelataria em Saskatchewan. Foi avisado de que, sendo os invernos muito severos, este era um local pouco aconselhável para se ganhar a vida a vender gelados. Como era o único ofício que ele conhecia, foi em frente e, dentro de pouco tempo, a loja tornou-se o abrigo das tempestades geladas de Inverno. Um fogão a lenha antiquado aquecia o edifício e, enquanto as pessoas se protegiam do frio, não resistiam a comer o seu delicioso gelado.
O meu pai sempre teve na loja uma prateleira cheia de livros cristãos. Um dia, entrou um pregador e, ao olhar para os livros, ficou muito zangado. "O senhor devia queimar estes livros," rosnou. "A Sra White era uma profetisa falsa. Os seus livros deviam ser todos destruídos."

"Nesse caso", respondeu o meu pai calmamente, "queimaremos os livros agora mesmo. Eu não quero na minha loja livros escritos por uma profetisa falsa. Abrirei o fogão e o senhor atirará os livros para o lume. Mas antes de queimar este livro chamado O Desejado de Todas as Nações, deixe-me ler algumas palavras do meu capítulo favorito".
Assim que o meu pai começou a ler a descrição viva da agonia final de Cristo, do Seu sofrimento pelos nossos pecados, as lágrimas chegaram aos olhos do pregador. Ele nunca ouvira nada assim. Depois de continuar a sua experiência até onde achava necessário, o meu pai entregou o livro ao homem e disse: "Pronto, vou abrir o fogão e o senhor atira o livro lá para dentro."
"Espere", disse o pregador. "Eu não sabia que o livro continha essas palavras. Gostaria de ler mais!" O livro nunca foi parar ao lume.
Antes que alguém possa formar uma opinião, é fundamental que seja permitido que os escritos de Ellen G. White falem por si próprios. Acredito sinceramente que se todos estudassem estes livros com uma mente aberta e um espírito de oração, não haveria críticas. É importante para todos nós que sigamos a admoestação da Bíblia:
"Não desprezeis as profecias; examinai tudo. Retende o bem." (1 Tessalonicenses 5:20-21).

Henry Feyerabend (1931 - 2006) foi um canadense Adventista do Sétimo Dia, evangelista, cantor e autor, que é mais conhecido no Canadá pelo seu trabalho no Programa Está Escrito, e no Brasil como cantor do Grupo Arautos do Rei. Texto extraído do seu livro Tantas Religiões! Porquê?



FELIZ ANO NOVO!

Ensina-nos A Contar Os Nossos Dias, De Tal Maneira Que Alcancemos Corações Sábios. Salmo 90:12.

Já ficou no passado mais um ano de vida de cada um. Apresenta-se, agora, um novo ano diante de nós. Que registo será o seu? O que escreverá, cada um de nós, nas suas páginas em branco? A maneira como vamos passar cada dia que aí vem é que decidirá. ...
Entremos no novo ano com o coração purificado da contaminação do egoísmo e do orgulho. Afastemos toda a condescendência pecaminosa, e procuremos tornar-nos fiéis, diligentes discípulos na escola de Cristo. Um novo ano abre as suas páginas vazias perante os nossos olhos. O que aí escreveremos? ... Procuremos começar este ano com objetivos justos e motivos puros, como seres responsáveis perante Deus. Conservemos sempre em mente que os nossos atos estão a ser, diariamente, gravados na História pelo anjo relator. Encontrá-los-emos novamente quando o Juízo Se assentar e forem abertos os livros. ...
Se nos ligarmos a Deus, a fonte da paz, da luz e da verdade, o Seu Espírito fluirá por nosso intermédio, de modo a levar refrigério e a beneficiar todos os que estão ao nosso redor. Este pode ser o nosso último ano de vida. Então, a sinceridade, o respeito, a benevolência para com todos, não deveriam assinalar a nossa conduta?
Não retenhamos coisa alguma d'Aquele que deu a Sua preciosa vida por nós. ... Consagremos a Deus a propriedade que Ele nos confiou. Acima de tudo, entreguemo-nos a nós mesmos a Ele, como oferta voluntária. - ST, 7 de janeiro de 1889.
Oxalá o início deste ano seja uma ocasião inesquecível - ocasião em que Cristo entre no nosso meio, e diga: "Paz seja convosco" (João 20:19).
Desejo, a Todos, um Feliz Ano Novo!

Vivemos por atos, não por anos; por pensamentos, não por respiração;
por sentimentos, não pelos algarismos de um relógio.
Devemos contar o tempo pelo pulsar do coração que bate
pelo homem, pelo dever.
Vive mais aquele que mais pensa,
sente mais nobremente, e procede melhor.

- RH, 3 de janeiro de 1882.

Ellen G. White in A Nossa Alta Vocação, Meditações Matinais 2015, 01.01.2015, Publicadora Servir.


(E LEMBRE-SE: Sempre que estiver a comer uns flocos de cereais da marca KELLOGG'S recorda-se da sua origem: - "O Espírito de Profecia" - revelado na Palavra de Deus e dado por Ele à Igreja Adventista do 7º Dia, a Igreja Remanescente).

Centro de Pesquisas Ellen White - http://centrowhite.org.br/ (leia mais em Meditação para a Saúde, Links 1R, 4 de janeiro de 2015)